segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

DICAS (156)


O QUE AINDA ME MOVE DIARIAMENTE – ENTRE LEITURAS E AUDIÇÕES

Sempre gostei muito de rádio e jornal. Ambos os segmentos estão hoje contaminados e exercendo em sua maioria um triste papel. A mentira predomina e o jornalismo foi jogado na lata do lixo. Uma das críticas duras que faço a Lula e Dilma é pelo fato de não terem conseguido firmar nenhuma rádio ou jornal a nível nacional, onde a população consiga sair do trivial da mentira. Não existe uma sequer. Isso é por demais entristecedor, pois estamos acéfalos de boas leituras. Mais que isso, as leituras honestas deixaram de existir e as que resistem, vivem mal das pernas, aos trancos e barrancos.

Todos sabem que dentre as minhas preferidas está a semanal Carta Capital. Dentre esse segmento, o das semanais, não existe outra. É única e padece muito, pois se Dilma e Lula praticavam a tal isonomia distribuindo verba publicitária para todas, os golpistas não gastam um tostão com quem pratica bom jornalismo, ou seja, quem não mente a favor deles. Na edição desta semana, tem uma missiva de minha lavra e responsabilidade. Ei-la:

“RUMO A 2017 - Em sombrios tempos como os que se avizinham (mas já não sobrevoam nossas cabeças e mentes?), a existência de algumas poucas publicações no ainda livre exercício de esclarecer e escarafunchar o baú de maldades despejado sob os costados dos pobres mortais é algo mais do que alvissareiro. Diria, necessário, salutar e oxigenante. Mesmo para os bestiais que cegamente a criticam, agora até dispostos a envolvê-la na vala comum dos desmandos, ela é hoje algo como uma tábua de salvação diante da iniquidade de uma mídia cada vez mais adesista. Esta revista faz o que pode diante da enxurrada, verdadeiro tsunami de forças contrárias. Navega num mar tempestuoso e, dessa forma, resiste e insiste. Seus leitores reconhecem o esforço e não os abandonarão por nada.”.

Encerro esse curto texto sobre os programas de rádio. Como gostava de ficar mudando de dial e sintonizando uma pá delas. Hoje, quando me deparo com o discurso único, a imensa maioria na linha neoliberal, um desalento total e absoluto. Ainda tento ouvir pela manhã os noticiários das FMs bauruenses, a 94 e a 96, mas decaíram muito. A Auri-Verde se transformou, primeiro em golpista declarada e hoje, em porta voz de um jornalismo rasteiro, caolho, favorecendo esses que hoje estão no poder. Pouca coisa se salva. Nem o esporte, antes cheio de emoção, hoje ficou insonso, inodoro e insípido. Sabe o que faço? Caio fora. Ouço a Unesp FM quase o dia todo quando quero ouvir boa música e no mais, tenho duas preferências pela manhã, quando trabalho com o alto falante ligado. Começo o dia tentando ouvir o Ricardo Boechat na FM Band News RJ (http://playersradios.band.uol.com.br/?r=rb_bandnewsfm_rio), entre 8 e 10h. às 10h em ponto, não se espantem, ouço diariamente um programa argentino, o La Manana (http://radioam750.com.ar/), com o jornalista uruguaio atuando naquele país, Victor Hugo Morales. A princípio, Macri tentou calar sua voz e foi despedido de outra rádio, a Continental, mas conseguiu espaço numa livre, opinativa e praticante de um jornalismo tão em falta nesse nosso Cone Sul que, fico sintonizado em sua fala das 10 às 12h.

Desta forma me informo... e me decepciono pouco.

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