sábado, 25 de janeiro de 2020

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (121)


MARINGONI NO BAR DO GENARO, CACHAÇA COM POLÍTICA - REPERCUSSÕES

- “Evento do balaco em Bauru - Meus camaradas Antonio Pedroso Junior e Fabricio Genaro criaram o "Cachaça com política", série de conversas ao ar livre sobre temas variados. O teatro da batalha é o Bar do Genaro, simpático estabelecimento de bairro que Fabrício - ex-líder dos trabalhadores ambulantes e ex-assessor parlamentar - pilota há um ano. Nesta sexta (24) fui falar sobre os rumos do país para mais de 50 amigos velhos e novos. Noite agradabilíssima na minha cidade do coração, como diziam os locutores de antigamente. Meu agradecimento aos que lá compareceram é infinito”, Gilberto Maringoni.

- “O Bar do Genaro realizou nesta sexta-feira (24) o ‘’Cachaça com Política’’, evento que nasceu da necessidade de se discutir política com a seriedade que ela exige, mas, com a descontração que um bar oferece e a estreia não podia ser melhor, contou com a presença do professor de relações internacionais, Gilberto Maringoni a quem agradeço imensamente por aceitar nosso convite. Em breve estaremos realizando uma nova edição. Fiquem ligados”, Fabrício Genaro.

- “O professor Gilberto Maringoni inaugurou o primeiro “Cachaça com Política”, promovido pelo Bar do Genaro. Muita gente nova e das antigas acompanharama a brilhante anáise da conjuntura política brasileira e algumas ações para contrapor o desmonte do Estado e outros estragos que o governo bozo vem promovendo, foram discutidas depois para este ano, Pedro Romualdo.

- "Que República é essa? O jornalista bauruense e professor da UFABC Gilberto Maringoni esteve ontem no Bar do Genaro para a primeira edição do "Cachaça com Política". Ele fez uma análise do governo Bolsonaro e conduziu um debate sobre as alternativas para a esquerda brasileira. O repórter Lucas Mendes do Jornal Dois acompanhou a conversa e semana que vem vamos publicar o vídeo completo. Em tempos de avanço da extrema direita, é preciso incentivar momentos como esse, de encontros para aprendizado e organização política”, Jornal Dois.

- "Se existe a tal da Frente Ampla contra tudo o que está em curso, ela se materializou na noite de ontem em Bauru diante da vinda de Gilberto Maringoni ao Bar do Genaro. Se ela foi possível, por instantes, como ressaltou o palestrante para destituir o nazista na Cultura, unindo de tudo um pouco, o mesmo ocorreu na noite de sexta em Bauru, quando ali reunidos, representantes de variados segmentos da esquerda bauruense, alguns antagônicos no atacado, mas como se viu não no varejo, enfim, muitas causas se juntam e podem ser o ponto de união a fortalecer um agrupamento começando a fazer frente à bestialidade vigente. Seria o Bar do Genaro o embrião de tão acalentada união? Toc toc toc, na torcida", Henrique Perazzi de Aquino.

Eis o link da gravação feita por esse mafuento HPA, trecho da fala: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/3199847880045199/

CANECA COMPRADA E JÁ DEVIDAMENTE SURRUPIADA*
* Dedicado para Leandro Siqueira, da Esquerda Marxista
O evento foi na noite de ontem, o 1º Cachaça com Política, pontapé inicial de bates papos literários e libertários no Bar do Genaro (do amigo Fabricio Genaro), com a presença ao microfone do professor bauruense Gilberto Maringoni. Um primor e mais de 50 pessoas na calçada, ouvidos atentos à fala, aos burburinhos entre os presentes e o barulho das ruas. Antes da fala do convidado, Antonio Pedroso Junior, mestre de cerimônias do evento, faz uso da palavra, troca a palavra "cachaça" por "café", leva um puxão de orelha e anuncia a venda no local de canecas VERMELHAS, confeccionadas pelo pessoal da Esquerda Marxista, ao preço de R$ 5 reais a unidade. Dentre os presentes, alguns ditos e vistos como assumidos vermelhos, outros nem tanto, coloração mais cor de rosa, mas muitos interessados na tal preciosidade com a sugestiva inscrição "Proletários de todos os países, uni-vos!", tendo na parte superior imagem do Marx e na inferior a foice e o martelo. Comprei uma e a mantive sob meus domínio até o final do evento, levando-a para lugar seguro em minha residência.

