sexta-feira, 27 de novembro de 2015
INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (89)
"O QUE FOI ‘DELCIDIDO’ ALI PODERIA TAMBÉM O SER AQUI”, SUGERE GUARDIÃO
“O juiz na partida de futebol dessa última quarta, decisão da Copa do Brasil, Santos 1 x 0 Palmeiras marcou um pênalti, mesmo existente, pouco usual. Foi naquele empurra-empurra sempre ocorrendo dentro da grande área. A marcação foi alvo de comentários de vários cornistas esportivos: ‘Terá que utilizar o mesmo critério nos próximos ou ficará desmoralizado’. Quase ao final da contenda, acabou fazendo vista grossa para outro, justamente envolvendo o outro time e daí a pergunta: ’Por que para um, SIM e para outro, NÃO?’. No futebol é assim, mas...”, diz Guardião, o super-herói bauruense diante de uma banca de jornal e olhando as últimas manchetes dos diários e hebdomadários.
Não pensem que nosso dileto super-herói tenha se bandeado para a crônica esportiva. Longe disso. Sua análise, como ele mesmo explica, cabe sob medida para o fato político de maior relevância na semana: a prisão do senador petista Delcídio do Amaral, também líder da situação no Senado Federal da República. Para reunir tudo o que foi dito, de teor mais ou menos idêntico, eis a manchete do jornal de nossa aldeia, o Jornal da Cidade, edição de 26/11: “Senado mantém prisão inédita – Líder do governo é o primeiro integrante da Casa a ser detido em pleno exercício do mandato; parlamentar ofereceu mesada a Cerveró”. O problema maior, o motivador da prisão foi pelo fato dele tentar obstruir investigações policiais. Sim, o fato eleva a Operação Lava Jato a um outro patamar. “Prendendo Delcídio, outros também poderão ser presos. O precedente está estabelecido e o próximo deverá ser o presidente da outra Casa de Leis, a Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, esse com extensa ficha de desmandos. Mas o será?”, eis a pergunta feita pelo intrépido Guardião.
Como sabemos todos, Guardião acaba dando seus pitacos nas esferas foras da jurisdição bauruense, mas sua especialidade, seu raio de ação é mesmo Bauru e arredores. Na verdade, ele descreveu esse enredo introdutório só para desaguar sua linha de pensamento em algo bem local. Vamos aos fatos: “Não dizem que pau que dá em Chico, dá em Francisco ou mesmo, se algo foi ‘delcidido’ lá deveria ter o mesmo procedimento em ‘delcidimento’ daqui? Pois bem, explico onde quero chegar. O bicho pega em Bauru quando empresários estão depondo na Comissão de Fiscalização e Controle do Legislativo e lá denunciando pedidos de propina em troca de concessões de áreas públicas para instalação de comércio e indústrias. Fala-se de R$ 10 a R$ 20 mil por caso e tudo envolvendo diretamente gente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Pois bem, diante disso o secretário da pasta ameaça com processos os depoentes por denunciação caluniosa, sob alegação de proteger os trabalhadores e a administração. Alguns vereadores, como Moisés Rossi contestam essa versão. No rádio ouço o Tizoco da 94 FM falando em algo beirando o constrangimento de novos depoimentos. Daí, encerro o que penso, juntando o tal procedimento do juiz lá na partida de futebol e a prisão do senador. Se penalizou ali, penalize aqui e se ali existia um cerceamento , o mesmo não ocorre aqui? Pensemos todos nisso tudo”, e dessa forma sai voando em busca de algo para fazer, numa cidade tão cheia de providências a serem tomadas.
OBS.: Guardião é arte pura, ficção em forma de verdade, desenhos a cargo de Leandro Gonçalez e pitacos escrevinhatórios e mafuentos desse impertinente e desajustado, o HPA.
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