sábado, 15 de junho de 2019
COMENDO PELAS BEIRADAS (73)
DESABAFO DESTE MAFUENTO HPA - SOBRE A INDIFERENÇA NA FISIONOMIA DOS QUE VEJO CIRCULANDO NAS RUAS NO DIA-A-DIA Vamos misturar tudo como faz muito bem o liquidificador aqui de casa. A semana foi pra lá de boa, quando eu cá do meu canto, com as revelações do The Intercept, revelando como de fato agiam o juiz Sergio Moro e seu subordinado, o anspeçada Dallagnol, tomamos conhecimento de como se deu toda a trama, dos que os bestiais insistiam em dizer que não foi golpe, mas agora, pelo bem da verdade dos fatos, não conseguindo mais tapar o sol com a peneira, estão tendo que enfiar o rabo entre as pernas, murchinhos da silva, contritos como rábulas confessando seus pecados diante do altar e aceitar o óbvio ululante.
Moro, Dallagnol e a parte podre da Lava Jato, a que condenou sem provar o ex-presidente Lula virou a execração nacional. Por mais que tentem tergiversar, não dá mais, as evidências se tornaram irreversíveis. Os bestiais de plantão usariam de métodos truculentos, ao estilo do que sabem fazer tão bem, brucutus de araque, se a denúncia tivesse partido de qualquer órgão, entidade ou mesmo pessoa nativa, porém, estão sem ação diante de algo tão grandioso e do qual, eles tão nada conseguem fazer. Resignados, promovem algo imensamente divinal de ser presenciado, estão se debatendo em praça pública, correndo em círculos, trombando uns com os outros e mais perdidos que cegos em tiroteio. Sabem de antemão que matar o denunciador de nada adiantará, ou seja, provocarão a ira dos que já estão de posse de cópias, essas espalhadas mundo afora. E daí, diante disso, dá-lhe denúncias, uma atrás da outra, uma mais escabrosa que a outra.
Divertido, se não fosse trágico. Ontem à noite meu amigo Claudio Lago cutucou meu ego, inflamando-o desmedidamente. Me disse textualmente: "Meu caro, nós dois batemos nessa tecla aqui em Bauru desde o princípio. Quando muitos chegaram perto de aceitar a culpa de Lula, se mostraram contrários à sua candidatura, outros se esqueceram de Lula, repetiam os mesmos chavões dos que hoje se mostram pérfidos, nós nunca arredamos pé. O Moro e sua turma nunca nos enganou. Isso tudo é um baita orgulho pra nós dois em especial e nossos registros estão todos pela aí, comprovando isso tudo". Fico contente pela lembrança, cheio de orgulho, pois tenho bem nítida a lembrança de quantos que vieram me dizer: "Aceite Henrique, Lula fez isso e aquilo". Engoli em seco algo vindo de gente da esquerda com esse papinho cerca-lourenço: "O apartamento e o sítio são deles, o melhor é ele confessar logo". Se esses ousarem fazer uma mea culpa, só isso, pode ser entre quatro paredes, para mim já está ótimo. Mais importante que tudo é voltar a ver o crescimento da esperança com as revelações. Tomara isso sirva de gota d'água para uma união entre tudo, todas e todas contra o baú de maldades ainda sendo despejado sob nossos costados, pois o desGoverno do Bozo & Cia ainda continua em pé, operante e aprontando das suas.
Hoje, um dia após ver novamente o povo nas ruas desta aldeia bauruense e do país inteiro, numa Greve Geral, que não foi bem uma greve, mas foi uma baita manifestação, tomara a união prevaleça. Saio para dar uns bordejos pela aí ontem e hoje pela manhã e o que mais me angustia, enche de amargura é ver a indiferença no semblante da maioria dos brasileiros. Fomos todos massacrados por tanta bestialidade nesses últimos cinco meses, porém o que se vê nas ruas é uma quase normalidade. Mesmo com essa proposta de reforma criminosa da Previdência, os cortes da Educação, a liberação dos desmatamentos, a licenciosidade e permissividade para com as armas, a quase certa venda na bacia das almas da Petrobras, Correios, Embraer, Banco do Brasil e tudo o mais, a reação não convulsiona o país. Falta o circo pegar fogo e se ele não pegar, os invasores hoje aprontando das suas debaixo da lona armada não abandonarão o picadeiro. O que falta para esse povo ir pras ruas com tudo e cair de uma vez por todas a ficha da desgraceira que está sendo Bolsonaro para o país. o emburrecimento da nação atinge a tudo e todos de uma forma tão bruta, impedindo que abram os olhos. Seria isso? Que droga deram para esse povo tomar, me digam?
Até os tais militares, antes se dizendo nacionalistas, a defender nosso território, nossas riquezas, contrários à invasão estrangeiras, a perda da soberania, hoje estão todos do lado dos a se desfazer do Brasil. Ser nacionalista hoje, na cabeça desses, virou algo perigoso, subversivo e a ser combatido. Como chegamos a isso? Eu ontem estive nas ruas e delas não saio mais. Perdi a compostura em me segurar nas calças e pernas. Todo aquele bestial que ainda ousar vir defender aqui no ainda espaço a mim permitido, algo a favor desses venais, bestiais vendilhões, vai levar a devida traulitada. A Constituição brasileira foi rasgada diversas vezes desde o golpe de 2016, o destituindo Dilma e hoje, novamente sob o manto do medievalismo da casa-grande, não tenho mais saco para aguentar pobretão defendendo o lado do opressor. Tolerância zero para com esses. Somos todos culpados em permitir tudo o que já fizeram conosco. Engolir mansamente as revelações da podridão, possibilitadas pelo The Intercept e nada fazer é demonstração de um estado de demência nunca visto. Quando me dizem já estarmos novamente na Idade Média, relutava em concordar, hoje não mais. Mino Carta, um dos jornalistas mais lúcidos desta nação escreveu por esses dias como tudo pode mudar e não existe outra saída: "Para mudar o Brasil, é preciso tomar a casa-grande". Mas como com essa indiferença...
Obs.: Ilustrei esse texto com fotos de alguns dos cartazes por mim fotografados ontem em Bauru no dia da Greve Geral.
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