domingo, 2 de junho de 2019
ALFINETADA (178)
DOMINGO - OCORRÊNCIAS
1.) SABE AQUELE LUGAR ONDE VOCÊ QUER ESTAR E NÃO PODE, DECLINO O MEU NO DIA DE HOJE
Neste exato momento tem uma cambada de valorosos bauruenses saindo de van para Sampa, pegando estrada logo pela manhã, café da manhã num restaurante de beira de estrada, tudo para marcar presença num dos atos mais auspiciosos deste dia, o festival Lula Livre, na praça de todo paulistano, a da República, centro nervoso da capital paulistana. Uma amiga que endireitou e hoje já não segue mais o lema a mim ensinado e do qual não abandono, o de que "boi preto segue e anda com boi preto", os quinze estradeiros desta manhã seguem rigorosamente à risca esse ensinamento, o de para se buscar e ser feliz, estar entre os seus, fazendo o que tem que ser feito. O show de hoje na Praça da República é desses lugares para recarregar baterias, recompor energias e restabelecer parâmetros diante de tudo o mais que temos e o que virá pela frente. Não será se fechando em casulos que iremos resolver a questão desse país enfiado numa destruição sem fim. A solução virá das ruas e pelas ruas, sabemos disso e toda e qualquer manifestação neste sentido é mais que válida. Iria com todo prazer, viajando entre tantos outros com a mesma disposição e garra, mas estou temporariamente impedido, no estaleiro e daqui do meu canto, torço muito e conto com todos eles para ir me mantendo informado de tudo o que estará rolando lá em Sampa, da viagem, dos reencontros, esses tão saborosos e revitalizantes. Quero saber de tudo, detalhes e das tratativas, dos chamamentos, convocações e dos próximos passos. Está mais do que escancarado para o mundo todo o baú de maldades e as injustiças cometidas na manutenção da prisão do ex-presidente Lula e estar junto de toda e qualquer manifestação neste sentido é mais do que salutar. Mesmo distante, estarei com todos e todas. Meu desejo era estar aí, no fervo e gritando em alto e bom som pelo Lula Livre e pela devolução do país aos verdadeiros brasileiros, os que não o querem sendo vendido na bacia das almas como vemos neste momento. Digo e repito: muito simples ver o país sair dessa barafunda onde estamos metidos, com essa desvalorização e negativismo, fundo do poço. Querem a solução? Simples. Lula e a esquerda no poder, a chance de ser restabelecida a dignidade, soberania e o país ser tratado de forma altaneira. Enquanto isso não ocorrer, veremos tudo ser entregue e a perdição crescendo. Estar nas muitas manifestações de rua, o que mais se faz necessário. Essa de hoje, uma dentre tantas pela frente. Não fujamos de nossa responsabilidade para com o que ainda resta deste outrora soberano país. O negócio lá em Sampa hoje não é nem a belezura do show, a reunião de diletos e bons, fiéis artistas, mas o congraçamento em prol da causa maior, da real necessidade de estarmos mais e mais unidos, coesos e desfraldando bandeiras, resistindo e botando o bloco na rua, escancarando nossas preferências e lutando por elas. Tenho dito. HPA, doente por não poder viajar neste domingo, 8h00, 02 de junho de 2019.
2.) GANHEI O DIA HOJE NA FEIRA DOMINICAL – INESPERADO REENCONTRO COM JOAQUIM CÂNDIDO VIEIRA
Foi inenarrável. Seu Joaquim é um rueiro, assim como eu, gosta demais de bater perna e o fez até quando deu. Não podia ficar sabendo de evento que já se preparava a contento, fazia poesias e as levava para ler, pedia a palavra, era desses que não se intimidava, chegava e abafava, tinha o que dizer, sabia muito bem o que fazia e quando o viam chegando, a certeza de que algo novo havia sido devidamente preparado para aquele momento. Tenho tantas lembranças dele e das tantas vezes que nos cruzamos cidade afora, ele sempre cheio de coisas para dizer, pois é desses onde assunto nunca lhe faltava. Possui um amor fora do comum pela ferrovia e sabe muito bem da importância dela para Bauru, a fonte de seu progresso e pujança. Não foi ferroviário, mas viveu nesta cidade, toda ela envolvida com essa questão e sempre soube lhe dar a devida atenção, respeito e consideração. Dele escrevi algumas vezes nos meus espaços, tanto no blog, como pelas redes sociais e algumas eu faço questão de recordar, bastando clicar nesse link a seguir e tudo o que já publiquei tendo seu nome como pano de fundo estará diante de si num piscar de olhos: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=joaquim+c%C3%A2ndido.
Esse é o seu Joaquim, conhecido de tantos nesta cidade. Estava sumido já fazia um tempinho, deixado de comparecer e de bater cartão na feira e nos acontecimentos ao redor do que ainda nos resta de ferrovia. Estava preocupado e havia perguntado por ele dias atrás, sem obter resposta convincente. Hoje, saindo da feira, quase na esquina da Julio Prestes com Antonio Alves, pronto para bater asas e ir ter em outro lugar, eis que o vejo vindo calmamente pela rua, amparado pelas mãos do filho e de um neto. Ele me reconheceu, me abraçou, trocamos umas breves palavras e me disse estar com muita saudade da feira. Seu filho me conta ter ele ficado muito doente e ao melhorar lhe diz que precisa ir andar na feira. O filho tenta argumentar, mas é convencido pelo pai, que resoluto não abre mão, quer ir andar na feira. E assim foi feito. Vieram os três, um de cada lado. Ele andou sozinho, parava a todo instante e foi seguindo em frente, seguiu pelo meio da Feira do Rolo, foi ver a Estação da Cia Paulista e sua cabeça deve ter ficado em estado de plena ebulição. Aquilo tudo que sua cabeça e mente já conseguiram juntar a respeito desta cidade e agora, revendo algumas delas numa caminhada nesta manhã dominical.
