segunda-feira, 22 de junho de 2020

FRASES DE LIVROS LIDOS (154)


TODA VEZ QUE LEIO ALGO VINDO DAS ELITES PARA COM A SITUAÇÃO DOS POVOS DAS RUAS ME LEMBRO DE MIGUEL REP
Miguel Rep é muralista de fama mundial e publica diariamente no melhor jornal impresso do nosso mundo, o argentino Página 12. Uma de suas especialidades é para com o trato para com os povos das ruas. Possui uma visão recheada de muita sensibilidade para com o trato com estes e em muitas de suas tiras, publicadas diariamente na última página do jornal, sempre a presença destes. Na edição de hoje, essa do retrovisor e a lente diferenciada com que a elite quer enxergar aqueles pelos quais ela despreza, menospreza, ignora e preferiria não existissem. Não quero citar essa ou aquela manifestação de membros da elite para com estes, pois elas são diárias, acontecem de forma repetida e demonstram simplesmente algo bem simples: como agem e pensam. Basta abrirem a boca para sentir o bafo quente de quem vive num outro mundo e não consegue mais, não só entender o que se passa, as razões daquilo acontecer, como gostariam de varreu aquilo tudo do mapa, da existência humana.
São os que, passam por cima destes quando nas calçadas e na maioria das vezes, quando o fazem conversando entre si, fingem não mais enxergá-los, desviando de seus corpos como se asli não estivessem. A crueldade destes e dos próximos tempos passará muito por isso, pois inevitável o aumento da população nas ruas e da miserabilidade humana, com as condições e arroxo sendo acentuados pelo atual modelo econômico. Quando o mundo perde essa sensibilidade pelo próximo, cuida com mais afinco e atenção para com seu animal de estimação - cujos gastos superam em muito a de uma família inteira, mas finge não reparar no ser humano em situação precarizada, a certeza de que tudo não caminha nada bem. Viveremos tempos onde muitas atividades estarão praticamente extintas ou restringidas, suprimidas no pós-pandemia e o que virá disto ainda é incerto e não sabido e se, para muitos de nossa elite - cruel e insana, já existe a repulsa para com o que se vê hoje, o que virá amanhã, com o aumento destes e com a precarização da vida humana cada vez mais acentuada? Viveremos tempos de barbárie declarada, inevitáveis enfrentamentos e desde já devemos todos estar preparados não só para a aceitação, mas para já ir pensando em propor alternativas, ou melhor, como resolver a situação da ociosidade que inevitalmente ocorrerá.
Miguel Repiso é um mestre, diria até um gênio no que faz e a cada nova tira, viajo com ele e quero, mais e mais, entender, escrever e estar ao lado destes vivendo situação tão deplorável e degradante. Meu eterno repúdio para quem enxerga a estes como estorvo, algo a ser apagado do visual, como se faz com uma borracha no papel, quando o desenho não sai satisfatório. Aqui só algumas amostras de suas últimas tiras.

