sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
CARTAS (209)
MEUS CAROS (AS) DE AVIANCA - COLÔMBIA* * Escrevo cartas de próprio punho bem antes do advento computador. Tenho cadernos e cadernos com essa finalidade. Ontem mesmo li algo sobre isso num texto do amigo Lázaro Carneiro aqui na internet: “Já não se escrevem mais cartas, tanto de tanto de mil novecentos e tantos, seguia-se linhas fartas, que fim levou os missivistas? Pra onde foram telefonistas, pra onde irão um dia os internautas?”. Esse vai em homenagem a ele, outro inveterado gastador de papéis. Vou mais além, escrevinho muito e ouso publicar, como ele, exposição para avaliações outras.
"Sempre gostei muito de viajar pela AVIANCA, já o tendo feito em inúmeras oportunidades. Hoje, confesso, gosto muito mais. Explico. Tenho lido sobre as dificuldades passadas pela empresa, mais aqui no Brasil e justamente quando da passagem do seu centenário. Isso me toca profundamente, primeiro por sermos todos latinos e daí a necessidade de um olhar para o outro com o devido carinho, irmãos inclusive nas dificuldades. Solidariedade de verdadeiros e integrados irmãos. Desde o primeiro momento da divulgação das dificuldades passadas com a empresa no Brasil, li cada nova notícia com muita atenção, sempre imaginando ser possível a volta por cima, passei a torcer ainda mais, não só pela volta por cima, mas pela continuidade dos trabalhos. Nesse momento, 22/01, escrevo à mão numa página em branco na própria revista distribuída nos aviões, num voo de retorno de Nova York para Bogotá, onde de lá seguirei para São Paulo (voos AV21 e AV249), sendo que dia 31/12 fiz também com a esposa o mesmo trajeto de ida e em ambos dois fatos muito me tocaram, na ida a encorpada revista do Centenário, linda e elucidativa. Guardei um exemplar, edição histórica e na volta a edição de janeiro, essa que tenho agora em minhas mãos e nela escrevo depois de também ser tocado por um vídeo assistindo em ambos os voos, nele demonstrado de forma explícita toda a latinidade da proposta empresarial da Avianca. Os textos sobre o Uruguay e o Paraguai estão um primor, tanto no quesito abordagem, como jornalístico. Envolventes.
Estou maravilhado com a revista e com o belo vídeo. A revista, por si só, ao ressaltar de forma peculiar e abrangente em suas páginas a América Latina é por demais rica e cai nas minhas graças. Jóia rara nas mãos de todo cidadão que, verdadeiramente ama sua terra e seu povo. Não tem como não se emocionar. O vídeo falando sobre nossos povos, pois somos muitos dentro dessa América, tão desigual e tão única, emociona e ao terminar de vê-lo aqui sentado, tanto na ida como na volta, queria assistir mais vezes, repica-lo mais e mais, pois produz emoção, toca fundo. Não resisti e sem sono, escrevo sobre esse sentimento formatado assim do nada e com o intuito de relatar algo fluindo aqui comigo em relação a uma empresa necessitando de um carinho e de elogios.
Quero e irei continuar viajando muito com vocês daqui por diante e o primeiro motivo para tanto é essa latinidade entre as partes. Quero privilegiar cada vez mais quem é igual a mim, alguém cujo sentimento é parecido com o que flui em minhas veias. Cem anos não são cem dias e só por ser latino, enfrentando os grandões da aviação mundial como um Quixote e sua lança, isso para mil é fator determinante para se alinhar, estar junto, torcer e quando puder viajar em seus aviões. Senti falta da citação de meu país, Brasil, tanto na revista, como no vídeo e até entendo dos motivos. O ocorrido com a empresa no Brasil deve ter sido um baque e algo de difícil digestão. Não cito o fato como reclamação, até porque tem até um texto escrito em português, mas como mera observação de usuário e admirador fiel. Sei que muito já foi publicado sobre o Brasil e hoje com voos reduzidos apara este destino, nada como falar menos.
Escrevo até agora munido pela emoção. Aproveito para fazer um pedido tornado público: gostaria de ter todas as edições da revista no ano de 2019 e uma cópia do citado vídeo, pois tive nesse momento a ideia de produzir texto acadêmico sobre esse conteúdo regionalizado, utilizando-o para apresentação em Encontro/Congresso a ser realizado na UP – Universidade de Palermo, Buenos Aires, Argentina no final de julho 2020. Quero estabelecer relação entre o conteúdo das edições, os temas regionalizados e mostrar parte do vídeo aos colegas na sala onde estarei expondo. Tenho comigo que, falar e escrever de nossa aldeia, como já ressaltaram vários de nossos poetas é de vital importância, ainda mais dentro do atual contexto mundial globalizado. Vi essa possibilidade viajando com vocês e a quero muito colocar em prática, ou seja, no papel o mais rápido possível.
Com o sincero carinho de um admirador
HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO - Bauru SP Brasil".
Eis o link do vídeo da Aviança sobre essa instigante América Latina - Avianca | 100 años conectando al mundo con la grandeza de Latinoamérica: https://www.bing.com/videos/search?q=v%C3%ADdeos%20Avianca&&view=detail&mid=55D7F5092DE54BC26DA755D7F5092DE54BC26DA7&FORM=VRDGAR&ru=%2Fvideos%2Fsearch%3Fq%3Dv%25c3%25addeos%2BAvianca%26FORM%3DHDRSC3&fbclid=IwAR0G9zB3eRDs1AaBfBo_847HacO8SMcnhCWM9hRkPQCDpXE7SI_JLB5Czlc
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirUma amiga repassou esse texto e gostaria de deixar uma singela contribuição.
Sou ex-funcionária da Avianca Brasil e igualmente triste pelo seu fim com o decreto de falência, na verdade, a Avianca Brasil e a Avianca Colômbia nunca foram a mesma empresa.
Avianca Brasil era uma outra empresa com outros proprietários e falando de forma bem básica, pagavam o direito para usar a marca, tipo uma "franquia" e claro, era preciso manter também a qualidade padrão da empresa colombiana.
Havia a expectativa dos funcionários da Avianca Colômbia assumir a empresa brasileira, mas nunca houve interesse do proprietário da Colômbia em assumir pois a empresa brasileira era deficitária.
Aviação comercial é extremamente cara e fica praticamente inviável manter-se apenas com rotas nacionais já que as internacionais como a que voou são operadas pela empresa colombiana.
Esperamos que a Azul possa ocupar esse espaço de qualidade na aviação comercial, difícil passar por cima do oligopólio da Latam e Gol que tem muita força política.
Abraço
Cintia Massad