quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

CENA BAURUENSE (169)


A BRUZUNDANGA BAURU É ISENTA DE PECADOS – EXTRA, EXTRA: LISTA É DEIXADA EM MINHA CAIXA DO CORREIOS.

Se é que existe um paraíso na face da Terra, para os que apregoam contra a corrupção advinda dos tempos de Lula & Cia, parte desses residem na “sem limites” Bauru e são chamados pela denominação de “forças vivas”. Enxergam todos os males do mundo nos pouco mais de doze anos dos Governos do PT, mas fazem vista grossa para tudo o que fizeram (e continuam a fazer) até então. Daí o termo Bruzundanga cair como uma luva para todos eles. O livro com esse nome é de autoria de Lima Barreto, foi publicado postumamente em 1922, mas continua mais atual que nunca.

“Satiriza uma fictícia nação onde ele mesmo teria residido. Seus capítulos enfocam, entre outros temas, a diplomacia, a Constituição, transações e propinas, os políticos e eleições em Bruzundanga. Critica os privilégios da nobreza, o poder das oligarquias rurais, a futilidade das sanguessugas do erário, desigualdades, saúde e educação tratadas com desdém, enfim, mazelas parecidas às de um país real. Ao lê-lo, tem-se impressão de que o escritor não se fez arauto de seu tempo; o Brasil é que patinou nos descaminhos de si”.

Fazendo uma viagem no tempo, de 1922 para 2018, a hipocrisia grassa solta nas ruas e salões de convescotes país afora e Bauru não podia ficar de fora. O que mais se vê no refino dos lugares onde a fina flor do Lado A desta cidade pisa os pés é uma mordaz crítica para tudo o que venha dos tempos de Lula e a imensa maioria aguarda ansiosa pelo momento da prisão do ex-presidente. Não se fala em outra coisa. Alguns até apostam quando isso acontecerá.

Paralelo a isso me cai nas mãos (anônimo remetente me deixa uma lista na caixa dos correios) uma interessante lista, incompleta, por sinal, dos variados escândalos ocorridos na cidade de Bauru e envolvendo muitos dos que hoje estão clamando e babando na fronha pela prisão do sapo barbudo. Num papel amarfanhado, alguém envia recado e pede justamente a mim para que o passe adiante: “Esmiúce o que estaria por detrás dessas movimentações financeiras envolvendo a cidade e ilustres bauruenses. Cito só os títulos e atrás de cada um, longa história ainda muito mal contada por essas plagas. Em muitos, nunca teremos um desfecho e nem conseguiremos identificar o tamanho da artimanha. Mas vale sempre lembrar, até para desmascarar quem hoje dá risada da desgraça alheia”.

O texto era esse e junto uma estranha lista. Peço que quem souber algo a respeito que me ajude a elucidar a charada:
Laredo levada à falência
Destruição da ECCB
Apropriação Indébita da Ajax
Condomínio Villagio
Mensalão AHB
Seplan e os empreiteiros
Terreno da Felivel
Liberação das APAS
Condomínio Pamplona
Furnas e a Bauruense
Maiores devedores de água

Tudo isso, justo no dia em que o Jornal da Cidade diz estar em curso mais um escândalo envolvendo Bauru: “A partir de Bauru, grupo distribuía remédios desviados”. E na segunda, a primeira sessão da Câmara de Vereadores e lá uma boa discussão: “Bauru aceitará o Hospital de Base via OSs?”. Não tenho como me ater a aprofundamentos em cima da lista a mim confiada, pois o Carnaval se aproxima e como caio na folia, repasso para quem me lê e solicito ajuda. O que me dizem do que recebi? Estaria Bauru enquadrada como ouvi certa feita de uma graduada pessoa que já esteve enfronhada nisso tido? “As fortunas desta cidade, todas elas foram construídas de duas formas. Ou ocorreu algo com muita lama no seu percurso ou o sujeito ganhou na loteria. O agravante é que ninguém até agora ganhou na loteria”.

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