terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CENA BAURUENSE (142)


MACHISMO E RACISMO JUNTOS É CRIME! NOVAMENTE NA UNESP BAURU
Os intolerantes estão à solta e fazendo das suas, como se ninguém pudessem atingi-los, agindo a vontade, promovendo suas aberrações a torto e a direito. Novamente algo nos banheiros da UNESP Bauru, dessa vez, com inscrições de cunho machista, envolvendo racismo e um algo mais, incidindo em hediondos crimes. Necessário não só o repúdio, mas a ação policial. Num banheiro masculino, o nome de várias alunas e na sequência a desqualificação feita de forma absurda. Por que isso? O que estaria incomodando essas pessoas? Com certeza estão doentes, mas precisam não só de tratamento, como de penalização. Basta de impunidade para quem age assim. O que está em jogo é também a liberdade conquistada, o acesso de uma camada até então excluída da universidade e muito de uma banal licensiodade, onde atos dessa natureza são vistos como aceitáveis, meras brincadeiras e daí, passam batido. É o momento de se dar um basta nisso tudo. No caso da universidade não é possível dizer que isso é algo feito por estudantes. Pode ser também proveniente de servidores, professores ou mesmo visitantes. O dessa feita (não reproduzo a foto aqui, acho apelativo reforçar e divulgar o lá escrito) foi feito com esmero, tempo, em várias cores e pelo visto por alguém que conhece bem as pessoas pelas quais escreveu algo pejorativo, negativo e de caráter racista.

Trata-se de um crime. O tema não pode passar batido, sem uma discussão, sem a promoção e sua repercussão. Isso tudo só será desvendado e poderá mudar quando todos estiverem envolvidos e mudando a própria atitude de como encara o que foi feito. A denúncia precisa ocorrer, pois uma pessoa para fazer algo dessa natureza é um bandido e é assim deve ser tratado. Polícia nele. Já tivemos o caso do estudante morto na festa da universidade e deu em nada. No fim passaram a mão na cabeça dos que estavam por detrás do realizado. E isso vem se repetindo. O professor Clodoaldo Meneguello denunciou semana passada algo dentro do mesmo patamar com os hinos entoados pelo pessoal da Atlética, todos com versos incentivando algo despropositado, racista, machista e mais do que perigoso. São letras fortes e a maioria dos estudantes canta aquilo naturalmente. No embalo ou não, cantam e acham tudo normal. Não é normal a pessoa desrespeitar o outro, inferiorizar as relações, incentivar o desrespeito ao próximo, na maioria das vezes, justamente com aqueles em menores condições de se defender.

Não dá para tocar a vida como normal e isso continuar acontecendo. Antigamente as inscrições dos banheiros públicos tinham algo a ver com pessoas se oferecendo para relações e mais atrás, servia como desabafo para contra atacar as injustiças dessa vida. Lembram-se do “Abaixo a Ditadura? Depois até brincou-se com um “Abaixo a Pica Dura”. Enfim, tiveram até trabalhos acadêmicos versando sobre isso, a jocosidade e a seriedade dos escritos. Hoje, se houver algum trabalho acadêmico será sobre esse lado mais nefasto nas inscrições e o florescer desse lado mais criminoso. Tem sim a ver com os tempos atuais, onde alguns conquistaram algo impensável até tempos atrás e a resistência dos que não aceitam isso. Quando a reação parte para esse lado, vira crime. Outro exemplo bestial é o outdoor contrário aos direitos dos deficientes, como se eles conseguirem fazer valer seus direitos fosse algo abominável. Trato ambos os casos da mesma forma e jeito. Nos resta só uma atitude: combate de forma veemente e intermitente, só assim, não dando margem para que deem um passo adiante é que conseguiremos nos livrar disso tudo despontando aí na curva da esquina. Falta tolerância ao ser humano, falta racionalidade, compreensão, ações humanitárias e sobra bestialidades. Não podemos dar voz a esses bestiais que ainda não a possuem, do contrário isso aqui se tornará algo descontrolável num curto espaço de tempo.

Em tempo: As fotos desse post eu tirei de um projeto mais que lindo. Entenda dele clicando aqui: http://www.hypeness.com.br/…/serie-fotografica-denuncia-o-…/.

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