domingo, 10 de julho de 2016

COMENDO PELAS BEIRADAS (21)


DOIS EVENTOS E ALGO A MERECER UM BREVE COMENTÁRIO


1.) SAIR DE NOITE PELA AÍ...
Foi ótimo estar ao lado de amigos e amigas lá no teatro Elza Munerato, em Jaú, assistindo dentro da bela programação lá deles do Festival de Inverno de Jaú e ontem, nada menos que LUIZ MELODIA, junto do seu inseparável RENATO PIAU (como toca violão o cara, hem!), reencontrar o amigo de longa data, professor e mestre de bateria Nino. De lá todos irmos para a Pizzaria Jardim, ali no Jardim de Baixo e pizzarmos e degustarmos um carneiro, depois lá pela meia noite voltar os 60 km de nos separavam de casa. Obrigado pela noite Ademir Elias, Márcia, Claudio Lago, Luzia Aparecida Siscar, Mauricio Passos, Gilberto Truijo e a minha companheira de todas as horas, momentos e atos Ana Bia Andrade. Gravei o Melodia e hoje, ao longo do dia, vou postando algo do show. Rever o animado Nino jauense não tem preço e ver o Claudio Lago perguntando pro garçon, sobre a famosa linguiça jauense, se a mesma era fina, como diziam e quase tendo que provar, algo que a noite só proporciona a quem nela se insere. E mais, no meio do show, o mesmo Lago se levanta e com seu celular resolve filmar o show, vai até quase junto do cantor, grava uma canção na boca do gargarejo e volta para o meio do teatro, de ré, sem trombar com nada, foi para aumentar o sabor da noite.
Depois deu a tirada da noite, quando volta da improvisada cantina no meio do show sem sua latinha de cerveja, seria a quarta se não me engano: "Esse teatro não tem estrutura". Todos se assustam e explica: "Como é que me acaba a cerveja no meio de um show como esse e vendo o Melodia beber lá no palco e eu tendo que ficar a seco aqui em baixo". E o Melodia, chorão como sempre, reclamando do frio, da voz rouca, foi até para os camarins certo momento, deixando Piau arrasando no palco e quando volta, mais caliente com algo bebido por lá, faz da segunda parte do show a quentura da noite. E para mim, na lembrança feita por ele de uma pessoa de Jaú, seu compadre segundo diz, Afonsinho, o craque de bola ali nascido, estabelece ali, naquele momento, uma relação afetuosa com todos na platéia. E seus sucessos cantados por tudo, todas e todas. A noite valeu e muito. E para os interessados de plantão, hoje tem outro show da pesada por lá, gratuito, só que na praça dp kartódromo, defronte o shopping. Com nada menos que MONARCO DA PORTELA, 19h, de graça. Vamos???

2.)
DOM PAULO ARNS, O CORINTHIANS E MOZART.
Eu sempre gostei de dom Paulo Evaristo Arns. Na época em que ele estava no auge do cardinalato no país, plena ditadura militar, eu estava saindo da juventude para a vida do trabalho. Ontem muito mais católico que hoje, mas algo ficou e hoje, quando vejo sendo comemorado os 50 anos de quando chegou ao cargo pomposo dentro da hierarquia católica, revejo algo com louvor. Ele era e continua, hoje quase centenário, corintiano. Mais que issoe isso o motivador dessa minha escrita. Ele, dentre tudo o que fazia gostava de assistir jogos do seu time do coração pela TV. Já na época, um narrador começava a despontar na dita TV Globo, a que desde que me conheço por gente impõe a partida que assistimos nas tardes de domingo. Pois bem, ele assistia os jogos, mas não gostava de fazê-lo ouvindo um narrador de nome Galvão Bueno. Sabe o que fazia? Abaixava o som da TV e ligava na vitrolinha um LP de música clássica. Mozart era seu preferido. Minha admiração pelo cardeal Arns cresce. Ele sempre soube o que faz. Soube enfrentar os militares, a hierarquia retrógrada da igreja e também o que via pela tela do aparelho de TV em sua sala de visita. Façamos o mesmo agora, nesse exato momento, quando está para começar a decisão da Eurocopa, entre Portugal e França. Deletemos o Galvão e elevemos Mozart. Com um chopp do lado isso ganha ares inebriantes.

