quarta-feira, 1 de julho de 2015

AMIGOS DO PEITO (107)


AMIGOS FALANDO DO TAL MÚSICO, DA MÚSICA EM SI E O ÚLTIMO DE SUA SITUAÇÃO
Quando amigos (as) postam coisas pensantes pelas redes sociais não tenho problema nenhum em reproduzir aqui no meu acanhado espaço. Hoje o faço com alguns desses escritos, pois minha mente não está muito em condições de escrevinhações bonitas, provocativas e nem contemplattivas.
1.) Em dois posts o músico GILSON DIAS, que até outro dia estava encantando lá pelos lados cariocas, mas agora voltou pra terrinha e retornou a encantar os daqui. Vejam os dois e sintam a afinação da viola do refinado músico."
REDE GLOBO E SEUS MARIONETES - Não costumo fazer certos comentários e tão pouco fico a frente da televisão para assistir telejornais, mas ontem a noite aguardava o programa do Jô para assistir uma entrevista de Gal Costa, quando ouvi a jornalista da Globo perguntando ao presidente se os EUA veem o Brasil como uma liderança regional... Obama não foi generoso ou diplomático ao dizer que o Brasil é uma potencia mundial. Me pergunto, onde esse tipo de jornalismo quer de fato chegar? Porque insistem em criar um clima? Quais são os interesses e a quem possa interessar tentar afundar o Brasil diante do mundo? Todos nos sabemos, mas pqp... querem a todo custo!!"

"ZECA CAMARGO - Foi deselegante, indelicado e infeliz ao usar a morte de Cristiano Araújo para expressar sua indignação em relação a idolatria e carência de cultura que a própria emissora em que trabalha promove. Mas verdade seja dita: vamos de mal a pior, pois há pouco investimentos em educação e cultura por parte dos prefeitos, governo estadual e federal, afinal um povo sem educação e cultura vira massa de manobra e de fácil manipulação. No que diz respeito a musica, o que se vê nas TVs e se ouve nas rádios é um verdadeiro lixo, salvo algumas exceções. Musica caipira para mim é o que Inezita Barroso tentou manter, musica sertaneja para mim é Pena Branca e Xavantinho, Milionário e José Rico, Xitãozinho e Xororó em começo de carreira, pagode para mim é Fundo de Quintal. O povão absorve "sucessos" e idolatra "artistas" que a mídia fabrica, sempre foi assim e assim será. Salve-se quem puder !!".



2.) A TATIANA CALMON foi na mesma linha e tascou algo assim: “Li, reli e não entendi o problema no texto do Zeca Camargo, ao contrário, tenho acordo com muito do que esta escrito ali. O sertanejo vitima de acidente pra mim e pra milhões de pessoas era um desconhecido. Lamento todas as tragédias que ceivam a vida, principalmente de crianças e jovens, mas, onde esta o problema no texto? Alguém que tenha entendido como ofensivo pode me explicar?”.
3.) Mais que tudo isso, o que revolta mesmo, algo sentido, dolorido e para pensar foi o que fez um baita de um músico bauruense, o trombonista EDUARDO GUARNETTI JOHANSEN, contrário a essa forma de trabalhar e ir recebendo tudo picado, aos poucos. Nem todos vivenciam algo assim, mas o grito é um alerta valendo para algo meio generalizado. Seu escrito é muito mais que um lamento: “Pensando seriamente em procurar um outro emprego para limar todos esses trampos meia boca que inserem a gente a troco de dinheiro, músico não merece esse sistema, essa porcaria de sistema que criaram”.
Tenham tudo, todas e todos um resto de bom mais ou menos dia. O meu está um tanto opaco, aliás, como tempo lá fora. Fui!

ANTES QUE ME ESQUEÇA - O MÚSICO COM O INSTRUMENTO ÀS COSTAS
De tanto ler descabidas coisas sobre o tal cantor falecido num acidente automobilístico e não conseguindo me lembrar nem seu nome, muito menos alguma de suas músicas, ontem estava subindo de carro pela Antronio Alves e ao ver um músico carregando seu instrumento às costas, parei o carro logo adiante, esperei ele passar e o cliquei, numa espécie de reverência musical. A foto ficou embaçada porque a tirei de dentro do carro, vidro sujo e daí a nitidez não está lá essas coisas. Esse da foto é um dos integrantes do verdadeiro esquadrão musical que todos os dias bate cartão ali no Automóvel Clube, defronte a Praça Rui Barbosa, Ali aprendem música de verdade, anos de plena dedicação, para depois saírem dali sabendo alguma coisa de preciosidades musicais. Não quero comparar nada com nada, quero só é continuar gostando de um estilo musical que me faz muito bem. Essa cena das ruas de Bauru, muito comum naquela região é a de alguém aprendendo música aos poucos, devagar e sempre, numa toada de que dali, com certeza, algo de proveitoso, eterno deverá ser mantido e passado adiante.

2 comentários:

  1. comentários via facebook:

    Denise Amaral Poxa tbem prestei bem atenção aos posts desses meus amigos. ..Gilson...Tati e Du.
    Mas ouvir o desabafo do Du Eduardo Guarnetti Johansen corta o meu coração pois sinto na minha pele e na minha alma....faço que não vejo, mas sinto.
    Descurtir · Responder · 4 · 1 de julho às 17:49

    Denise Amaral E olha que canto tudo que eu amo...mas o que pega mesmo é a incerteza do futuro como bem disse o Eduardo.
    Curtir · 3 · 1 de julho às 17:55 · Editado
    Henrique Perazzi de Aquino

    Escreva uma resposta...



