segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

PERGUNTAR NÃO OFENDE (167)


O AGRO NÃO É NEM UM POUCO POP – AGRICULTORES RURAIS NA MISÉRIA
Recebo de dileto amigo carioca um texto que veio bem a calhar, chegando na hora mais que certa, pois estava semana passada conversando com um grupo de pequenos agricultores, a maioria desempregados e após a chegada de novos maquinários na terra do até então patrão, foram a maioria deles colocados à disposição pelos donos das terras e assim, tentando a vida nas rebarbas das cidades, fazendo o que encontram pela frente. Ouvi aquele lamento doído, sentido, com aquela desesperança e desalento de quem perdeu o último fiapo de esperança e ao ligar a TV, a propaganda da TV Globo coloca em alto em bom som a repetição de que o Agro brasileiro é POP. Enfim, POP pra quem? Nunca pro trabalhador. Leiam o texto a seguir:
TEMPO DE NOS AQUILOMBAR - Conceição Evaristo
É tempo de caminhar em fingido silêncio, e buscar o momento certo do grito, aparentar fechar um olho evitando o cisco e abrir escancaradamente o outro. É tempo de fazer os ouvidos moucos para os vazios lero-leros, e cuidar dos passos assuntando as vias, ir se vigiando atento, que o buraco é fundo. É tempo de ninguém se soltar de ninguém, mas olhar fundo na palma aberta a alma de quem lhe oferece o gesto. O laçar de mãos não pode ser algema e sim acertada tática, necessário esquema. É tempo de formar novos quilombos, em qualquer lugar que estejamos, e que venham os dias futuros, salve 2020, a mística quilombola persiste afirmando: "a liberdade é uma luta constante". (...)
Falando em tecnologia Quando vejo no facebook, as mais diversas postagens falando de natureza, como é bela, como é perfeita, o retrato de Deus e assim vai, é que podemos perceber que as ideias podem ser capturadas como ideologias nefastas, e como, nesse caso, encobrem o poder do agronegócio, a violência no campo, a expulsão dos camponeses das grandes propriedades. O uso crescente de máquinas dispensa do campo milhões de trabalhadores pelo mundo e no Brasil. Um programa da Rede Globo de televisão, chamado Globo Rural que há décadas passa nas manhãs de domingo, é um grande exemplo de como a ideologia do agronegócio é destilada de forma emocional e estetizada. O Globo Rural aos domingos “nos presenteia” com imagens bucólicas de fazendas, pequenos sítios, estradas , comidinhas, pessoas gentis e acolhedoras, mas ao lado de tudo isso surgem as matérias sobre novas formas de produzir e maximizar a produção, são novas técnicas, novas tecnologias, além de máquinas poderosas, mas, ao lado de crescimento exponencial da produção, se percebe o efeito mais danoso que se pode imaginar, que é a dispensa em massa de trabalhadores braçais, de agricultores e suas famílias do acesso ao campo. No programa se fala orgulhosamente de determinadas máquinas que substituem as pessoas e garantem a produção, drones que pulverizam o campo, e para isso basta uma única pessoa. O barateamento da mão de obra e o consequente rebaixamento dos salários é inevitável. O crescimento da alta tecnologia em máquinas agrícolas é diretamente proporcional ao desemprego, em outras palavras, mais máquinas maior desemprego, e me arriscaria dizer, maior violência. Famílias são obrigadas ao deslocamento em busca de trabalho, a comunidade se dissolve, as relações de família, de amizade, o compadre, a comadre, o afilhado, o filho, a filha se perdem pelas estradas da vida. A Rede Globo como um dos avatares do mundo empresarial, ao qual pertence, é responsável pela propaganda e publicidade de uma face acolhedora do agronegócio, e quando coloquei a expressão agro é no google, aparece o seguinte escrito: O slogan “Agro é tech, agro é pop, agro é tudo” sem dúvida é a marca da belíssima campanha de marketing “Agro: a Indústria-Riqueza do Brasil” promovida pela Rede Globo em rede nacional. O objetivo da campanha é conectar o consumidor com o produtor rural e desmistificar alguns mitos em torno do agronegócio., mas é o contrário que se dá, é pura ideologia, é pura mistificação, pois as imagens veiculadas pela Rede Globo através do Globo Rural, assim como em suas propagandas do tipo Agro é pop, escondem e mascaram a realidade, e é isso, grosso modo, que é ideologia para o velho Marx, alguma ideia (ou narrativa), que se interpõe entre a realidade e o sujeito impedindo que que este último consiga perceber o mundo como ele é. Nesse sentido, a verdade é secundária, pois o sujeito é atingido esteticamente, bem no coração. No limite, não importa se a Mídia diz ou não a verdade, mas como ela produz o mundo do sentir. E isso, a Globo não mostra. 

