quarta-feira, 13 de março de 2019

BEIRA DE ESTRADA (105)


REDE SOLIDÁRIA SOCIAL PARA MILITANTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

Tomo conhecimento de mais um militante social passando por sérias dificuldades financeiras. A intenção não é divulgar seu nome e expor seu caso, mas produzir um texto com algo muito em voga nos tempos atuais e de pensadas soluções. Hoje, todos sabemos que, para se contratar um funcionário numa empresa, uma das primeiras providências é a realização de pesquisa, primeiro no google e daí, quando certos empresários tomam conhecimento do interessado na vaga ter tido ação junto à luta e reivindicações por direitos, garantias individuais e militância em qualquer que seja o partido dito de esquerda, suas chances são quase mínimas. Algo bem dentro dos tempos atuais. Vejo muitos militantes se afastando da luta e até apagando seus rastros antigos motivados por pura sobrevivência dentro do mercado atual, cada vez mais insano e cruel.

Pior que isso foi a história que me foi contada por pessoa bem próxima de um aguerrido militante, desses que durante o tempo todo dos impedimentos de Dilma e Lula esteve levantando bandeiras, indo pras ruas, enfrentando tudo com a cara e a coragem. Até então trabalhava registrado, mas coisa de menos de seis meses adoeceu e isso culminou com o afastamento de suas funções. Tentou o afastamento pelo INSS, não conseguiu e acabou perdendo o emprego, por não mais consegui-lo executar a contento como dantes. Suas condições se deterioraram e desde então está parado, cada dia em piores condições. Perto dos 60 anos, não sabe mais o que fazer e se não fosse ter voltado para casa dos pais, estaria literalmente num mato sem cachorro. Nem sai mais de casa, depressivo, chegou a abandonar até as atividades de cunho político, pois quando falta o essencial, a vontade para tudo o mais perde intensidade e o isolamento ocorre.

Até quando vai viver nessa situação? Não sabe e é exatamente isso que lhe incomoda e o faz ficar cada vez mais acabrunhado. E qual será seu destino? Nem mesmo ele sabe, mas algo precisa ser feito, claro, não só para ele, mas para uma infinidade de gente na mesma situação. Meu escrito descrevendo parte do que ouvi é para que, os ainda na lida e na luta junto aos movimentos sociais e enfronhados na luta política, para que não nos esqueçamos de gente como ele, valoroso, lutador e hoje precisando não só do amparo, mas do ombro amigo. Algo coletivo precisa ser pensado para esses. Talvez criar uma rede de solidariedade, onde um ajude o outro de uma forma mais consistente e próxima. Sei que muitos desconheciam essa história e estarão interessados em pensar em algo. Não entrei em detalhes até para não identificar a pessoa, pois não tenho sua autorização para tanto, mas diante de um mundo cada vez mais cruel, sei que, esses envolvidos na luta diária por dias melhores para o coletivo podem bolar algo também para não deixar desassistido quem tanto lutou e hoje precisa do amparo de todos. O que pode ser feito em situações iguais a essa? Um advogado buscar ver se algo pode ser feito junto a empresa, alguém do INSS dar nova orientação sobre revisão no seu caso, uma roda coletiva onde um pensar coletivo é como uma luz no final do túnel. Não se abandona um companheiro de luta num momento desses...

LEITURA OBRIGATÓRIA
Eric Nepomucemo é um jornalista desses que não se verga, irretocável no que escreve. Foi o tradutor de todas as obras de Gabriel Garcia Marques. Escreve hoje para o melhor diário impresso do nosso mundo, o argentino Página 12, uma vez que a imensa maioria das publicações brasileiras falseiam com verdade dos fatos. 


Num texto publicado hoje, a justa compreensão dos fatos, sem tirar nem por. Para todos os que buscam a verdade dos fatos, uma leitura obrigatória, esse "A CLÃ DE BOLSONARO E OS EXTERMINADORES". 

Está tudo tão evidente, diante dos olhos de todos, bastando sairmos todos para as ruas e botar logo esse desGoverno abaixo, enquanto ainda existe tempo e forças para isso. Eis o link: https://www.pagina12.com.ar/180501-el-clan-bolsonaro-y-los-exterminadores

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