CHARLES
Não tenho problema algum em escrever e reverenciar o amor pelo meu cão, o Charles, hoje ele lá no Mafuá, ao cuidados de meu inquilino e amigo Cesar e eu aqui, distante, tanto da convivência com minhas coisas mafuentas, como do meu cão, oito anos de vida.
Quando Cesar me posta as fotos dele se espreguiçando ao sol, meu coração fica apertado, pois com ele estava todo dia, ele deitado ao meu lado, enquanto escrevia ou lia, ou mesmo atendia clientes e circulava pelo local. Um companheiro e tanto e agora, diante desse novo momento, não sei afirmar mais nada, nem como se dará a volta e como será daqui por diante a convivência com tudo o que deixamos para trás e precisará ser resgatado, recuperado e reassumido. Temo por isso e vendo as fotos postadas pelo Cesar, a cabeça gira. Meu pequeno mundo particular, uma espécie de oásis no meio do deserto existe e se chama Mafuá do HPA. Ali consigo guardar parte de minha vida, meu mundo particular e isso me move, me fortalece e revigora. Trato isso tudo com a maior normalidade, ali passava minhas horas mais agradáveis, comparadas as vividas no lar, enfim, portos seguros e ainda possíveis nesse mar de insolvência vividos pelos tempos atuais. Ali é meu observatório particular, um cantinho aconchegante - pelo menos para mim -, modesto, dentro de minhas possibilidades e disponibilidade. De lá saia para o mundo, para as intervenções ainda possíveis e sempre voltava para me recarregar. Hoje, nem isso posso mais, pois a reclusão da quarentena me mantém trancado num banker e sob aos cuidados de Ana, minha gentil carcereira. Daqui, deste cantinho pessoal dentro de casa, divago sobre o mundo, observo e continuo na ativa, dando meus pitacos, saudoso de tanta coias, da vida nas ruas, do contato para com o povo, de conversas pelas esquinas, de saber e ver como andam as pessoas de minha aldeia e também, é claro, dentre tantas coisas, meu cão.
Ele faz parte de um conjunto, uma obra que me toca e me faz continuar em pé. Só de saber que tudo ainda continua em pé, isso me dá forças para continuar por aqui, resistir mais um pouco e buscar vislumbrar voltar a fazer aquilo tudo que dava sentido à minha vida. Só de saber que meu cão está bem tratado isso muito me alegra, mas por outro lado, estou triste e diante da chegada dos meus 60 anos, muito preocupado, as pessoas estão mais violentas, menos sensíveis com os mais desprovidos de condições e com adversários, com quem pensa diferente. Isso tudo embaralha a cabeça deste velho lobo das estepes e o faz começar a semana já com minhocas na cabeça. E elas são muitas e me embaraçam a vista. Tentemos ter uma boa semana, com boas decisões para com tudo o que se apresenta à nossa frente. A luta vai se intensificar e temso que estar preparados paar muitas adversidades pela frente, posi a insanidade aí fora quer se estabelecer e precisamos a por pra correr.

"DESCULPE NETFLIX. SE É PRA FICAR EM CASA, EU PREFIRO LIVRO"
Minha amiga Iara Sales me coloca na brincadeira de por sete dias seguidos indicar livros e provocar um amigo (a) para fazer o mesmo, postar o que está lendo, o que já leu ou o que pretende ler. Decidi por postar somente livros que li neste período de quarentena, mais de 90 dias de confinamento. Passei dos 7, indo até os 9 e ao terminar, publico aqui a lista:

1.) Começo com "ALDIR BLANC - Resposta do Tempo: Vida e Letras", editora Casa da Palavra - Rio de Janeiro RJ, 2013, 312 páginas. Uma biografia com muita poesia, ou seja, a letra de quase 500 das belas músicas que Aldir nos deixou. Do livro copio frase de Dorival Caymmi, feita para reverenciar o mestre sala das canções: "Aldir Blanc é compositor carioca. É poeta da vida, do maor, da cidade. é aquele que sabe como ninguém retratar o fato e o sonho. Traduz a malícia, a graça e a malandragem. Se sabe de ginga, sabe de samba no pé. Estamos falando do ourives do palavreado. Estamos falando de poesia verdadeira. Todo mundo é carioca, mas Aldir Blanc é carioca mesmo".

2.) Neste segundo dia, indico o catatau “A milésima segunda noite ou A História do Mundo para Sobreviventes”, do jornalista gaúcho/carioca Fausto Wolff (editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro RJ, 1ª edição, 2005, 742 páginas). Mais dele pode ser encontrado nos pots diários que faço no começo de cada dia, com um desses textos e assim continuarei até o término da reclusão pela pandemia e minha consequente libertação.

3.) Reli logo no começo o "FRAGMENTOS - 8 HISTÓRIAS & 1 CONTO INÉDITO", do ótimo jornalista e escritor gaúcho CAIO FERNANDO ABREU (Editora L&PM, Porto Alegre RS, 2002, 152 páginas - Coleção Pocket 208). Quem nunca recebeu uma mensagem de algum inimigo declarando guerra para contigo: "Seu porco, talvez você pense que engana muita gente. Mas a mim você nunca anganou. Faz muito tempo que acompanho suas cachorradas. Hoje é só um primeiro contato. Para avisá-lo que estou de olho em você. Cordialmente, seu Inimigo Secreto". Para no final, a descoberta, quem escreve é você para você mesmo, enfim, você querendo se autodesvendar.

