domingo, 17 de janeiro de 2016

UMA MÚSICA (132)


ÁGUA E ALGO DELA NA MÚSICA BRASILEIRA – DEDO NA FERIDA

Esse é um dos temas com muitas composições, de todas as formas e matizes dentro do universo da música brasileira. A água sempre foi fonte de contemplação e muita preocupação. Hoje é o “berço da hipocrisia” ("todo mundo é perfeito quando o outro é que faz besteira"), como encontro numa, a escolhida por mim, para dentro de tudo versando sobre a questão da água postar aqui e tentar discutir, refletir sobre o que estamos fazendo dessa e de outras questões cruciais para nossas cidades.


JOÃO SUPLICY lançou ano passado, exatamente no Dia Mundial da Água algo contundente sobre a crise hídrica que se abatia sobre o país, em especial sobre a cidade onde mora, São Paulo, o maior centro de concentração urbana brasileira.

A canção se chama DEDO NA FERIDA. Assistam o vídeo clicando a seguir: http://uolmusica.blogosfera.uol.com.br/…/no-dia-mundial-da…/ e também no https://www.youtube.com/watch?v=JgXqKV_S08E.


Quando do lançamento João escreveu isso sobre sua música: “Não vejo o problema da falta de água como uma questão isolada. Acredito que está ligado à vários outros fatos do nosso tempo, eu diria até mundiais, que também têm me causado espanto. Por isso não deixo de apontar para vários deles nessa canção. A água é o elemento mais vital para a sobrevivência de qualquer ser vivo e, sendo esse domingo (22) o Dia Mundial da Água, acho importante olharmos para essa questão de uma forma mais abrangente, mas sem deixar de focar também nas medidas que se fazem urgentes”.

Sintam também a força da letra reproduzida abaixo:
“A rua tá alagada mas na torneira não tem água,não/ Religiões se matam em nome da paz e do amor/ O homem busca um novo planeta enquanto acaba com esse/ Inventa uma doença pra depois vender saúde ou crença/ Bandidos estão indignados com a roubalheira/ Todo mundo é perfeito quando o outro é que faz besteira./ Me conta é verdade ou mentira/ Que o berço da hipocrisia/ É um peito gelado e virado para o próprio umbigo/ Me conta é verdade ou mentira/ Que o mundo da noite pro dia/ Pode simplesmente cuspir toda gente daqui./ Ai que sede que dá/ I´m so thirsty i could die/ Mourrir de soif,je´n veux pas/ Me muero de sed,mamá/ Ai que sede que dá/ Da vida…”.


Enquanto eu padeço os meus problemas pessoais pela falta d’água na torneira e numa pós enchente, onde uma água barrenta invade a cidade de Bauru, choro sim as minhas pitangas, como forma de desabafo. E é só o que posso fazer nesse momento, lamentar, instigar, propor, chorar, se lamuriar e escancarar alguns dos nossos seculares problemas. Que mais poderia fazer diante de um domingo no meio da desolação e do barro? Só mesmo o lamento doído pela falta d’água na torneira.



É O QUE CONSIGO PRODUZIR NO DIA DE HOJE

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