Essa pergunta é mais do que pertinente, enfim, uma sucessão de fatos lamentáveis, um atrás de outro, não dando nem tempo de respirar, parar para pensar. Três ministros com bagagem advinda de Bauru, um aqui nascido mesmo, dois com expertise aqui adquirida. Esse desembargador também fazendo estágio por aqui e agora essa do SinComércio se fazendo de vítima. Tudo junto e misturado, dando essa conotação de que algo precisa ser feito em prol do resgate de uma Bauru perdida ao longo do tempo. Sou de um tempo em que essa aldeia tinha um conceito melhor, se dizendo ter eleitorado mais consciente, esquerdista, porém, hoje, com os mais de 80% de votos dados ao Senhor Inominável, tudo a partir daí me parece foi sendo devidamente jogado e colocado na lata do lixo da História.
“MAIS ESSA: O DESEMBARGADOR PICARETA É DE BAURU - Minha cidade é adorável. A maior parte do pouco que sei aprendi em Bauru, berço de vigorosos movimentos operários e populares, entre os anos 1920-80. Mas também é terra de muita merda, a começar pela destrambelhada Frente Anticomunista (FAC), pós golpe de 1964. E três dos ministros da escumalha bolsonarista - Ciência e Tecnologia, Justiça e Educação - são de lá. Mas a vergonha parece não ter fim! Fico sabendo que o canalha que se apresentou como desembargador diante de um guarda municipal de Santos também passou pela Cidade Sem Limites. Precisamos urgentemente alterar a má fama daquele belo lugar...“Natural de Jaú (SP), Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira ingressou na magistratura em 1983. Atuou nas cidades de Bauru, Santos, Nova Granada, Ribeirão Pires e na capital paulista.””, Gilberto Maringoni.
“Tá de brincadeira que BRANCOS RICOS estão se comparando com vítimas negras de violência policial???? E o pior: pra defender abertura do comércio em meio a pandemia e o número crescente de contaminados na cidade! Burguesia fede”, página Não Empata meu Rolê.
“Que bolou a peça publicitária do Sincomercio foi infeliz; quem aprovou, um imbecil”, fotógrafo Pedro Romualdo.
“A água de Bauru está contaminada com muita merda”, advogada Maria Cristina Zanin Sant’Anna.
“A decadência teve início quando o Mac Donalds se instalou no Brasil e baniu o sanduíche Bauru”, Evaldo Wicherhauser Nogueira.
“Que o homem do sindicato era sem noção eu já sabia, mas neste nível nem nos piores pesadelos.. A TV Tem ainda deu a chance dele se retratar. Vc aproveitou? Ele, claro que não. Vergonhoso e muito desrespeitoso com um fato tão triste. Lamento!!”, Cristina Maria.
“Na cabeça deles, foi uma puta sacada de marketing”, jornalista e músico Ricardo Polentini.
Prefeito Gazzetta rebate Sincomercio: " A nota divulgada hoje pelo Sincomércio, assinada pelo seu presidente Wallace Sampaio, traz, desta vez, como norte da campanha caluniosa impetrada pela entidade, a frase “Prefeito Sufoca Empresário de Bauru”. Além de fazer uma analogia de profundo mau gosto, ao colocar no banner de marketing da campanha as últimas frases do norteamericano George Floyd durante o trágico evento que culminou na sua morte por sufocamento, é de extremo desrespeito com a cidade de Bauru. Por vir recheada de desinformação proposital, a mesma amplifica um discurso de ódio que tumultua a vida da cidade e coloca em risco a saúde da população. Neste contexto, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Negócios Jurídicos, não medirá esforços para buscar, por via legal, a responsabilização cível e criminal do presidente do Sincomércio. Todas as medidas tomadas até agora pela Prefeitura, nas questões sanitárias, estão respaldadas por critérios legais e científicos, referendados pelo poder judiciário. Existe ainda uma preocupação intensa de todos os órgãos públicos municipais em promover ações de desoneração, diálogo e acolhimento das atividades econômicas mais impactadas até aqui pela pandemia. A entidade sabe que as Prefeituras só podem editar Decretos que sejam completares as decisões do Governo Federal e Estadual e nunca divergentes. Tanto o Supremo Tribunal Federal como o Tribunal de Justiça de São Paulo já se manifestaram nesta mesma direção, de que as Prefeituras, inclusive a de Bauru, devem seguir rigorosamente as normas definidas pelo entes federativos superiores. A cidade precisa de PAZ e UNIÃO, pois estamos vivenciando o pior momento da doença no município, no qual o número de contaminados aumenta a cada dia, os leitos hospitalares de UTIs estão próximos ao esgotamento e as pessoas estão perdendo seus entes queridos para o vírus. Não é compreensível que, neste momento tão difícil que a nossa cidade e a humanidade atravessam, o discurso de ódio, de desunião e a intolerância sejam usados com objeto de defesa de um presidente de entidade que deveria acolher e orientar adequadamente seus representados e não jogá-los em um campo de guerra onde não existem vencedores!".
OBSERVAÇÃO DESTE MAFUENTO HPA – Não é de hoje. Bauru está degradada, depauperada e destrambelhada. Infelizmente, não é exclusividade de Bauru, mas do país num todo. Perdemos o bonde da História e hoje, quando podíamos estar num outro caminho, preferimos o da regressão, o do andar para trás, daí o resultado começa a aparecer. O que é ensinado nas universidades daqui que, gente advinda daqui, advogados, assistentes sociais, engenheiros ditos de renome se posicionam ao lado de Bolsonaro e agem nos apunhalando como se isso fosse a coisa mais normal deste mundo? Se temos bons exemplos pela aí, os que pululam hoje na mídia são os perversos. Marcos Pontes é decepção já reconhecida de muito tempo, hoje se mantendo no cargo, sempre calado, pois assim passa desapercebido e por lá continua. O Ministro da Justiça, decepção e vergonha por aqui ter passado e até poder sair dizendo: “Aprendi em Bauru”. O da Educação, mais moralista impossível, diante de um mundo no século XXI, surge alguém que aqui teve seus estudos básicos e está com cabeça e mente enfurnada no século XVIII. Terá sido influência do que aqui teve como ensinamento? Esse desembargador santista, de Jaú, também com passagens aqui, início de carreira, quanta vergonha acumulada. Só bola nas costas. Demoramos tanto para reeleger um deputado federal, o ex-prefeito Rodrigo Agostinho e quando o fazemos ele vai lá para só votar contra os interesses dos trabalhadores. E para finalizar (deve vir mais pela aí, basta esperar), essa peça publicitária do SinComércio, responsabilidade do sr Wallace Sampaio, fazendo uma alusão descabida, se isentando de culpa e jogando-a nos costados de outrens, além de todo baú de maldades embutido no que anda fazendo pela reabertura do comércio, sem em nenhum momento culpabilizar quem de fato deveria estar sendo encostado na parede, o Governo Federal e seu alcaide mór, o Senhor Inominável. Tudo tem muito e tudo a ver com esses novos tempos bolsonaristas, onde Bauru se mostra como peça bem entrosada, batendo um bolão no quesito preconceituoso, conservador, degradante e perverso. Eis a cara que essa cidade ocultava e que sempre esteve presente num título que até pouco tempo vigorou por aqui, o da “Forças Vivas”. Esses, que dizem comandar o “progresso”, são na verdade, o império do atraso. Em seu nome tudo de ruim foi feito e o resultado é este, um povo sem saber o que fato ocorre, lideranças destroçadas, próceres do atraso, cara de uma elite desqualificada, germinando e espalhando o que de pior temos como exemplo de uma aldeia. Existe uma reação, os que sempre se posicionaram contrários à bazófia reinante e são estes os que podem – e devem – se posicionar, em voz bem alta, contra esse domínio da INSANIDADE. Bauru não só não merece, como se quiser sair dessa, precisa repudiar esses que mal a representam. Que fase, hem!
"Gente olha isso os ônibus da circular santa luzia ! Cadê distanciamento por favor vamos dar up para circular santa luzia, vamos nos unir quem sabe chega até secretaria da saúde", com essa legenda e foto Marilza Girotto publica nas redes sociais a sua visão de como se dá de fato e de direito a lei do distanciamento social entre os necessitando de sair de casa diariamente em tempo de pandemia.
AFINAL, QUE SE PASSA COM BAURU? (02) – CASO SINCOMÉRCIO SUFOCADO
Tive que dar continuidade ao texto publicado hoje pela manhã com este no final da tarde, pois os últimos acontecimentos propiciam uma ampliação da discussão. Do título, pela manhã o fiz “Afinal, que se passa EM Bauru? “ e neste uma pequena alteração, “Afinal, que se passa COM Bauru?”. Juntei comentários postados durante o dia por bauruenses e ao final dou meu pitaco sobre um assunto específico, a peça publicitária do SinComércio:
“Usar a fala de um negro assassinado no meio da rua por um policial racista de extrema-direita em propaganda para atacar medidas do chefe do Executivo municipal no combate à pandemia de covid-19 é, no mínimo, desrespeito ao movimento Vidas Negras Importam. Sabe-se que no Brasil a violência racial faz com que o risco de um negro ser morto pela polícia seja 2,3 vezes maior, mas mesmo assim os “desinfelizes” responsáveis tanto pela criação quanto pela aprovação da publicidade tosca quiseram fazer gracinha com os dizeres de uma vítima do racismo. Os filiados a esse sindicato deveriam pedir desculpas à população por terem permitido que o presidente se valesse de comparação injuriosa por conta de sua intenção política. Não sei ao certo, mas sou bauruense e penso que o percentual de donos de comércio brancos seja de, pelo menos, 90%. Portanto, a utilização das palavras de uma vítima do racismo, além de desrespeitosa, é extremamente antiética”, Murilo Coelho.
“Integro o Conselho Municipal da Comunidade Negra de Bauru. Penso que Wallace Sampaio e sua trupe da elite bauruense ultrapassaram todos os limites, até para a Sem Limites. Comparar a dificuldade vivenciada pelo setor do comércio bauruense à tortura e assassinato do George Floyd é de uma vulgaridade somente vista nas falas e atitudes de Jair Messias Bolsonaro”, jornalista Ricardo Santana.
“É absurdo, mas não surpreende. O SinComércio usa, sem nenhuma propriedade e cabimento, a frase de um preto que foi assassinado pela polícia, para justificar a abertura do comércio na cidade de Bauru. Mais uma vez, vemos nossas lutas diárias contra o racismo serem banalizadas. É por essas atitudes que hoje temos que falar o óbvio. Sincomércio, se vocês não respiram há 4 meses, o povo preto não respira há séculos. Vocês não tem esse direito”, músico João Biano.
“COMO SE MANIFESTA O RACISMO DA ELITE - Quem não consegue respirar, quem está sendo sufocada nesta pandemia é a população trabalhadora de Bauru, que não tem direito a ter direitos. Este sindicato patronal enquanto faz campanha para a abertura do comércio, silencia quando comerciais e comerciais são expostos diariamente a contágio em ônibus lotados. Canalhas, racistas, e exploradores da classe trabalhadora, este é o patronato”, Roque Ferreira.
“Que defendam a causa q quiserem, pois estamos numa democracia, mas que não usem as palavras da vítima de um assassinato racista para isso. Nojentos, asquerosos”, professora Priscila Lellis Krupelis.
“Nosso total repúdio à publicação do SINCOMÉRCIO – Sindicato do comércio varejista de Bauru – SP, que faz uma peça de marketing utilizando as últimas frases do frases do homem negro, ser humano, o norte-americano GEORGE FLOYD, nos seus últimos momentos de vida, antes de ser assassinado por um policial branco. Comparar a violência que as pessoas pobres e negras sofrem dos agentes do Estado, com a restrição temporária imposta pela pandemia de atividades econômicas é algo repugnante, desumano e racista”, presidente do PT Bauru, Claudio Lago.
“Desonestidade intelectual, artifício tão comum entre os adeptos da direita que, com sua postura de melindre, inverte um discurso, depois de descontextualizá-lo completamente, com a finalidade de atender a seus próprios interesses em detrimento do interesse público. Lamentável...”, Deborah Cunha Teodoro.
“Essa cidade e esse Sincomércio é uma vergonha, hj de manhã ouvindo a 94 fm , o sr ,que faz parte deste mesmo sindicato , falou literalmente assim "como pode não deixar abrir o comércio, se o poder publico não se importa com o "gado" dentro dos ônibus circulares". Então isso significa que cada um se preocupa com o seu umbigo, não estão nem ligando com a vida do ser humano e sim com o capitalismo, nunca se esquecendo ,que morto não produz e não da lucro pra ninguém”, Emerson Luiz do Prado.
PITACO DO MAFUENTO HPA: As pessoas são desmascaradas pelo tempo. Nada como o passar dos dias, pois algo inexorável acaba sempre se revelando. Por mais que a pessoa se esconda, ou que tente ocultar seu lado nefasto, ele um dia aparece e daí em diante nada mais será suficiente para se fingir de bonzinho. No começo da pandemia travei um diálogo com o sr Walace Sampaio, quando em carta ao jornal escrevi que ele deveria agir ríspido, com brutalidade e aspereza com o Governo Federal, esse sim deveria estar auxiliando os comerciantes neste momento de pandemia, como ocorre em muitos países mundo afora. Ele, desdenhou, disse que tratava da questão local e que a regional, as instâncias superiores de sua entidade o faziam. Nada fizeram e ele insistiu em bater nas pessoas erradas. Não que não se deva cobrar do prefeito e do governador, mas estes, pelo bem pelo mal, ao menos tentam fazer algo, enquanto o presidente nada faz, sendo este o condutor mor do país. Na última peça publicitária do SinComércio a revelação de quem é de fato, como pensa e age, não só seu dirigente maior, como o pensamento mediano empresarial brasileiro. Seria este o motivo atávico de nosso atraso? Talvez. Tem tudo a ver. Estão atrelados a um desgoverno conservador, predatório e muito nebuloso. No frigir dos ovos o que se percebe é que um é cara e semelhança do outro, sem tirar nem por. Se isso é modernidade ou eficiência, me façam voltar pros bancos escolares. Quando o país se revolta contra os atos racistas e fascistas observados mundo afora, me atenho aos de minha aldeia. O ocorrido é de uma repugnância sem palavras. O SinComércio e o sr Walace enfim se mostraram por inteiro.
Bom, se caiu a máscara do Walace é porque colocaram ela nele porque o sujeito sempre foi isso, um representante patronal. Em 2005 fui um crítico ferrenho da indicação desse senhor no governo Tuga e sua memória deve se lembrar. Que ele responda criminalmente pelo absurdo que está fazendo.
ResponderExcluirE não estamos retrocedendo ao século XVIII como citou um comentário, até porque o século 18 tivemos grandes pensadores, problema que não damos passos para trás e sim seguimos avançando com esse status quo que sempre gerou a exploração de classe e vai se aprofundando a passos largos, muito devido a uma esquerda que abandonou a subversão para querer administrar a sociedade de classes, só pode dar no caos.
Camarada Insurgente Marcos