E o que dizer desses tantos chegando em outras paragens e encontrando alguém como companhia: "Eram dois moços sozinhos. Raul viera do Norte, Saul do Sul. Naquela cidade todos vinham do Norte, do Sul, do centro, do Leste - e com isso quero dizer que este detalhe não os tornaria especialmente diferentes. Mas no deserto em volta, todos os outros tinham referenciais - uma mulher, um tio, uma mãe, um amante. Eles não tinham ninguém naquela cidade - de certa forma, também em nenhuma outra - a não ser a si próprios. Poderia dizer também não tinham nada, mas não seria inteiramente verdadeiro". Eu li e continuo lendo tudo o que encontro pela frente do Caio, uma dorável criatura, leitura prazerosa demais da conta.

4.) Um dos autores latinos que mais gosto de degustar é o uruguaio EDUARDO GALEANO (1940/2015). O faço com tudo dele o que encontro pela frente. Até suas entrevistas gravadas em vídeo saboreio com nostalgia e muita atenção. Muitos textos releio várias vezes e este aqui, fruto de um pedido recente pela Estante Virtual, promoção da editora gaúcha, DE PERNAS PARA O AR – A ESCOLA DO MUNDO AO AVESSO (Editora L&PM, Porto Alegre RS, 384 páginas, 2009).

Dele compartilho um curto texto. O livro todo são de curtas histórias, saborosas para serem degustadas aos poucos. O fiz um bocadinho por noite, pouco antes de pegar no sono e ao terminar, confesso, me deu vontade recomeçar tudo de novo, tal o encanto:

“LATINO AMERICANOS – Dizem que temos faltado ao nosso encontro com a história e, enfim, é preciso reconhecer que chegamos tarde a todos os encontros. Tampouco conseguimos tomar o poder, e a verdade é que, às vezes, nos perdemos pelo caminho ou nos engamos de rumo e depois tratamos de fazer um longo discurso sobre o tema. Nós, latino-americanos, temos a má fama de charlatões, criadores de caso, esquentados e festeiros, e não há de ser por nada. Ensinaram-nos que, por lei do mercado, o que não tem preço não tem valor, e sabemos que nossa cotação não é muito alta. No entanto, nosso aguçado faro para negócios nos faz pagar por tudo que vendemos e comprar todos os espelhos que trazem nosso rosto. Levamos quinhentos anos aprendendo a nos odiar entre nós mesmos e a trabalhar de corpo e alma para a nossa perdição, e assim estamos; mas ainda não conseguimos corrigir nossa mania de sonhar acordados e esbarrar em tudo, e certa tendência à ressurreição inexplicável”.

5.) Coisa de duas semanas atrás vasculhei a lista disponível de livros no sebo onde meu filho, Henrique Aquino está enfurnado nesta quarentena, o Uraricoera, lá em Araraquara, selecionei alguns livros e disse ter interesse, para ele ver quanto custaria e lhe transferiria o dinheiro. Passou alguns dias e todos chegaram no meu portão, a maioria como presentes do filho para este velho bardo, inveterado leitor. Dentre estes, um que havia lido tempos atrás e uma enchente levou lá do acervo do Mafuá. Trata-se do “O ESPECTADOR NOTURNO – A Revolução Francesa através de Rétif de La Bretonne”, do escritor e embaixador SERGIO PAULO ROUANET (editora Companhia das Letras, São Paulo SP, 1ª edição, 1988, 132 páginas).

Redevorei tudo quase no mesmo dia, pois estava ávido de ler algo assim: “Rétif de la Bretonne talvez seja mais conhecido como escritor erótico do que como colaborador da Revolução Francesa. Realmente, não se pode dizer que tenha sido um militante ativo da causa: ele era mais um flâneur, um espectador noturno, como define Rouanet. Numa refinada e saborosa análise, Sérgio Paulo Rouanet, um dos mais importantes e polêmicos pensadores brasileiros, faz vir à luz à intrincada relação entre Rétif e a Revolução. Autor de imaginação quase delirante, Rétif foi, tanto na panfletagem quanto na literatura, inovador, extravagante, estranho, mas sobretudo profundo. Entre suas propostas para a construção de uma nova sociedade, a abolição da propriedade, por exemplo, convive lado a lado com a abolição dos genros que maltratam suas esposas e sogros. Contraditório, ambíguo, Rétif encarna a essência mesma da Revolução”.