Acordo na manhã de hoje com meu filho chegando em casa oriundo de Araraquara e vindo me abraçar após os dias em que estive viajando nos States. Foi um café da manhã e tanto, altos papos e o dia começando de forma alvissareira ao lado do libertário filho, esse que poderá sofrer muito diante desses novos tempos, pelo simples fato de carregar consigo o mesmo nome do pai, esse incorrigível e devasso cidadão. Cai na besteira de lhe mostrar a caneca, meu último objeto anexado ao acervo de raridades mafuentas. O filho gostou da danada logo de cara, se engraçou com a cor, os escritos e antes de surrupiar na mão grande a peça, me deu aula sobre propriedade privada:

- Pai, não me leve a mal, mas sei ser defensor de que na verdade nada nos pertence, tudo é coletivo e assim sendo, a levo para outros cantos. Nem tente interceder, fazer defesa dela ter melhor uso em seus domínios, pois não me convencerá.

Fiquei chupando o dedo e já recorro, através deste texto, ao ilustre Leandro Siqueira, digníssimo representante da Esquerda Marxista na cidade para ver se consigo novo exemplar e se o conseguir, já com ideia de fixá-lo com prego ou parafuso em minha estante, dificultando ações de lesa propriedade.

AINDA NOVA YORK - USA
"DE QUE PLANETA VOCÊS SÃO?", SOMOS QUESTIONADOS AO PROCURAR LOJA DE DISCOS EM NOVA YORK
Ana Bia Andrade ia revendo endereços por ela visitados no passado e em alguns ótimas recordações, quando sentávamos e ia relembrando causos ali passados. O frio ia embora diante da boa conversa. Conto aqui uma história não tão bem sucedida. Saímos do hotel, pegamos o metrô, fizemos troca de linha e aportamos na região do Lincoln Center, muito agitada, cheia de teatros, casas de espetáculo e ali, ela bem se lembrava havia uma famosa loja de discos, a TOWER RECORDS. Ela fazia questão, diante de minha procura por lugares musicais, dizia ser esse um dos melhores. O endereço que tínhamos não batia de jeito nenhum. Perguntamos para um músico na rua e incrédulos notamos, ele nada sabia. Mas como, se ela tinha absoluta certeza, a loja era por ali. Sentamos dentro do hall de entrada do American Folk Art Museum, fizemos uso do wi-fi para conferir se estava certo. Sim, estava, mas lá uma observação dela estar fechada. Só podia ser erro de informação.

Na busca via Google algo da loja: "Tower Records era uma cadeia de lojas americana que operava no varejo / retalho ou vendendo DVDs, CDs, vídeos, videojogos e livros, com sede em Sacramento, Califórnia. Existe atualmente apenas como uma franquia internacional e uma loja de música online. De 1960 a 2006, a Tower Records também controlou lojas de varejo, que foram fechadas quando a empresa declarou a sua falência e liquidação". Ainda incrédulos, Ana resolve perguntar para um senhor de uns 60 anos de idade, segurança no museu e após conseguir se fazer entender sobre o que buscávamos, sua resposta foi uma ducha de água fria em nossos propósitos musicais:

- Desculpe perguntar, mas quanto tempo não vem por aqui? De que planeta vocês são? Eu também gosto muito de música e ia muito nessa loja, mas ela não mais existe faz muito anos. Não existe mais loja de discos em Nova York, ou melhor, ninguém mais compra discos por aqui. Se sobraram duas na região do Soho são muitas, vivem dos saudosistas. Essa faliu quando o negócio de discos decaiu, todas as demais também se foram".

Prostrados, perdidos no tempo e no espaço, o chão parecia ter sumido e antes de dar aquela respirada funda para continuar garimpando lugares exóticos na Grande Nova York, o segurança, numa última tentativa de nos ajudar diz:

- Não desistam. Em algumas grandes livrarias, magazines e lojas de departamentos ainda existem algumas prateleiras exclusivas com CDs e com a reedição dos LPs. Vasculhem que irão encontrar alguma coisa.

Nos despedimos e voltamos para um final de tarde que, após a desilusão ou o tapa na cara, o retorno para a dura realidade de sermos praticamente obrigados a consumir música dentro desse novo padrão cibernético, sem poder folhear os encartes, ler as letras das canções. Saio pensando no que irei fazer com a coleção lá nas dependências do Mafuá, localizada nas barrancas do rio Bauru e assim com a cabeça nas nuvens, quase sou atropelado na esquina ao atravessar o sinal fechado. Ana me dá um beliscão e me devolve para a normalidade. Fui tomar uma.


OBS.: As duas primeiras fotos são ilustrativas e foram buscadas no altaneiro passado da Tower Records, quando o negócio música era dos mais lucrativos. A última é da fachada de nosso refúgio, onde tivemos as informações definitivas sobre o que tanto procurávamos.

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