domingo, 18 de agosto de 2019

BAURU POR AÍ (167)


DOMINGO É UMA COLCHA DE RETALHOS E AQUI ALGUNS DELES

1.) CONVITE EM CAUSA PRÓPRIA PRA LOGO MAIS 15H
O que se faz num domingo à tarde? Boa pergunta. Talvez um futebol na TV, uma soneca após almoço mais substancioso ou um zanzar sem rumo. Poucas opções. Pois de algumas semanas para cá, algo novo no ar e com data e horário sendo firmados no inconsciente coletivo: todo domingo a partir das 15h tem algo novo acontecendo no novíssimo Centro Cultural Acesso Popular, ali ao lado do Bar da Rosa. Neste domingo estarei lá inserido no contexto, junto de mais dois, Claudio Lago e Murilo Nunes. A barca vai ser essa: primeiro uma Exposição de fotos uruguaias tiradas pelo gaúcho Murilo Nunes quando da posse do governo Mujica, ele pessoalmente nas ruas de Montevidéu e clicando tudo o que via pela frente. Fez uma seleção e a exposição com o resultado está exposta a partir de hoje. Só isso valeria a pena marcar presença por lá, mas tem mais, um BATE PAPO com ele, comigo e com Cláudio Lago sobre algo a mais dessa AMÉRICA LATINA, onde estamos inseridos e meio que apartados. Falaremos disso tudo e muito mais, numa tentativa de fazer valer a ideia da PÁTRIA GRANDE, uma possibilidade abalando estruturas. Vai ser uma falação coletiva, um papo entre amigos, ideias lançadas ao ar e buscando liga com os presentes.

Juntaremos isso tudo ali possibilitado, a exposição do Murilo, um papo que rende uma conversa sem fim, minha recente viagem para Argentina e meu olho clínico nas ruas daquele amado país, junto com o elo observador de um bom crítico, o Lago, que mais que observa, anota, registra e tenta decifrar o que está em curso, o que pode acontecer, o que já aconteceu e seus personagens, possibilidades e intercorrências. Ou seja, o papo vai dar pano pra manga e pelas fotos ali vistas, um incentivo para rolar algo mais do que agradável. Confesso aqui, não fui convidado para o bate papo, fui intimado, pois quando vi meu nome estava lá no cartaz e sem possibilidade de declinar. Não tive outra opção, aceitei e junto deles lá estarei. Renato Magú, um dos idealizadores do novo espaço assim escreveu sobre o evento:

"Domingo já esta aí e receberemos mais uma atividade inusitada no Centro Cultural Acesso Popular. Além de muita arte, música e cultura, teremos também política, com um bate papo com Murilo Nunes, Claudio Lago e Henrique Perazzi de Aquino.
Murilo Nunes é sociólogo, especializado em antropologia, e produtor da exposição fotográfica "Mujica 2009: Cotidiano e Vitória", que também estará no Centro. Já Cláudio Lago e Henrique Perazzi vêm representando o Núcleo de Base DNA Petista, coletivo de militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) atuante na cidade de Bauru. O objetivo é conversarmos sobre a conjuntura política e antropológica não só do Brasil, mas sim da América Latina como um todo de alguns anos para cá.

Lembramos que o evento é aberto a todos e a contribuição é voluntária. Também teremos nosso tradicional bar com bebidas e com os maravilhosos drinks da Continentaldrinks Bigheti, e também nossa feira de artesanatos, além daquela discotecagem maneira pra acalorar nosso povo.. Vem!!".

É conversando que a gente se entende, ou pelo menos, tenta se entender...


3.) DESCONSOLADO
Daqui instantes tem Noroeste no Alfredão e foram me arrumar coisas para fazer justamente no horário da contenda do time de minha aldeia, o do meu coração.

4.) BANCA VERMELHA
Banca animada na Feira do Rolo:
Vagner Aparecido Crusco e Lilian Miranda num auspicioso trabalho dominical, colhendo assinaturas pela liberdade do Lula, vendendo bottons, camisetas e relacionando interessados em ir pra Curitiba dia 14/09.

5.) O MUNDO TEM SALVAÇÃO
Jornalista Chu Arroyo traz pra Feira do Rolo, Banca do Carioca, só para ver, cheirar, sentir, folhear, manusear e ler livros, os seus pais e desta forma ganham todos uma sobrevida de pelo menos mais uns vinte anos.

