quarta-feira, 11 de novembro de 2015

COMENTÁRIO QUALQUER (145)


MARCO ROSSI, DO BRADESCO PREVIDÊNCIA SE FOI NUM ACIDENTE...
Abro o Jornal da Cidade de hoje e lá a manchete de primeira página, “Jato cai em Goiás e mata dois diretores do banco Bradesco”. Fui ler a matéria e um deles é um velho amigo, MARCO ANTONIO ROSSI. Trabalhei com o Marco em Bariri, eu quando entrei na Bradescor, a corretora de seguros que o banco tinha e ele na Previdência Privada. Quando entrei no banco, abril de 1980 fui designado para trabalhar na agência de Bariri, na época com mais de 40 funcionários (hoje, se tiver dez é muito). Passei a morar lá na cidade numa república com gente de várias cidades da região e empregos variados. Meses depois conheço o Marco, um garotão alegre, jovial, desses que você bate o olho e vira amigo na hora. Estava para ingressar no banco, queria saber algo mais, se valeria a pena e o fez logo a seguir. Nos tornamos amigos, pouco tempo por lá e depois viajamos muito juntos pelas estradas da vida, cada um na sua função. Nos tornamos supervisores, ele vendendo Previdência e eu Seguros de Vida e Auto. Bauru era sede regional do banco e convivíamos no mesmo espaço, no terceiro andar da agência recém-construída, ali na Ezequiel Ramos. Anos depois sai do banco e Marco continuou, chegou a Superintendente e daí para mais. Ele sempre foi meio gordinho e me dizia tentar se cuidar. Na foto que sai hoje no jornal vejo que continuou do mesmo jeito a vida inteira.

Perdemos o contato um com o outro, cada um seguindo a vida. Coisa de uns dois anos atrás ele veio à Bauru com toda pompa, já Diretor Executivo da Bradesco Seguros, na linha sucessória de comandar o banco. Armaram na cidade uma festa com direito a matéria no jornal, afinal o cara era um dos grandões do Bradesco. Não fui (não era convidado), mas fui revê-lo e dei sorte, no banco onde havíamos trabalhado juntos. Ao me ver, trocamos um abraço e me disse que, se não fosse a barba eu estaria do mesmo jeito. Foi rápido, pois ele estava no meio de um assédio e ninguém entendendo o que aquele sujeito de alpargatas nos pés estava ocupando espaço no meio de conversê tão importante. Lembro que naqueles rompantes de despedida me disse: “Se precisar de algo do banco me procure”. Nem cartão trocamos, pois o que valia ali era o momento e só, nada mais e como favor de banco sempre estamos necessitando, o melhor mesmo foi manter a distância de sempre.

E agora a queda do avião onde ele e outro executivo morreram. Nada mais a dizer, só olhar lá para trás da vida vivida e rever na memória boas lembranças. Tenho nitidamente marcado para sempre as andanças que fizemos pela Bariri de 35 anos atrás, onde deixei muitos amigos, afinal, trabalhei por lá dois anos. A ela volto sempre e reencontro sempre uma pá de gente, a maioria bradesquiana, todos cheios de boas histórias. Esse trecho entre Bauru e Bariri fizemos muitas vezes de ônibus (pegamos ainda a estrada de terra até Pederneiras) e de carro, trocando figurinhas de vendas e papos de garotões com a adrenalina a mil, gás para dar e vender. Dele como executivo nada sei e a recordação que me faz escrever isso é lá daquele tempo quando tinhamos por volta de 20 anos e queríamos ganhar o mundo. Isso cada um o fez ao seu modo e jeito. O Marcão moleque lá de Bariri, caipira como eu, isso sim é o que vale. Histórias inocentes e de tantos outros (as), isso lembrarei para sempre. Sabe essas coisas que a gente nem acredita, pois é, trabalhei, ou melhor, comecei junto de um cara que poderia vir a ser o presidente de um dos maiores bancos brasileiros. De bancos nem comento mais nada, vale o tempo vivido, nada mais.

2 comentários:

  1. COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK:
    Adryana Pereyra Estou vendo esta Notìcia Vai Passar Daqui a pouco na Record,,,e Meus Sentimentos ...
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    Antonio Carlos Pavanato Uma perda muito grande!
    Embora um dos "grandões" do banco, nunca deixou de ser o "caipira" de Bariri! TRISTE!
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    Henrique Perazzi de Aquino O Chico foi para Bariri quando sai e acabou casando por lá, bebeu da água. Hoje virou um cidadão do mundo, Estados Unidos, Cingapura, Bangock. Tempos bons de muita estrada, né Pava???
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    Antonio Carlos Pavanato Tempo bom que não volta mais! Tenho saudades daquela época...éramos felizes e não sabíamos!
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    Luiz Francisco M. Campos Estou do outro lado do mundo e recebi está noticia ontem a noite dai.
    Passei o dia aqui chocado
    O Marco sempre foi uma pessoa muito boa
    Cresceu na carreira mas nunca perdeu a simplicidade
    Lembro das viagens de ônibus, dos PFs nos restaurantes da região.
    Sempre nos víamos para um rapido bate papo
    Há dois meses atrás estava no Brasil e ele me contactou pelo Messenger e fui até a Cidade de Deus para um rapido café com ele, depois disso ainda trocamos mensagens e já havíamos marcado uma cerveja no Natal lá pelo Bariri
    Bariri acabou nos unindo Henrique Perazzi de Aquino, Antonio Carlos Pavanato, Oscar Naufal, e o Marco vai fazer parte de nossas boas lembranças
    Descurtir · Responder · 6 · 10 h

    Oscar Naufal C/ certeza, Chico! O Marco Rossi sempre foi uma pessoa admirada por todos(as). Trabalhamos juntos na Regional do Bradesco em Bauru, na década de 1980. Minha mesa era ao lado da dele (ele ocupando o cargo de Superintendente da Bradesco Previdência e eu,...Ver mais
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    Patricia Karst Caminha
    Patricia Karst Caminha Puxa vida, Henrique, mas viajarem dois "grandões" no mesmo avião??????
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    Elion Pontechelle Junior · 29 amigos em comum
    Parabéns pelo comentário Henrique. Também trabalhei no 3º andar, mas antes conheci o Marco, na faculdade de direito. Já era uma figura. Sujeito simples, aglutinador e ouvinte. Uma perda para quem conviveu com ele. Sentimentos à família.
    Descurtir · Responder · 4 · 9 h

    José Eduardo Avila meus sentimentos
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    Renato Dias Dos Passos Grande, Henrique! Seus textos....como sempre, muito bons!"vale o tempo vivido".Abraços.
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    Luiz Carlos Moreira Grande Perda.O Marco era um sujeito simples,de papo facil.Meus sentimento a familia e a de todos que perderam a vida neste acidente.
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    Henrique Perazzi de Aquino Moreira era um dos caras especializados na manutenção do maquinário, consertava uma máquina de escrever, de calcular, mesmo os caixas do banco que era uma beleza. Viajamos muito tempo juntos e Bariri era um dos roteiros. Lembro de um dia final do expediente onde fomos jogar bola em Borborema. Marcão devia até estar nessa.
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    Maria Merces que Deus console e de força para as familias deles e de todos que estavam com eles
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  2. Saiu algo mais hoje no JC num texto onde fui entrevistado e lá também entrevista com Valdir Canal, gente de Bariri que aqui veio morar e conhece o Marcão muito mais que eu: http://www.jcnet.com.br/.../amigos-de-rossi-em-bauru...

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