Quem assistiu o filme “Casanova e a Revolução”, do cineasta Ettore Scola viu Rétif, um personagem periférico que acaba assumindo um papel central no conjunto da obra. Ele adotou a coruja como seu símbolo, o do espectador noturno, capaz de interromper um coito com fogosa amante para ir ver o que se passa nas cercanias do palácio. Esse o trabalho de coruja, não de um simples vouyer, pois flanando cumpre papel de punir os maus, espécie de justiceiro. O papel dos escritores libertinos muito me interessa e esse em especial, pois com seus textos diferenciados exprimiu a Revolução. Voltei no tempo, viajando pelas “entranhas” de uma Paris que adoraria ter conhecido nessa época em plena colvulsão.

6.) Engraçada a história deste livro em minha vida. Comprei um tão logo saiu, depois num aniversário ganhei um de um amigo e na mesma festa outro de uma amiga. Acabei presenteando dois e quando questionei uma das pessoas, me disse: “Te dei porque é a sua cara”. Trata-se do “A ELITE DO ATRASO – Da Escravidão à Lava Jato”, do sociólogo JESSÉ souza (Editora Leya – Casa da Palavra, Rio de Janeiro RJ, 1ª edição, 2017, 240 páginas). E nesta pandemia o reli pela sgunda vez, desta feita com mais atenção.

Cito aqui algo vital para entendermos como age essa nossa CLASSE MÉDIA: “Como a classe média é uma classe intermediária, entre a elite do dinheiro, de quem é uma espécie de ‘capataz moderno’, e as classes populares a quem explora, ela tem que autolegitimar tanto paar cima quanto para baixo. Uma estrutura de justificação da vida bifronte, como o deus Juno da mitologia. Minha tese é que ela se justifica para cima com o moralismo e para baixo com o populismo. Não por acaso precisamente as duas ideias centrais que a elite do dinheiro e seus intelectuais orgânicos construíram para tornar a classe média cativa e manipulável simbolicamente pela elite. (...) A elite do dinheiro soube muito bem aproveitar as necessidades de justificação e de autojustificação dos setores médios. Comprou uma inteligência para formular uma teoria liberal moralista feita com precisão de alfaiate para as necessidades do público que queria arregimentar e controlar. Esse tipo de compra não se dá necessariamente com dinheiro. (...) Os pobres são desprezados, enquanto os ricos são invejados pela classe média. (...) Em relação aos poderosos, a classe média pode se ver sempre como “virgem imaculada’ e moralmente perfeita”.

7.) Durante esse período de confinamento decidi ler e reler tudo o que tenho do jornalista gaúcho/carioca FAUSTO WOLFF. Já apresentei um aqui anteriormente e com quatro aqui na mesa, descrevo mais um desses: "A IMPRENSA LIVRE DE FAUSTO WOLFF" (Editora L&PM, Porto Alegre RS, 2004, 1ª edição, 278 páginas).

Este livro em especial é constituído de textos dele publicados semanalmente no jornal Pasquim 21. Algo dele: "Já escrevi em algum lugar algum dia que enquanto não nos revoltarmos brutalmente contra o conceito de democracia que considera sagrado o direito de uma minoria escravizar o resto por ter mais dinheiro jamais chegaremos à condição de seres humanos. Seremos sempre caricaturas; títeres, homenzinhos e mulherinhas perdidos na ventania, sempre com cara de 'desculpe, não era bem isso que eu queria dizer'. (...) ...à medida que envelhecemos vamos nos tornando mais cagões quando deveria acontecer o contrário: na medida em que envelhece o homem deveria tornar-se mais corajoso, porquer mais sábio, mais justo, mais conhecedor dos seus deveres e dos seus direitos".

8.)
Ler livros sobre CUBA sempre me chamaram muito a atenção. Neste “O REI DE HAVANA”, DO PEDRO JUAN GUTIÉRREZ (Editora Alfaguara, Rio de Janeiro RJ, 1ª edição, 2017, 184 páginas), algo sobre as entranhas da capital cubana, em detalhes os mais perversos.