6.) PARADA PARA OUVIR E VER RAUL
Raul Magaine tocando não só Raul, mas desta feita Paulinho Diniz no lugar mais arejado nas manhãs dominicais bauruenses, a do Bar do Barba, boca de entrada da Feira do Rolo. Esse cara sabe tudo de estrada, de Raul, de poeira, cantoria nas vicinais e de paradas para mijar, fumar e perder o celular.

7.) CHEGANDO A HORA
Trio de falação latina logo mais no Centro Cultural Acesso Popular - Tá faltando você...

8.)
UMA HISTORINHA DESSES TEMPOS - MUJITO COM VODCA
Bem Bauru essa que relato a seguir. O sujeito é barman, diplomado e reconhecido pelos que o conhecem, faz drinques variados e múltiplos para todos os gostos e situações. Circula pelas mais variadas festas, daqui e de alhures. Viaja preparando drinques para todo tipo de festa e numa delas, casa lotada, o sujeito quer tomar o famoso mojito cubano, ele ali pronto para fazer seguindo a receita original com rum, gelo, hortelã, açúcar, lima ou limão e água com gás. O cara quer a bebida mas faz questão de pedir num diferenciado preparo e fala bem alto, para ser ouvido por todos à sua volta: "Quero que faça sem isso de rum, pois isso é coisa de cubano. Aqui a gente não gosta de cubano, faça com vodca. É assim que quero beber e é assim que o brasileiro deve beber daqui pra frente, sem isso de rum". Os seus riem muito, outros se calam diante do inusitado. O barman tenta argumentar, mas é impedido aos berros e o mojito acabou sendo preparando como o sujeito queria. Por fim, ao me contar a história, revela que isso é só o começo em relação ao novo jeito de fazer valer suas preferências aqui pelos lados do coração do estado mais rico da federação. "Fui obrigado o modificar a receita, pois ele não é o único, muitos o seguem na preferência e na repetição dos motivos", me diz.Acreditem, a história é verdadeira...

9.) LATINOS AGRADECIMENTOS
O bate papo marcado para acontecer no Centro Cultural Acesso Popular ocorreu a contento e volto aqui nesse mesmo espaço onde divulguei o evento para agradecer a presença de diletos amigos e outro tanto de pessoas, que vieram motivadas por convites outros e pela divulgação feita pela nova casa de encontros fortuitos e infortuitos. Foi uma tarde e tanto. Na junção das três abordagens, estudos feitos em separado, um debate de alto nível e ao final aquele gostinho de ninguém sair contemplado, mas com minhocas na cabeça, questionamentos em ebulição. Murilo na parte uruguaia e da montagem de sua exposição, eu na parte histórica e Lago na econômica. Nos superamos e com a ajuda dos presentes, creio eu, todos saíram satisfeitos. Mais que tudo, discutir América Latina, o passado como quintal do Grande Irmão do Norte, depois um momento sendo considerado como o local onde estava em curso a mais auspiciosa forma de aplicação da democracia no planeta e hoje, a quase reversão e novamente perdendo o status libertário, para voltar ao patamar de resignação e maltratos. Os exemplos todos, os comentários, as abordagens, as proposições e as conversas todas, acrescida do interesse dos presentes possibilitou uma tarde de domingo dessas de encher os olhos. Gostei demais da conta. Não quero me ater nas abordagens, no estilo próprio de cada um, nem fazer um relato de como cada um fez uso do seu tempo, mas só dizer que, algo assim faz muita falta nesta cidade. Um ponto de encontro, convergência de quem está disposto a dialogar, ampliar conhecimentos, falar e ouvir, eis um algo novo e com promessa de a cada domingo estar acontecendo com um tema novo e novos convidados. Faltava algo assim, já não falta mais. Ele agora existe e tenho certeza, vai incomodar muita gente.

10.) MORO AMANHÃ NA CIDADE DE BAURU E COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER
E para quem achava que nóis fumo, nóis já vortemu. A surpresa a gente não pode revelar, até para não estragar a festa, mas a recepção será a contento com o estrago que o gajo tem feito com o país. Ele merece algo retumbante...

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