Guardião, o intrépido super-herói bauruense está numa fase mais observadora, só olhando de esgueio as muitas artimanhas de como se processa a tal da política no dia a dia da cidade. Ainda ontem, deu para ficar com o radinho de pilha ligado enquanto sobrevoava a cidade e com os ouvidos atentos a fala dos vereadores lá na Tribuna da Câmara Municipal. Quase cai do alto de um edifício, quando fazia a rotineira vigília e ouve um deles, o líder do prefeito na Câmara Marquinhos da Diversidade dar a entender algo dessa laia: “Tudo bem que o aterro sanitário de Bauru está comprometido, algo de muito estranho aconteceu esse tempo todo nas entranhas de quem deveria tomar cuidado para não deixar a situação chegar as beiras da calamidade, mas tem mais gato nessa tuba. Aqui em Bauru as regras impostas pela CETESB à Prefeitura são draconianas e na vizinha cidade Piratininga, nem tanto”, disse.
Ouviu mais. “O aterro bauruense não possui nenhum lençol de água ao seu lado, as tais possibilidades de contaminação e em Piratininga existem dois e mesmo assim tudo é devidamente aprovado. O que de fato ocorre?”, eis a indagação ouvida pelas ondas do rádio. Com seus super poderes ativados foi sobrevoar as duas áreas e sua conclusão é das mais simples possíveis: “Saquei só de bater os olhos. Piratininga é governada por um prefeito tucano e Bauru ainda não. Facilidades pra um, mesmo com pendengas no ar e dificuldades mil para os que que não aderem e se sujeitam a serem governados pelos emplumados bicudos. Esse é o modo de governar deles, sempre agiram assim e não existe estranheza alguma nisso”, explica
Lembrou mais, de uma lapidar frase, a “aos amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei”. Não é de hoje que tudo acontece dessa forma nas hostes administrativas do maior estado da federação. O senador Aloysio Nunes Ferreira passeou por aqui no final de semana e foi cercado pelos adesistas. Repetiu o velho bordão de sempre: “Somos santos, eles são o demônio”. Guardião não perdoa: “É o venha a nós, ao vosso reino nunca. Isso que veladamente ocorre na CETESB em relação aos aterros sanitários é ficha pequena do que acontece nos bastidores das grandes decisões tomadas pelo Governo paulista. Quem é prefeito e não está no beija mão sabe muito bem do que falo. Na simplicidade de uma Virada Cultural Paulista a ocorrer no próximo final de semana em Bauru e diversas outras cidades outro exemplo, simples e clássico. Comparem a programação reservada para Bauru e para cidades administradas por apaniguados. Façam isso em tudo. Sintam a dureza da pressão para os municípios se enquadrem no sistema da água deles, o da SABESP? Jogo abaixo da linha da cintura, mas tudo dentro de regras, leis draconianas a favor do capital e cada vesz menos favorecendo o povão”, disse mais.
Guardião ciente de que as coisas poderiam ser facilitadas para o lado do prefeito Rodrigo Agostinho deixa uma sugestão em forma de bilhete, colocando-a na mesa do alcaide, quando ali encontra uma janela aberta e ninguém na sala. Nele escrito um recado curto e grosso, uma dica para se dar bem no final de sua administração, com menos cobrança e levando a vida numa naice: “Rodrigo, ceda logo. Entregue logo o DAE, EMDURB, Aterros, Pedágios, Penitenciárias, Transporte Coletivo e tudo mais o que pedirem. Deixe-se levar pelo canto dessa sereia com gosto de Picolé de Chucu e desfrute de uma vida administrativa sem cobranças e percalços. Convide logo um lobo para cuidar das nossas ovelhas. Tu é bobo menino, tá esperando o que?”. E saiu de lá indo ver se ali ao lado, na Sorveteria Pinguim ainda não fazem o tal de chuchu, muito apreciado pelos paulistas de refinado gosto e preferência, mesmo possuindo cheiro de mercadoria vencida. Deixou a dica para esses também, pois esgotaria tudo o que fizessem. "Paulista venera um chuchu, de preferência narigudo e tudo que venha dele", conclui.
Henrique, vc perde a mão quando tenta sempre trazer para o lado desta briga besta. Será de uma irresponsabilidade sem tamanho esticar a vida desse aterro, a responsabilidade e culpa nesse caso é toda do prefeito e os paliativos de sempre usados na República Brasileira dos Paliativos.
ResponderExcluirA Cetesb pode ter sim sua politicagem ligada ao governo estadual, mas ainda assim existem técnicos e questões desse grau ninguém cometeria ali esse tipo de loucura em brinca politicamente com aterros sanitários como muitos parecem querer fazer.
Problema que a memória das pessoas estão cada vez mais curtas, mas lembro bem quando foi assinado o acordo e se vc ir até o aterro, mesmo com pouco conhecimento técnico verá o quanto está saturado e a cidade necessita de um novo.
Agora a pergunta que o prefeito não responde, enrola e foge, é por que nunca faz nada quando surge o óbvio problema?? Por que tudo tem que ser emergencial para pagar mais e favorecer quem??
Se essa turma tivesse um pingo de honra como os antigos samurais, meu caro, não ficava um vivo.
Camarada Insurgente Marcos