NADA COMO UM DIA ATRÁS DO OUTRO...
"Tantas coisas...", diria Roberto Carlos em sua canção e aqui repetidas, após algo mais ser devidamente escancarado. Os arautos da probidade, todos eles possuem lados ocultos e quando revelados, mostram sua verdadeira face. Está tudo exposto, basta ir juntando os pauzinhos, na denúncia a continuidade da perda de prazos, o desleixo ao trabalho, com este sendo feito mais nos microfones da rádio mais pérfida que temos, a Velha Klan ao invés da dedicação obrigatória pelo contrato funcional. Enfim, uma peça construída da boca pra fora de uma maneira e da boca pra dentro de outra. O Jornal da Cidade deu em destaque, inclusive com foto do conhecido advogado e um texto revelador, a demonstrar todo o apreço que a imprensa possui para quem lhe ataca diariamente pelas ondas do rádio, mas assim como tudo o que denuncia, também possui telhado de vidro. O troco foi dado, não só pelo jornal, mas pela quantidade de compartilhamentos e comentários feitos pelas redes sociais, a demonstrar que nem todos caem na ladainha pregada de forma contínua pela rádio, uma que perde feio as eleições onde se envolve, mas continua dando uma de querer levar a cidade a fazer o que é por ela prescrito. Que se entenda com a legislação vigente e que, sejamos todos informados dos próximos passos, para conhecermos mais a fundo alguns destes ícones que investem contra tudo, como se verdade estivesse somente ao lado deles. Eis o link da matéria do JC: https://www.jcnet.com.br/.../743886-tres-dias-apos-abrir.... Quando algo assim ocorre, a gente se sente com a alma lavada...

A ESCOLHA DOS SECRETÁRIOS DA SUÉLLEN
Eu não tenho nenhuma expectativa de nomes e comprometimentos dos que irão ser escolhidos pela prefeita eleita de Bauru, Suéllen Rosim para compor seu secretariado de Governo. Ouço nomes e em alguns caos me pedem para avaliar, ou ao menos dizer o que penso. Não penso nada. Ela ganhou a eleição e está a compor sua equipe com o que possui de entendimento e discernimento sobre Bauru. Não quero nem saber. Pode até acertar em alguns, mas sei que junto dela e do que representa, farão o que está escrito para ser feito pela linha de pensamento e ação que a levou ao poder. Nada mais justo. Se ela é do partido Patriota, ninguém deve se espantar se muitos destes estiverem ao seu lado. Até natural. Hoje me falaram de um provável nome para a pasta da Cultura, já dado como quase certo e me descobri seu amigo no facebook, mesmo não a conhecendo. Que mais posso dizer? Nada. Teria muita expectativa se fosse um governo chegando para, de fato e de direito, efetuar grandes transformações e não meras reformas e maquiagens, enfim, todos neoliberais, só uns mais ou menos predatórios e nefastos. Como acho que tudo vai continuar como dantes, ela dentro de sua limitação e raio de ação, que escolha quem lhe aprouver e assim toquem o barco, eu com meus negócios, elas com os dela e cada qual buscando dobrar o cabo da Boa Esperança da melhor maneira possível. Eu já desisti de torcer a favor de uma Bauru diferente, mas também não torço contra. Simplesmente não torço, pois deixei de acreditar. Seria ótimo se quebrasse a cara - enfim, assim Bauru ganharia -, mas acho difícil isso acontecer. Portanto, venha quem vier, como vier e mesmo que muita coisa mude também na minha vida, foi o que Bauru quis e assim sendo, terão que ver pra crer. Neste clima adentro esse mundo todo convulsionado da cidade onde nasci, moro e creio, morrerei. Vou dar o melhor de mim no que sei fazer, continuar minha luta junto aos que escolhi tocar minha vida e deixar que a Bauru se arranje com suas gambiarras, pois se assim quis, assim será. Já tenho muito com que me preocupar...