    Eduardo Guarnetti Johansen valeu pela matéria Henrique, não reclamo dos trabalhos que tenho tido pois graças a Deus não tem faltado oportunidade de trabalho, apenas uma incerteza do futuro e na questão de qualidade de trabalho, mas isso engloba a situação de muitos músicos de Bauru, que vivem mais pelo sonho do que por uma realidade, tendo de tocar sons que não fazem parte da boa música que eu e vc conhecemos.
    Descurtir · Responder · 4 · 1 de julho às 17:58 · Editado

    Eduardo Guarnetti Johansen hoje em dia o músico precisa entrar em um sistema criado por uma mídia desonesta com a boa música, acaba levando aquilo como um trabalho, como um serviço braçal mesmo, pois sabe que aquele não é o som que tem vontade de fazer.
    Descurtir · Responder · 2 · 1 de julho às 17:55

    Eduardo Guarnetti Johansen talvez seja por isso que cartola era pedreiro, jacob escrivão, etc... mas acho importante uma união em prol da boa música pois, essa geração está perdendo a mão, está virando uma baderna.
    Descurtir · Responder · 2 · 1 de julho às 18:00

    Lazaro Carneiro Carneiro Como desconstruir a cultura de um povo.
    As grandes redes de TV em poucas horas criaram um ídolo que como um meteoro passou rapidamente com um brilho estonteante, mas que em breve se apagará diante de verdadeiros astros de brilho duradouro que ao longo de décadas permanecem em nosso imaginário.
    Para ser breve e não abusar do espaço cedido a coletividade pelo prestigioso blogueiro citarei apenas alguns desses astros e apenas uma ou duas canções de cada um deles. Dino Franco fez, CHEIRO DE RELVA e AMARGURADO, Goiá fez SAUDADES DE MINHA TERRA E PÉ DE CEDRO,a poesia GRÃO DE AREIA escrita por Goiá e gravada por inúmeras duplas e de doer na alma , SAUDADES DE MATÃO gravada a mais de 60 anos até hoje é cantada pelo povo, tudo isso ao arrepio da “grande” midia que insiste em destruir o a cultura brasileira tentando substitui-la por imitadores de trejeitos importados criando assim sucessivas gerações de jovens sem conhecimento da sua própria história.
    Descurtir · Responder · 2 · 1 de julho às 18:21

    Luiz Manaia Henrique Perazzi de Aquino e Eduardo Guarnetti Johansen vejam o que o Bocato fala nesse vídeo a partir do minuto 7:40. https://youtu.be/zaJY4M2zZnY

    Blue in Green Rubem Farias e BocatoBate papo musical
    YOUTUBE.COM
    Descurtir · Responder · Remover visualização · 3 · 1 de julho às 23:58

    Henrique Perazzi de Aquino Ouvi e adorei. Bocato, ao seu modo e jeito, falou e disse.
    Curtir · 2 · Ontem às 08:38

    Eduardo Guarnetti Johansen é um mestre Luiz Manaia
    Curtir · Responder · 2 · Ontem às 00:04

    Eduardo Guarnetti Johansen valeu
    Curtir · Responder · 1 · Ontem às 00:04

    Eduardo Guarnetti Johansen é um mestre, por isso acredito que as músicas que ele se refere, não importa o estilo ...mas não são essas musicas que a maior parte da juventude tem ouvido hoje viu ralinho.
    Curtir · Responder · Ontem às 08:44 · Editado

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  2. Valeu Henrique, vc falou que voltei pra terrinha assim vc mata minha mulher do coração....kkk... minha vida tem sido essa, pouco lá, pouco cácom a familia. Mas vamos lá, vc chamou o assunto para a discussão, eu realmente ando um tanto irritado com a qualidade da musica que invadiu as gravadoras, as radios e tvs, e tenho um motivo muito pessoal, que é comum entre os musicos, pois tenho um projeto dentro de uma grande gravadora e dias atras fui chamado para uma reunião e pensei: agora vai! Acabei ouvindo dos diretores que terei que esperar, porque estavam com auto custos de divulgação com 2 duplas sertanejas, cerca de 2 milhões de reais , e a gravadora quebrou a cara, não venderam nem a metade do que foi prensado, e para que as pessoas saibam e entendam, os CDs são colocados nas lojas a base de consignação, ou seja não vendeu a empresa recolhe. Bom esse é um problema, a pirataria e a internet sem lei quebrou as gravadoras, ou seja, compra-se no camelo, ou baixa centenas de musica sem nenhum custo. Mas enfim, esses são os caras que gerenciam as grande gravadoras no Brasil, são mercenários, só pensam em dim dim, estão pouco se lixando para a qualidade das musicas, dos musicos, porque o povão absorve o que vier, é uma ditadura imposta, sucesso comprado, o famoso jabá que antigamente pagava-se ao programador das radios hoje vai direto para o bolso do patrão. Hoje o mercado está assim: 70% do que se toca nas radios e tvs é sertanejo e pagode, portando o mercado de shows segue a mesma tendencia, ou seja 70% dos grandes shows são sertanejo e pagode, os outros 30% é o que resta para todos os outros generos, e o axé, domina esse restante, que é dividido com o rock, mpb e etc. Agora o outro problema ao que o amigo Eduardo se refere é o mercado de trabalho para instrumentistas, e o Bocato disse tudo ali, quando Elis falou pra ele: toque o que vier que as coisas vão evoluindo. O recado que eu deixo: quer viver só de musica tem que sair de Bauru, o eixo profissa sempre será Rio e São Paulo. Assim como qualquer outra cidade do interior, Bauru não tem muito a oferecer, os vicios são os mesmos, a alienação musical predomina, tem poucas casas noturnas, bailes já não existerm mais, enfim é isso. Abraço a todos e como diz tio Ronnie Von, viver de musica não é uma luta, é uma briga!
    Gilson Dias

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