segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (64)


MOMENTO INSANO DA MÍDIA MASSIVA, O PRÊMIO DESATENÇÃO DOS TOMATEIROS E ALGO EXPLICANDO DOS MOTIVOS DA ESCOLHA DO PREMIADO 2019 - COMO SE DÁ A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS
Bauru não está mesmo fácil. Tento ouvir rádio e todas estão pela hora da morte. Da Velha Klan, o que sobrou da velha Auri-Verde e das demais, o que de pior temos no jornalismo brasileiro. Algo caolho, visão sob a ótica preconceituosa e odienta de enxergar somente um dos lados da questão e demonizar o outro. Perderam totalmente a credibilidade. No jornalismo das demais, nada de novo, o batidão de sempre, sem nada propondo o fim desse triste momento brasileiro, mas todas buscando a sobrevivência e com acordos espúrios. Nada diferente do que ocorre na TV. A TV Tem é a cara local do jornalismo produzido pela TV Globo e assim sendo, uma verdade falsificada, sob a ótica dos poderosos e de quem hoje tenta salvar a própria pela diante do que virá pela frente com Bolsonaro. Da Record e das demais, nada de novo, tudo de velho, carcomido pelo tempo. Da imprensa escrita, resta o Jornal da Cidade e dele, desde sua fundação, sempre deixaram bem claro possuírem um lado e ele defenderem, daí o que esperar de algo assim? Nada. Ouço algo, vez ou outra, pela rádio Unesp, mas muito esporádico, contido, medrosos e pisando em ovos e agora sendo regulados pelo desGoverno Dória. Resta. Ainda bem, algo vislumbrado pelas redes sociais. O Jornal Dois um desses, dando sequência ao que foi um dia, o Participi. A verdadeira informação flui pelas vias alternativas, filtrando escritos aqui e dali, pois no meio disso de cada pessoa ter se transformado em jornalista, algo de bom e também de muito ruim.

Com um quadro mais ou menos com esse enquadramento, algo precisa ser feito. A imprensa massiva deixou de atender os interesses do povo, para prestar serviço para o que pior temos hoje no país. A gente vê, lê e escuta por falta de opções e até para se certificar do baú de maldades despejado sob nossas cabeças e mentes. E eles não perdoam, produzem continuamente uma bestialidade para endoidecer mentes. Como o povo vai conseguir separar o joio do trigo, dizer o que de fato é informação e o que é pura lavagem cerebral? Se até os mais conscientes algumas vezes caem no conto, imagino o povão recebendo diuturnamente uma distorcida informação. Caem como patinhos e nem são totalmente culpados pela reprodução do besteirol, pois a enxurrada é tão forte, tão intensa, praticamente impossível de não se deixar levar. Misturam algo aproveitável com o que querem de fato passar, o conformismo com a situação e enganando a tudo e todos, prescrevendo que quem de fato ajuda o povo vem a ser seu inimigo. E a maioria cai como patinho na armadilha. Reproduzem aquilo que lhes passam, cegos, eternos incautos. Mas o que fazer diante disso tudo? E se tudo está ruim, com o que vem pela aí, resultado da escolha popular totalmente fora de propósito, tudo deve piorar e muito.

Ontem na feira, sentado no Bar do Barba novamente o assunto veio à baila: e para quando criaremos coragem para produzir algo diferente, segundo uma concepção palatável, defendendo os interesses da maioria do povo brasileiro, seus trabalhadores e afins e não o dos donos do poder? A ideia de uma RÁDIO WEB sempre vem à tona e não sai da mente de muitos. Mas como? Existem experiências em vigência na cidade. A rádio web do José Esmeraldi, a Rádio Saudade é uma delas. Ele persiste, insiste e demonstra ser possível. E por que não uma com esse formato libertário, mas com falação, debates, entrevistas, pontos de vista diferenciados e mostrando a informação sob outra vertente? Quando o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco BAURU SEM TOMATE É MIXTO escolhe, quase por aclamação num encontro de final de ano, ocorrido no último sábado que, o Prêmio Desatenção 2019 será dado para a rádio Jovem Pan, denominada por todos como Velha Klan, a certeza de que o jornalismo local deixou muito a desejar neste ano. Uma discussão a ser ampliada, pois ela não ocorre por perseguição ou nada parecido, mas por simples constatação de algo sendo feito para distorcer os fatos, inverter o ocorrido. Quando se dá uma escolha como essa e da forma como ocorre, nada melhor do que sugerir algo mais, um histórico do que vem a ser essa rádio, seus próceres, o que representa, como se dá a investida dela por todo interior paulista e quem é o seu diretor na local da aldeia bauruense. Algo a ser construído coletivamente por muitos.

Vamos produzir uma seleção de depoimentos a esse respeito, até para não dizer que a escolha foi algo de poucas pessoas. Serão variadas pessoas, os corajosos desses tempos, explicando algo sobre esse cruel e insano momento da mídia local e nacional. Enfim, dos motivos de não existir hoje uma só rádio na contramão do nefasto neoliberalismo, produzindo algo sobre essa baboseira de defender as leis de mercado como solução para tudo, pregando algo consistente contra as injustiças perpetuadas com o golpe de 2016 e o que está sendo instituído após a chegada dos golpistas ao poder. Será uma espécie de balão de ensaio para a novíssima rádio web, ainda em gestação, mas podendo explodir mais rápido do que se possa imaginar. Quem puder já ir dando sua contribuição por essa via, ideias e sugestões, serão todas bem vindas.

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