sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (150)


COMUNISTAS NA MINHA ESTANTE
Coisa mais linda chegar na casa de amiga e na estante junto aos seus livros, Jorge Amado, um dos mais brilhantes escritores desta terra varonil, comunista de quatro costados, pessoa pela qual tenho a maior consideração, além de ter lido quase todos seus livros. Hoje, quando esses que não leem nem bula de remédio investem contra escritores com a pegada social, reverencio a eles por ser o que sou, um pessoa sabendo muito bem diferenciar o joio do trigo. Escrevo isso tomado pela emoção, pois leio que o presidente miliciano quer mandar derrubar tudo em Brasília que tenha a assinatura de outro comunista, Oscar Niemeyer, um dos maiores arquitetos do planeta, tudo pelo fato dele ser bem diferente dele.

"A.I." (Só as iniciais) E O CARNAVAL DE BAURU - ESSA NÃO É UMA AÇÃO ISOLADA*
* Seguindo conselhos de gente mais experiente, mantenho o texto, porém sem citar o nome do rapaz, pois como se sabe, ele é só instrumento de um grupo com objetivos específicos e não será este mafuento a levantar sua bola.

Nem deveria perder tempo com alguém com a trajetória deste tal de A.I. (só as iniciais), o rapaz que, insuflado pelo que de pior existe hoje no país, esse conservadorismo da pior espécie, arraigado e querendo tomar conta de tudo e ocupar todos os espaços possíveis e que, hoje conseguiu de forma temporária uma liminar na Justiça brecando que o poder público invista na festa carnavalesca de 2020, sob as alegações mais tacanhas. Para começo de conversa, ele já perde o respeito, pois representa um segmento religioso dos mais perniciosos hoje no cenário brasileiro, o evangélico neopentescostal. Tudo o que hoje grassa de pernóstico e perverso contra os interesses populares, tem esses por detrás. Esses, como já é sabido até pelas pedras do reino mineral agem pelos mesmos descaminhos do atual desGoverno miliciano bolsonarista a nos governar. Não queiram separar um do outro, pois no balaio que os mantém no poder, ações como essa pipocam a todo instante e por todos os lados e meios.

O rapaz, como pode ser visto pelas fotos, já circulou nos meios carnavalescos da cidade, mas suas companhias preferidas são outras, principalmente as estão desgraçando com este país após o conluio golpista de 2016. Como é também sabido tem pretensões políticas e já circulou em vários partidos, esses que no frigir dos ovos são a mesma coisa, só mudando a nomenclatura, ou seja, a sigla. Esse vai e vem, denota estar ele a procura de um partido, que parece ter encontrado, onde possa obter com melhor facilidade sua intenção se prosseguir na carreira política. Qualquer pessoa sensata analisa esse vai e vem, as companhias e pensa antes de sacramentar seu voto em algo nesse sentido. Dito isso, venho para o Carnaval propriamente dito e sem medo de errar, a nítida percepção dessa entrada contra os interesses da festa popular e da participação da Prefeitura ter fundo eleitoreiro, além da de se tornar conhecido. Tomara isso reverta em algo dos mais negativos em seu currículo. Mas o importante não é nem isso, mas o que está por detrás desse insólito pedido. Simples, nítido e escrachado. O conservadorismo de um lado, o interesse político doutro e daí, insuflado por uma mídia massiva voraz e insana, encontrou o palco ideal para fazer o que fez. Ele em si não tem importância nenhuma, pois não fosse ele seria outro qualquer. Ele caiu como uma luva para fazer o serviço clamado pelas instâncias conservadoras e retrógradas, numa luta nesse momento de conquista de espaço e território.

Esse rapaz faz parte de um contexto em plena ação nesse exato momento e é sobre isso que devemos estar atentos. Quem ainda prima pela sensatez deve estar atento a muitos outros fatores e ocorrências em curso, todas aparentemente sem elo de ligação, mas mais do que interligadas. Cito um exemplo. A Escola de Samba Coroa Imperial, do Geisel sempre fez seus ensaios defronte a casa do seu presidente e neste ano, por causa de duas famílias evangélicas, aceitou transferir os ensaios dali para um terreno ao lado do Sambódromo. Esse aceitar sem luta, sem ao menos fazer o enfrentamento necessário é a nítida demonstração de perda de terreno, de enfraquecimento. E diante disso, esse lado mais conservador vai ocupando os espaços. O Carnaval sempre foi um empecilho para os carolas deste mundo, os que acham que tudo deve passar pelo crivo igrejeiro. Isso se chama retrocesso e emburrecimento deste país. A eleição do Bolsonaro demonstra isso, mas aceitar sem luta e resistência é demais da conta. Isso a ocorrer com o Carnaval hoje, não só aqui, mas no país num todo é mais uma lance no jogo de xadrez em curso.