3.) UNINDO A FEIRA COM O REENCONTRO DOMINICAL
Hoje a belezura do encontro promovido pelos que batem cartão na agora denominada Choperia do Barba, ali na esquina da Julio Prestes com a Gustavo Maciel, todo domingo. Depois de fazer a feira, passar pela banca do CArioca, olhar as antiguidades nas calçadas, meio fio e algumas poucas lojas, eis que a reunião se sucede ali diante da parede lateral e o congraçamento ocorre da forma mais fraternal possível.

Muitos com livros, CDs, verduras, folhetos, pastéis e tudo o mais que um feira possa proporcionar, chegam e se regalam com um chopp extremamente bem tirado, gelado, honesto, no ponto. Da união ali possibilitada algo novo e a brilhantar o espaço e a reunião, cada vez mais ampliada. Na banca bem ao lado, olhando sempre para o grupo, já sendo considerada por todos como amiga, Jaqueline, uma jovem moradora lá do May Dota e embaladora de legumes para serem ali revendidos. Eis que, assim do nada pintou a ideia de comprar um saquinho de tomates, R$ 2,50, levar na cozinha do Barba, lavar, cortá-los em fatias, colocar um azeite da casa, vinagre, sal e servir para todos. A coisa pegou e durante o tempo em que ali estivemos foram três pacotes.

O pessoal do Barba gostou, pois com isso tomamos mais chopps. Ana Bia sumiu na feira em busca de orégano e Rubens Colacino chegou com uma sacola cheia de alface. Quem vibrou com os acepipes foi Cristina Zanin, uma que não come carne de jeito nenhum e gostou da ideia. Tudo foi tão deglutível que, até Manoel Rubira e o Rubens Colacino, que não tomama cerveja o fizeram. Marisa Fernandes, como já é de praxe cervejou a própria calça e volta novamente para sua casa carimbada com cheiro de cevada espalhado pelo corpo. Não sei de quem veio a ideia de ir procurar um queijo e lá saí em busca da guloseima. Na última quadra da feira, bem defronte a CEF, numa banca natureba, queijos de todas as formas. Preferi trazer um com ervas e picante, que naquela hora da anhã, quase meio dia, me saiu pela bagatela de R$ 10 (custava R$ 12).

Chego com o queijo e o espalho na mes, que nesse momento já tinha como toalha a faixa em vinil do DIGA NÃO AO GOLPE. Tiramos até fotos com a faixa, comemos tudo e a partir desta data aprendemos mais uma. O grupo tende a aumentar a cada domingo e cada um traz uma coisinha da feira, como tomate, cenoura, verdura, queijos e outras iguarias e tudo será socializado ali nas mesas do Barba, sendo consumido da casa os chopps e outras bebidas. Quem não bebe nada alcoólico, ele serve sucos naturais variados, mas só desses interessantes, como hortelã com espinafre, laranja e quetais. Da união dominical sendo cada vez mais fortalecida, nasce agora mais esse elo de união, a de que o que beliscarem os ali coprarenos de diletos feirantes, como a querida Jaqueline e dona Cotinha, ali da banca do lado.

3 comentários:

  1. Folha e Lula sepultam a tese do golpe. E agora, esquerda?

    Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que essas manobras desautorizam qualquer cidadão com o mínimo de vergonha a ser fã de políticos. Podemos admirar alguns de uma distância segura, mas jamais um cidadão decente poderá declarar amores por quem quer que seja. Vejam o exemplo de Rodrigo Maia. Ele está conversando com o PT. E ninguém que não faça parte do mesmo plano criminoso de poder está autorizado a tratar com o PT o que quer que seja. Aquilo não é partido, é uma organização criminosa que conspira contra a democracia. O motivo por trás desses movimentos é uma tentativa de barrar o centrão apoiado por Eduardo Cunha, mas isso não justifica conversar com petistas. Caso o deputado Rodrigo Maia não saiba, Eduardo Cunha só chegou ao auge da influência política quando se tornou agente de Dilma Rousseff. Ele não deveria ajudar o PT a praticar vingança contra ex-comparsas. Sim, é perfeitamente possível barrar Cunha sem se aliar ao petismo. Rodrigo Maia deveria ter vergonha. Ou então vir à público desmentir que esteja conversando com esses seres andrajosos.

