PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (102)

DOIS EVENTOS CONTRÁRIOS AO GOLPE
1.) SÁBADO NO CALÇADÃO COM OS TOMATEIROS E REPÚDIO AO GOLPE

Foi a nossa vez de reforçar o posicionamento do bloco Bauru Sem Tomate é MiXto, que ontem, sábado, 30/04, reunidos na praça Rui Barbosa decidem descer o Calçadão da Batista não carnavalizando tudo, ironizando a situação e fazendo chacota dos poderosos, mas o fizemos em completo silêncio. Alberto Pereira com sua caixa desceu todo o percurso batendo a marcha fúnebre e todos os componentes calados, caras fechadas portanto cartazes, faixas e adereços contra o Golpe e na resistência pela Democracia. Depois, após o desfile nessa inusitada forma, todos pararam na Esquina da Resistência e ali com um carro de som ligado entoamos nossos hinos,cantamos a música da beth carvalho contra o Golpe, falamos ao microfone e deixamos vem claro que, quando é para festar, festamos e quando é para agir com seriedade, fazemos também com muita sapiência. Esse o nosso papel, estar ao lado das justas reivindicações desse país. Dela não nos afastaremos. Lutaremos até o fim para que esse país, que hoje passa por uma séria crise, não caia na mão de cruéis e insanos golpistas e o transforme em algo, não só ingovernável, como lugar de v igência de bestial fascisco. Esses somos nós.

Prestem atenção: tratam-se de alguns dos RESISTENTES dessa Bauru.

2.) MST NAS RUAS NO DIA DO TRABALHADOR E REPÚDIO AO GOLPE

Como acontece hoje em boa parte do Brasil os movimentos sociais estão nas ruas e a postos para fazer a defesa da presidenta legalmente eleita e resistindo como pode a um cruel e insano GOLPE, com todas as letras que lhe podemos impingir. O MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sempre de prontidão, hoje o maior e mais atuante movimento social em ação no pais, demonstraram um bocadinho de sua força com um ato em Bauru. Vindos de variados agrupamentos e assentamentos espalhados pela região, ocorre uma concentração por volta das 9h da manhã na Praça da Paz e de lá, por volta das 10h30 saem em caminhada, umas seis quadras até a rodovia Marechal Rondon e bloqueiam a pista sentido Interior/Capital por aproximadamente uns 50 minutos. Sem incidentes, mostrando um pouco da força desse movimento, o atoserve para mostrar o respaldo que o Governo Dilma sempre possuiu dos verdadeiros movimentos sociais brasileiros. Acompanhei de perto desde a concentração, como a caminhada, a tomada da pista, todo o desenrolar da manifestação e depois a tomada de decisão dos líderes do movimento, com a caminhada até o parque Vitória Régia, quando continuaram mobilizados até o momento da ocorrência de uma plenária ali ocorrida do Dia do Trabalhador.

Avesso a qualquer crítica que, porventura possa ocorrer com a citada ocupação, mais importante que tudo é ressaltar o caráter de luta, de comprometimento social e da sebedoria dos líderes envolvidos com a questão. São pessoas preparadas para atos dessa natureza e agem com a mais absoluta tranquilidade. Repudio de forma veemente quando alguns ainda os denominam de baderneiros, desordeirtos, vagabundos ou algo parecido, pois, com certeza quem os intitula dessa forma, em primeiro lugar desconhecem algo da luta empreendida pelo MST, desmerecem um movimento legítimo, autêntico e em busca do reconhecimento e obtenção da garantia do que tanto almejam, justiça social para o homem do campo e das cidades. Só aceito cdríticas de quem, no mínimo, saibam compreender a luta pela reforma agrária, do contrário fica algo pueril.

Gostei muito de poder acompanhar de perto essa manifestação e conhecer alguns dos líderes desse movimento na região, além de poder conversar com muitos dos seus integrantes, todos pessoas preparadas para a luta na qual estão envolvidos. Ressalto o papel das policias que lá estiveram, pois em nenhum momento ocorreu qualquer espécie de confronto. Todos souberam permanecer nodevido lugar a eles imposto numa situação como a ocorrida. Para mim pessoalmente, aprendi muito, vivenciei uma experiência inusitada e aprendi um pouco mais a respeitar quem de fato defende o país. Não me peçam para defender interesses de latifundiários, grileiros, gente que toma terra de forma injusta e se diz dono de vastos territórios e ignora a luta do homem do campo. Entendo perfeitamente o papel desempenhado pelo MST nesse momento vivido pelo país, quando estão somente atuando na defesa da legalidade, ou seja, são todos contrários ao Golpe em curso e tudo de ruim o que isso trará ao país. Todos ali são também defensores da democracia.

Esse meu relato do que vi. Depois, já no parque Vitória Régia, uma pena não ter podido acompanhar a plenária onde seria mdeliberadas questões sobre o posicionamento do trabalhador brasileiro siante da vergonha desse golpe que tanto infelicitará a todos nesse país. Quando o povo entender de fato o que está por detrás desse golpe, o que se passa na cabeça de gente como Temer, Cunha e Aécio, tenham certeza, um levante popular ocorrerá e reestabelecerá as coisas no seu devido lugar. O povo nãosabe de fato o que estásendo tramado, o que vai lhe acontecer de ruim e estou nas ruas com o intuito de ajudar, de dar o meu quinhãode cdontribuição para ajudar no esclarecimento dessas questões. Cumpri o papel a mim designado nessa manhã e começo de tarde e me sinto muito feliz por ter estado ao lado de gente tão abnegada, ciente do que faz e preparada para os enfrentamentos que teremos pela frente. Viva o MST, sua luta, sua gente e que a reforma agrária venha um dia a ocorrer de fato nesse país.

Essa minha modesta interpretação de fatos ocorridos hoje em Bauru.