A resistência não se faz somente em responder aqui pelas redes sociais, mas ocupando os espaços possíveis e nele deixando bem claro o que parcela significativa da população quer. Quem não luta pelo já conquistado, não merece mesmo nada. O momento é de união e vejo que, o pensamento de muitos pode ser divergente, mas algo pode convergir e o Carnaval pode ser o estopim para uma abertura de olhos para tudo o mais. Eu não luto somente pelo que está ocorrendo neste momento com o querem fazer com o Carnaval, mas penso num todo, com o que os mesmos estão a fazer com esse país. O Carnaval é ficha pequena perto de tudo o mais, pois os hoje encastelados no poder e seus asseclas estão fazendo com este país é mais que dantesco. Esse A.I. (só as iniciais) é o instrumento utilizado para um objetivo, outros tantos estão em curso. Sim, temos que reverter o ocorrido, mas não de forma isolada. Podemos faze-lo no quesito Carnaval, mas e depois, isso será suficiente? Claro que não, pois a balburdia está estabelecida e só os muitos néscios ainda não se deram conta. Sou da opinião, de já que estaremos nas ruas, por que não aproveitar a ocasião e darmos o nosso jeito de virarmos logo essa mesa numa retomada histórica do país tomado na mão grande pelo que de pior temos? Que isso sirva para conscientização em tudo o mais, essa minha esperança.

Em Tempo: O tal do A.I. (só as iniciais) não aceita ser criticado, contestado, pois não só deleta nos seus posts tudo o que não bata com suas ideias, como já impede comentários, deixando evidente não estar aberto a nenhum tipo de diálogo. Imaginem como seria sua atuação parlamentar se um dia conseguir ser eleito para alguma coisa?

OBS.: Nas fotos do rapaz, ele junto a carnavalescos e depois com os que estão a desgraçar esse país no pós 2016. Seguindo conselhos de gente mais experiente, mantenho o texto, porém sem citar o nome do rapaz, pois como se sabe, ele é só instrumento de um grupo com objetivos específicos e não será este mafuento a levantar sua bola.

UFA! AINDA NAS BANCAS...
Numa passadinha rápida ontem por uma das bancas que restam pela insólita Bauru, eis duas publicações de responsa e mais do que palatáveis. Leituras quase obrigatórias para os ainda insistindo em frequentar esses antes sacrossantos lugares. Duas das que leio, ou melhor, DEVORO, a mensal PIAUÍ e a semanal CARTA CAPITAL. Não fosse elas, voltaria à bancas só para um bate papo com os jornaleiros e talvez, comprar um suco, um chocolate, uma paçoca, colocar crédito no celular, uma goma de mascar, um cigarro, uma cartela de um jogo qualquer... Antes o fazia só para jornais e revistas. Hoje, a maioria resistindo por causa do que vende além das leituras, pois do contrário, já teriam batido com as botas faz tempo. Ao vê-los na resistência, padecendo e persistindo, algo para endoidecer gente sã.

ATENÇÃO TOMATEIROS DE PLANTÃO...
O desfile do bloco Bauru Sem Tomate é Mixto pelo Calçadão da Batista é dia 22, mas nesse próximo sábado, dia 15, fomos convidados a participar de um auspicioso evento dentro da SEMANA DE ARTE CONTRA A BARBÁRIE e seria mais que ótimo irmos lá, não só marcar presença, mas barbarizar com o enredo deste ano, o 'BAURU - A CANNÃ DAS CAPIVARAS'.

O Convite aos Tomateiros está lançado e quem se dispuser a lá comparecer, engrossar o caldo dos na rua contra a BARBÁRIE em curso, deixem uma sinalização pro aqui e nos encontraremos amanhã, por volta das 11h30 lá na praça Rui Barbosa. 

Venham todos (as) com as camisetas do bloco, sejam a deste ou de qualquer dos anos anteriores. Vamos juntos...
HPA, pelos tomateiros de plantão...

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