    Mas aqui não se trata só de articulações parlamentares. Essas notas deixam em evidencia duas questões fundamentais: a falsidade da narrativa petista e o pseudojornalismo da Folha. Vamos aos fatos. O golpe teria sido fabricado capitaneado por Eduardo Cunha, com aval do PMDB, DEM, PSDB e PPS. Mas notem que o PT só vai apoiar Rodrigo Maia se o deputado conseguir o apoio dos partidos que publicamente são chamados pela esquerda lulopetista de “consórcio do golpe”. Outra contradição: o centrão de Eduardo Cunha e DEM, PPS e PSDB estão em lados opostos. Vale lembrar também que o parecer que pediu a condenação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara foi elaborado pelo deputado Marcos Rogério, do DEM. Mais uma das contradições na tese do golpe.

    O PT também diz que Dilma sofre um golpe de estado por vias parlamentares, de que a presidente não cometeu crime algum que justifique seu impedimento. O que se espera de quem zela pela democracia é que não mantenha nenhuma conversa ou comunhão com gente autoritária e golpista. Vale aqui a mesma regra aplicada ao deputado federal Rodrigo Maia. Sabe o ditado antigo de que quem se deita com porcos farelo come? O mesmo vale para quem participa de confabulações com golpistas. Será que o PT e Lula perderam o apreço pela democracia, se sujeitando a apoiar um dos mais ardorosos defensores de um impeachment ilegítimo de uma presidente eleita democraticamente? Não. O que há de fato é que o PT nunca teve apreço algum pela democracia, e que só inventou a tese do golpe para não dispersar a militância. Se até criminosos comuns se dizem vítimas da justiça quando apanhados, porque o PT não faria o mesmo? Apesar do Mensalão, Petrolão e estelionato eleitoral, a política segue. E eles seguirão conspirando, manipulando e mentindo enquanto não forem retirados da vida pública. Gritar golpe é só um modo de sobrevivência, o desespero de quem foi pego em flagrante, a explicação do adultero. É uma tese tão fajuta que nem mesmo os seus pregadores nela acreditam. É isso que nos leva a concluir que quem fala em golpe ou é ignorante ou é falsário. Isso deve ser particularmente terrível para gente como Elio Gaspari, Luís Fernando Verissimo e Tico Santa Cruz, obrigados a escolher se são burros ou estelionatários.

    O que fica evidente aqui é que não houve apenas um golpe, mas uma sucessão de golpes. Os golpes começaram quando a organização criminosa ganhou registro partidário, tendo a possibilidade de operar usando como fachada o nome oficial de Partido dos Trabalhadores. E no meio do caminho, houve outros golpes como os estelionatos eleitorais, o aparelhamento do estado e a cooptação de veículos de comunicação.

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  2. DE QUEM É ESSE TEXTO, caro Anônimo?
    Primeiro o próprio texto diz que existiram vários golpes dentro do mesmo golpe.
    Daí, por mais crueldade que possa existir no relatado no texto, isso não invalida a existência de um golpe.
    Continuo tendo a plena e absoluta certeza de que o golpe dado agora é infinitamente pior do que o impetrado em 1964, pois nesse todas as garantias de avanços conseguidas às duras penas estão sendo colocadas por terra, retrocesso total e absoluto e sob o acobertamento de pessoas aplaudindo o feito como necessárias.
    Para reverter isso tudo a ocorrer nesse momento no país, talvez sejam necessários muito mais que os 21 anos do golpe de 64.
    Não vai ser fácil, até pela ocorrência exatamente de fatos como esses transcritos no texto.
    E isso tudo me dá cada vez mais certeza, não se pode ter vergonha nenhuma de continuar gritando em alto e bom som: TEMER É GOLPE e dos bravos.
    Henrique - direto do mafuá

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  3. Texto de Eric Balbinus!

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