Postei aqui mesmo mês passado uma resenha sobre este livro, com frases e alguns comentários a mais. Hoje, só a continuidade das publicações do que ando lendo durante essa quarentena, algo que encerro amanhã, porém, como a pandemia, pelo visto não vai ter fim tão breve, a leitura é um alento, algo que faço com a devida galhardia, pois tem sido uma companheira dessas inseparáveis e me ajudando muito, a mim e a Ana, para não nos deixar entrar num estado de moto contínuo depressivo.

9.) Encerro hoje a lista de por uma semana (passei um pouquinho) indicar livros lidos e hoje o faço com um daqueles escritores que, tudo o que me cai nas mãos de sua autoria eu devoro, degluto, aquilo tudo me comove, contorce e depois vou expelindo aos poucos. Falo de CHARLES BUKOWSKI (1920/1994) e o livro escolhido é um com título com tudo a ver com esse período de quarentena, o “ESCREVER PARA NÃO ENLOUQUECER” (editora L&PM, Porto Alegre RS, 1ª edição, 2015, 272 páginas, Coleção Pocket, volume 1301).

Eu as vezes sinto o mesmo que Bukowski e me ponho escrever, escrever e assim, creio eu, não enlouqueço. Eis algumas das frases que fui grifando ao longo da leitura: “Sei que sou alguma espécie de farsante – escrevo meio que das entranhas da repugnância, quase inteiramente. Contudo, ao ver o que os outros estão fazendo, vou em frente. O que mais se pode fazer? (...) Não tenho nenhum talento ou ofício definido, e como consigo ficar vivo é em grande medida uma questão de mágica. (...) Mostre-me um poeta velho e eu lhe mostro, com grande frequência, ou um louco ou um mestre. (...) É um inferno ser pobre, isso não é nenhum segredo; é um inferno estar doente sem dinheiro, faminto sem dinheiro; é um inferno ficar doente e faminto para sempre até o último dia. (...) Escrever é como a maioria dos escritores acha que foder é: justo quando começam a pensar que estão se saindo super bem, eles param totalmente de fazer. (...) É melhor ficar solto, trabalhar doido e macio e fracassar como você bem quiser. (...) E não sou um esnobe que pensa que a minha merda não fede mas entre beber até a morte e trabalhar num emprego que me mastiga, no tempo que resta, essas uma ou duas horas, gosto de trabalhar do meu próprio jeito. (...) Não confio na besta humana, bebo minhas cervejas, mando ver na máquina de escrever e aguardo. (...) Preciso beber e jogar pra fugir dessa máquina de escrever, não que eu não ame esse máquina velha quando ela está trabalhando bem, mas saber quando ir até ela e saber quando ficar longe dela – esse é o truque”.

E PRA FECHAR A TAMPA DO CAIXÃO:

60 ANOS DO HPA - "LIVE ALDIR BLANC" - QUARTA, NÃO PERCA
"Envelheci mas continuo em exposição", pois bem, assim profetiza Aldir numa de suas letras e hoje, beirando os 60 - não tenho mais como ocultar a chegada da carteirinha da Terceira Idade -, festeiro e aldirista, na impossibilidade de festar, juntei o útil ao agradável: 

E por que não um LIVE unindo a chegada dos 60, uma homenagem ao Aldir e mais que isso, algo para ajudar alguns amigos (as)? Sim, a live deverá contar com a participação dos amigos (as) com doações feitas em grana e todo o valor dividido em quatro: Audren Ruth, a cantante maravilhosa; Tadeu Vian, saindo a pouco do hospital, cronner do Kananga do Alemão, Amanda Helena, uma poeta que enfrenta um leão em cada virada de esquina e o projeto De Grão em Grão, de Tatiana Calmon Karnaval. Quem participar e contribuir estará em primeiro lugar ouvindo Aldir nas vozes de Denise Amaral, Isaac Ferraz de Camargo e Paulo Maia, e ao invés de me presentar estará presenteando três pessoas e um projeto, assim como todos nós, fazendo de tudo e mais um pouco para que esses tempos passe o mais rápido possível.

A LIVE será na quarta, 24/06, a partir das 18h45 e amanhã o endereço e mais informações de como acessar e pode contribuir. Desde já o convite está feito. Vamos compartilhar, multiplicar a ideia e fazer ela vingar. Enfim, envelheci, ouvir Aldir é um luxo e fazer a alegria de todos é o lema. Posso contar contigo? Compartilhe e espalhe isso com o vento...

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