COMO POSSO QUERER ENTRAR NA LOJA DESTE ABOMINÁVEL SENHOR?
Não entro. Já o fiz quando do início e assim mesmo, aqui em Bauru estive envolvido numa campanha contra aquele totem horroroso e de gosto mais que duvidoso na entrada da cidade, só enfeiando o visual, justamente dos que chegam à cidade. O Bauru Sem Tomate é MiXto cantou loas contra a bestialidade chegando à cidade, eu falei até com o New York Times, na repercussão do que fazíamos por aqui, mas ele venceu e se estabeleceu. Enfim, cá continua e seu proprietário, pérfido até a medula, desde então piorou muito, a olhos vistos. Obriga seus funcionários ao ridículo diário e expõe o país ao mais retrogrado modelo existente, um medievalismo brutal e contrário à legislação trabalhista e todas as demais, pois faz parte daqueles que, pelo conquistado, se acham acima das leis. Daí, se achando e tendo respaldo governamental para tanto, apronta, faz e acontece, tudo ao seu bel prazer, em evidentes demonstração de um irresponsabilidade e parvoíce desmedidas. Este senhor é a cara deste desGoverno bolsonarista, cara de um focinho de outro, ambos de uma desmedida irresponsabilidade e ilegalidade que, precisam ser não investigadas, mas punidos, pelo bem do que ainda resta de legislação a defender os oprimidos neste país. Este é um dos mais execráveis deste país, a demonstrar o seu lado mais podre, doente e fora da lei. Faz parte de um conjunto e sempre, em todos seus atos, age exatamente como se vê nesta matéria. Aqui por Bauru existem não só muitos seguidores, como copiadores, pois vejo uma pá de vetustos simpatizantes, todos ditos e vistos como "empreendedores" agindo da mesma forma e jeito, só com menor visibilidade. O péssimo exemplo se espalhou e hoje tem representantes por todos os cantos e daí, quem sempre sai perdendo são os trabalhadores, sujeitos a nem mais terem direitos a lhes defender, pois pela força impositiva, estes vergam a própria Constituição. Eis o link para a matéria que me revoltou: https://revistaforum.com.br/noticias/veio-da-havan-humilha-pms-e-fiscais-em-video-ao-assinar-auto-de-infracao-em-pelotas-duros-tempos-nesse-pais/?fbclid=IwAR1EfNiaaDRYnzK0UMKgI9ZbXldGfTvuyy5ujMGMD2fDPtWRPSTrt0n4cZI

HISTORINHA PESSOAL: Ontem mesmo, aqui em casa, minha cara metade me dizia de uns preços para comprar um jogo de xícaras e me dizia da tal loja. Disse da impossibilidade de comprar algo lá, ela insistiu e até me disse que poderia deixá-la perto e buscar na volta. Nego essa aproximação e prefiro pagar pouco mais, mas ter algo advindo de outro estabelecimento. Usa outro argumento e me diz que alguns utensílio de casa são de lá provenientes. Não quero saber quais são, mas me recuso a voltar nesta loja, pois tudo o que vejo, leio e ouço é de arrepiar os cabelos. Não capitulo e não cedo, impossível pactuar com o embutido na mensagem repassado por seu dono.

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