quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

BAURU POR AÍ (136)


LEITORES PARTICIPAM DO PROJETO DE "CARTA CAPITAL", DENTRE ELES, ESSE MAFUENTO BAURUENSE
Fui convidado e compareci ontem na capital paulistana, lá na parte baixa da avenida Consolação, perto do Mackenzie, teatro Commune (www.commune.com.br) a mais um evento da melhor revista semanal brasileira, a Carta Capital, dessa vez o "Direto da Redação Especial", com a presença de dois debatedores, o ex-governador cearense e ministro de Estado Ciro Gomes e da economista Leda Paulani, diante de um tema a nos angustiar: "Por que o Brasil mergulhou na mais profunda crise política de sua história e como conseguirá superá-la?". Para começo de conversa ouvir Mino Carta versar ao vivo e a cores, nosso melhor jornalista ainda em atuação, baluarte de toda uma geração de bons profissionais é mais do um luxo, talvez um alento.

Depois o debate, com ampla participação da platéia. Ciro é contundente: "Nosso povo está é com medo, bem diferente de passividade. Como um cidadão trabalhador, duas horas de ônibus para chegar ao seu emprego, mal remunerado, instabilidade total, come mal, duas horas a mais para voltar para casa, dorme mal, mulher reclama das contas não pagas, como vai reagir? Ele nem imagina como fazê-lo, pois suas necessidades imediatas o consomem". Demonstra esperança quando faz afirmações contra os golpistas encastelados hoje no poder: "o lado bom da tragédia brasileira é que ninguém mais mundo afora defende o neoliberalismo, nem Trump, só os retardatários brasileiros. A burguesia industrial brasileira sabe que está tudo errado, nosso Congresso não é reacionário, ele é sim, corporativista e corrupto. Ainda acredito na fecundidade desse terrível momento. Enfim, ou colocamos em discussão outro modelo, ou o país não tem saída".

Com a presença, além de Mino Carta, do editor da revista Sergio Lirio, muita gente importante, como Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Hélio Campos Mello (revista Brasileiros), Luiz Dulci (ex-ministro de Estado), Ricardo Ohtake, muitos empresários e tantos outros conhecidos, a noite foi também para dar início a um belo projeto da revista, o de valorização e aproximação cada vez maior com seus fiéis leitores, dentre o qual me incluo e o motivo de lá estar. Trata-se do Projeto "Assinante CC agora é sócio CC" (socio.cartacapital.com.br).

Tive um artigo publicada na revista na edição da semana passada, o "Poeira e Unguento" e sempre estou envolvido, preocupado e me correspondendo com a revista. Esse meu sexto texto lá publicado. No novo projeto, Sergio Lirio me convida pessoalmente a estar no evento. Chego do meu jeito, quieto, assuntando, tomando ciência e ainda no hall já me sinto em casa. Recebo um kit do evento e nele um livro, o último do Mino, "A vida de Mat" devidamente autografado pelo autor: "Ao Henrique com o abraço subversivo de Mino Carta". Converso por ali com gente que não imaginava ser possível assim de uma forma tão informal.

Na entrada ao teatro sou informado que os leitores teriam cadeira cativa, lugar reservado e na primeira fila. Somos homenageados, valorizados e com o novo projeto estamos inseridos no contexto. Sergio Liro explicita tudo para os presentes e ressalta do papel dos leitores dentro desse novo momento do mercado editorial em papel, da crise e dos rumos da imprensa. Junto a outros que, vou pouco a pouco conhecendo, me sinto em casa. Confabulo e participo do evento. Por fim, deixo nas mãos de Lirio algo de minha lavra e responsabilidade, um texto de quatro páginas, escritas à mão na viagem feita de ônibus do Expresso de Prata para São Paulo, letra um tanto tremida, mas bem legível, intitulado por mim de "Minha relação com Carta Capital" e aqui publicada, para quem se interessar em sua leitura.

Estive em São Paulo por causa disso e gostei muito do vi, ouvi e estarei desde já, enfurnado como Sócio Leitor, participando ativamente para que o projeto dessa inusitada, ousada, independente e quase única hoje a atuar dentro da verdade factual dos fatos possa seguir altaneira por muitos e muitos anos. 

Enfim, como apregoou Mino de forma irônica ao final de sua fala: "precisam continuar mantendo minha subsistência". 

Com ele produzindo o que de melhor temos no jornalismo tupiniquim, faço questão de fazer parte desse time.

HPA - chegando agorinha mesmo de Sampa

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