Foi ótimo rever seu Joaquim. Ele é mesmo uma fortaleza, demonstrou isso na sua força interior, demonstrada nesta manhã e eu, presenciando parte da cena, faço questão de passar adiante. Quem não conhece seu Joaquim não sabe o que está perdendo, ele é memória viva de tanta coisa já ocorrida nesta cidade, uma daquelas fontes que para serem consultadas bastava lhe fazer uma pergunta e a resposta ocorreria em instantes, de memória, de lembrança vivida, sem consultar alfarrábios. Pois bem, ele hoje está de volta às ruas, gastando sola de sapatos novamente por caminhos muito dantes percorridos. Não sei sua idade, mas creio estar perto dos 90, um oitenta e tarará. Uma fortaleza caminhando de pescoço ereto, olhando firme para a frente. Revejam nos meus posts anteriores algumas fotos que havia tirado dele e a comparem com essas atuais. Tenham a mais absoluta certeza, ele é a própria história viva desta cidade. Resiste e insiste, lindo demais da conta vê-lo na sua persistência por ver de novo tudo o que já conhece tão bem, mas sempre, como bem sabe, a cada nova olhada, tudo com nova roupagem.
OBS.: Não deem risadas de mim, esse escovado mafuento sem papas na língua por andar pelas ruas com dois chapéus. Um hoje me encontrou na feira e disse não me reconhecer, pois até já usava dois chapéus ao mesmo tempo. Ri e para ele não expliquei nada, mas o faço aqui: já fui pra feira com um e lá ganhei outro do Chico, um feirante rolista. Quiz recusar, mas ele insistiu, achei chato e aceitei o mimo. Chato seria andar com um na cabeça e outro na mão, preferi andar com os dois na cabeça, um tentando encobrir o outro. Não devo ter conseguido o intento a contento.
3.) INFUNDADA AÇÃO POLICIAL - MAIS UM POBRE MORTAL É EXPOSTO DESNECESSARIAMENTE
Presenciei algo lamentável hoje pela manhã, por volta das 11h no estacionamento central do Supermercado Confiança Rodoviária Bauru. Uma desnecessária ação policial, motivada por um chamado totalmente sem noção. Chego no estacionamento e um velho conhecido, vendedor de paçoquinha nos sinais ali no cruzamento da Nações com a Nuno (não quero identificá-lo para não estigmatizá-lo ainda mais) e frequentador diário do mercado estava acuado num canto de parede, envolto por dois carros policiais e vários deles no entorno. Ao olhar dos lados, pelo menos mais dois carros no estacionamento e muitos policiais militares. O vendedor de rua já havia tido todos seus pertences verificados, documentação apresentada e tudo ali, na frente de todos, exposição injustificada. Procuro tomar conhecimento de como tudo ocorreu. Conheço essa pessoa de longa data e sei das dificuldades de sua vida, trabalhando diariamente para sobreviver. Quando vende o suficiente seu pernoite é numa pensão, quando não o faz, junta tudo o que é seu e dorme nas ruas. Daí o motivo de andar permanentemente com uma mochila, sempre cheia, tudo o que possui.
Ouço outras pessoas, uma delas presenciou tudo desde o início e me conta sua versão. Uma pessoa dentro do mercado presencia conversa alheia, onde ouve alguém dizer estar indo embora, talvez para a Bahia. Por entender algo a mais e, segundo ouço, por ser também policial, esse aciona a Militar e essa chega rapidamente, com várias viaturas, quatro no total. O "suspeito" é trazido para fora e ali, encostado no muro a ação se processa. Quando chego os policiais já haviam constatado ser inverídica a suspeita e ele sendo liberado. Após uma exposição desnecessária diante de todos os clientes que por ali estavam, teve sua fisionomia exposta e envergonhado não sabia direito nem como reagir. O alcaguete acusador acompanhou tudo junto da PM (ouço dizer ser da Polícia Civil) e em nenhum momento se aproximou para pedir mera desculpas pelo inconveniente da situação. Por fim, também se vai, com aquele ar de ter cometido ato de grande valia. Ou melhor, provocou sim, ação desnecessária da PM e, com certeza, nem foi notificado pelo ato intempestivo e abusivo, sem noção.
O fato a merecer elogio ouvi de um fiscal do mercado. Conhecendo a pessoa abordada, quando viu tudo terminado, dele se aproximou: "Vim me desculpar contigo em nome do mercado. Te conhecemos, está aqui todos os dias, nunca nos causou problemas. Quero que saiba que nada do que aconteceu partiu do mercado, nós não temos nada a ver com tudo o que ocorreu". Digna justificativa. Ficou bem claro, tudo partiu de uma infundada denúncia, suposto policial a paisana, provável cliente do mercado e gerando algo detestável, grandiosa operação, com a humilhação de um cidadão comum, trabalhador das ruas baruenses. Creio, seria de bom alvitre essa pessoa, a produzir ato tão indigno contra um semelhante, ser identificado e receber a devida reprimenda. Foi ação toda detestável e a merecer esse escrito, feito em forma de denúncia.
Esse negócio de ir visitar o próprio bandido facínora que te fez mal chamam de síndrome de Estocolmo. Já foi estudado pela psicologia. Coitado desse pessoal. Precisam de tratamento.
ResponderExcluirPelo visto você não entendeu nada do real significado da Síndrome de Estocolmo e até na conceituação a distorce ao seu bel prazer. Aconselho procurar tratamento contra esse ódio latente dentro de gente como tu, bem sintomático em parcela do brasileiro hoje, caolha e senil.
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá