segunda-feira, 2 de novembro de 2020

UM LUGAR POR AÍ (142)


ESCÂNDALOS NA ELEIÇÃO NORTE-AMERICANA E NA BAURUENSE - O QUE ACONTECE NA DE LÁ E NA DAQUI
Acabo de ler duas matérias jornalísticas ao mesmo tempo. Na primeira, a aqui reproduzida, de que nem um escândalo sexual mudará o voto dos convictos a sacramentar o voto em Donald Trump (Eis o link do El País)  
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/23/cultura/1506199117_224929.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR_CM&fbclid=IwAR2gjtKoJpveDnQo3nLtqMUujox_Dsli6CLS68ISKYdLrU5jW2PjM-96S0o#Echobox=1604023042). Talvez com a mesma virulência, o fenômeno possa se repetir um dia com Bolsonaro & Cia, pois creio eu, diante da cegueira se abatendo sob seus súditos e seguidores, assim como os de Trump, já estão tão hipnotizados que nada mudará o curso do rio. Quando nem uma revelação de alto calibre consegue mais alterar o que alguém pensa a respeito de algo, péssimo para o esclarecimento dos fatos, pois ele de pouco vale. Vale mesmo a crença cega.

Não sei se o mesmo acontece nas hostes da eleição bauruense, mas tem algo novo no ar e muita coisa deverá passar por debaixo dessa ponte nos próximos dias. Um texto do jornalista Nelson Gonçalves sobre depoimentos prestados com respeito ao escândalo da Cohab Bauru, o envolvimento de alguns próceres da política bauruense, com viagens pagas pela autarquia. Pelo que se apresenta, já encalacrados um candidato a prefeito de uma coligação e um a vice prefeito de outra. Estamos neste começo na fase do disse não disse, participei não participei, nego ou afirmo, mas alguns já balançando e se debatendo nas cordas, acusando o golpe que poderá levá-los ao nocaute.

Os próximos capítulos será inebriantes por essas plagas, pois o que mais se vê na vida política brasileira são as negativas, em sua maioria sendo fragorosamente não sustentadas na sequência das revelações. Já se lê sob substituições de última hora em uma candidatura já se dizendo vitoriosa, porém tudo ainda é embrionário. Em breve, quando algo mais for divulgado, veremos até que ponto serão sustentadas algumas candidaturas ou se, como acontece com Trump e com seu cego seguidor e capacho, nosso Bozo, eles seguem em frente como se nada estivesse acontecendo, pois tem ciência de seus eleitores estão tão hipnotizados, a ponto de não dar atenção nem mais para a verdade dos fatos. Veremos, ainda mais trágico, por ser hoje feriado nacional, dia de Finados, dedicado aos mortos e alguns deles podem estar sendo anunciados ainda no decorrer do dia, os tais mortos-vivos...

Anexo 2 - O texto de Pedro Valentim publicado em sua página no facebook pode ser lido clicando no link a seguir: https://www.facebook.com/pedrovalentim.valentim/posts/4152544201425876

FUI AVERIGUAR COMO É QUE SE DÁ A APURAÇÃO NA ELEIÇÃO NORTE-AMERICANA - SUPREMACIA BRANCA SE IMPÕE
Confesso que nunca entendi direito como se processa de fato o resultado das eleições norte-americanas. Sempre achei estranho o fato, de por exemplo, na última os Democratas terem ganho por diferença de mais de três milhões de votos e não terem levado. E se entenderem, como se tudo estivesse normal. E está, pois o negócio é esquisito mesmo. Desta feita, há dois dias do pleito que decidirá quem será o novo presidente, Biden ou Trump, resolvi dar uma pesquisada e nã ose fazer mais de mal entendido. 

Primeiro que tudo tem uma anomalia muito bem montada onde o pobre, ou melhor, as minorias são mantidas sistematicamente longe do poder. Eles criam muitos entraves para o registro de eleitores de classes sociais baixas, concentrando estes - negros, latinos e remediados de toda origem e formato - todos num mesmo distrito. Uma vez todos estes num mesmo distrito, fica mais fácil tornar os demais distritos em redutos dos brancos e com maior poder. A quantidade de votos não é quesito dos mais importantes, sendo o dos distritos ou do colégio eleitoral o que decide de fato o pleito. Quando na eleição passada Hillary Clinton perdeu, havia sido derrotada pela soma dos votos dos estados, pesos desproporcionais à quantidade de habitantes. Perdeu e não reclamou, pois tem ciência de como se joga o jogo, algo decidido entre as partes dos que possuem nacos de poder.

A loucura se estende para os três poderes, complicando mais o baralho, difícil de ser jogado para quem é pequeno, desprovido de poder, algo obtido ao longo da história lá deles. Relembro que no âmbito do Poder Executivo, Busch e Trump chegaram à presidência sem que tivessem maioria dos votos. No Legislativo os Republicanos dominam o Senado por causa do grande número de estados conservadores, mesmo menos populosos que outros mais progressistas. Desta forma, também controlam o Poder Judiciário, já que todos os nomes aprovados para a Suprema Corte e altas cortes, mesmo indicados pelo presidente são ali aprovados. O Congresso é dominado pelos Democratas, mas isso pouco vale para as decisões já descritas, as mais importantes do país, essas ocupadas pelos Republicanos. Sem tirar nem por, o emaranhado foi assim combinado e acabou beneficiando os Republicanos e o tal governo da maioria e cada vez mais dominado pelo da minoria.

Daí, mesmo que para nós, o fumo vá entrar do mesmo jeito ganhando Trump ou Biden, lá como cá, melhor fazer o fascista ao menos perder, não se reeleger. Quando vi os republicanos correndo para aprovar o nome de uma conservadora para o Supremo, com a morte de uma dita e vista como progressista, tudo é questão de prazo, pois teria que ser feito antes do próximo pleito. O jogo político é assim mesmo, sórdido e sujo. Anos atrás os mesmos republicanos não quiseram votar quando faltavam oitos meses para o pleito e um juiz mais liberal seria empossado, mas agora em questão de dias o fazem, pois trata-se de um conservador. Isso não é baralho e sim, jogo de xadrez. Oportunismo puro e barato, sem nenhum constrangimento, tudo às claras. Portanto, mesmo que Biden ganhe, já se fala no Judiciário o impedindo de assumir, pois uma corte favorável a ele pode ajudá-lo na reta final, cancelando os votos pelo Correio, etc. Para aprovarem algo mais no atendimento das camadas mais pobres e das minorias, mulheres e negros, ou mesmo a lei de reforma da saúde, tudo depende da ação do Judiciário, este cada vez mais conservador. Ou seja, Biden pode até mesmo ganhar o pleito dentro dos conformes lá deles, mas ser barrado pelo Judiciário, algo pelo qual, não vejo muita diferença do que ocorre aqui hoje. Entenderam? Estou tentando e de tudo, foi o que consegui sacar.

AMENIDADES DE LUTA
UMA FOTO REVIRANDO PASSADO DE LUTA BAURUENSE
"Candidatos do PT em Bauru nas eleições de 1982. Celso Zonta,
Ivo Ayres, Rute do Amaral Sampaio, Corel, Ademir, Inverso, Osvado Penna Jr., Enos Madeira, Roque Ferreira, Isaias Daibem, Almir Sombra, née, Ribeiro. Foto by me", Pedro Romualdo.

Com as considerações: "Pedro Romualdo republica sua foto dos primeiros candidatos do PT Bauru. Era o ano de 1982.Pedro Romualdo. Com exceção 'd'eu' e do Roque, ninguém mais militava no PT na eleição seguinte (1988). Ivo Ayres, que continua petista até hoje, havia se mudado de Bauru.
Isaias Daibem e Ruth de Souza, ambos falecidos, deixariam o PT pouco tempo depois e menos por questões ideológicas, mas principalmente para cuidar de seus próprios interesses.
Celso Zonta aderiu, como vários outros, ao governo Tuga Angerami em 1984 e deixaria o partido algum tempo depois.
Roque Ferreira, também falecido, manteria militância orgânica no partido, foi eleito duas vezes vereador pela sigla, e romperia com ele em 2015, quando finalmente sua organização descobriu que os partidos tradicionais da classe trabalhadora, incluído ai o PT, tinham suas direções atreladas a uma política de defesa do capital.
Eu mantive a militância no partido, sendo inclusive seu candidato a vice-prefeito em 1988, até minha expulsão, em 1992. A expulsão teve como motivo o fato da Convergência Socialista, grupo a que pertencia, defender a adoção pelo PT do "Fora Collor". Dois anos depois ajudaria a fundar o PSTU e nele me encontro até hoje.
Nota: Nunca soube exatamente como Penna Jr. foi parar no PT. E eu nunca soube exatamente seu paradeiro depois", professor Almir "Sombra" Ribeiro.
 
O tempo passa, o tempo voa, chegamos até aqui. Quais suas considerações? Referências, enfim, foi dessa mistura que tudo começou, se solidificou e chegamos aos tempos atuais.

Um comentário:

  1. COMENTÁRIO DESTE HPA MESMO LÁ NO FACEBOOK E AQUI REPRODUZIDO:
    Henrique Perazzi de Aquino - Um amigo me escreve no particular, diz que posso publicar isso, mas sem seu nome, pois está cansado e não quer mais polemizar com bolsomínions: "Caríssimo, o problema da sua pesquisa é que fica a impressão de que os democratas são meio que vitimizados pelo sistema como um todo e pelo eleitoral em particular. Fico com a ideia de que os democratas são tão duros quantos os republicanos e até tão conservadores. A lei penal mais dura da história recente foi de autoria do Bill Clinton. Sabe-se também de como os democratas do tempo que a Hillary atuava tudo fizeram para desarticular a ação política das juventudes negras e pretas nos EStados Unidos. O fascista do Trump, apesar de republicano, não promoveu nenhuma guerra externa como se esperava, e o Obama não mudou nada de profundo na presença de tropas americanas no exterior e foi ele que mandou matar o Bin Laden em pleno território do Paquistão. Quanto ao sistema eleitoral representativo e baseado no Colégio eleitoral não foi manobra republicana ou democrata, mas sim das elites em em um grande acordo, dos chamados Gandes Pais fundadores. Enfim, tudo farinha do mesmo saco".

    Respondi a ele dessa forma e aqui reproduzo: "Sim, penso da mesma forma e jeito, só não consegui ou não externei isso mais explicitamente no meu escrito".

    Conversamos mais. Ele: "a Vice do Binden foi procuradora e perseguiu duramente pretos e pobres, e dizem nos bastidores que e é ela que vai governar, pois o Bindem tem um impedimento de saúde não mencionado, algo assim que o impedirá".

    Eu: "Então, algo como um Tancredo impedido e um Sarney assumindo. Grato pela rica observação. Não podemos mesmo pegar leve com um e amenizar pro outro, pois a perversidade ali é de ambos, cada qual a exercendo contra tudo e todos que, por ventura atravessem seus interesses".

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