sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (160)


MAS NEM HOJE NO DIA DE NATAL VOCÊ ESQUECE DELE? SIM, INCLUSIVE HOJE...
Pera lá, hoje é 25/12, uma data que dizem ser especial, mas lá pelos lados do Planalto Central, um lugar hoje dominado pelo pensamento e linha de ação miliciana, tudo continua como dantes, com os planos de aniquilamento do país, daí nada muda e não existem datas especiais, existirão sim dias especialíssimos quando este povo se levantar para retomar seu rumo, botando pra correr esses malversadores que hoje se apossaram do poder e promovem um cenário surreal, para este país, que um dia ousou ser livre, mas hoje se mostra atado dos pés à cabeça, inclusive a mente. Meu caro e dileto amigo reginopolense, Fausto Bergocce, artista do traço de mão cheia não gosta muito de fazer mais charge política, mas diante dos fatos tão aterradores, se rende e me envia uma, aqui reproduzida, como todas as demais, um alerta para o levante. Hoje mesmo seria um ótimo dia para o levante, mas creio termos comido demais na noite de ontem, levantado tarde e pelo que vejo, deixaremos para mais tarde o que já deveríamos ter feito muito tempo tempo atrás. E quando é que tomaremos vergonha na cara e viraremos logo essa mesa? Se não foram rápidos, minhas energias não terão sobrevida muito longa e não poderei estar junto da mudança, pois meu corpo dá evidentes sinais de cansaço e fadiga. Quero estar junto de algo que ainda possa ocorrer, mas enquanto ainda tenho alguma lenha pra queimar. Do contrário, temo ir antes e ainda na vigência do descalabro. Esse cara tira onda na nossa cara e nem reagir a contento conseguimos mais.

DIVAGANDO APOS A BEBELANÇA E COMILANÇA NATALINA
No painel necessário das relações humanas, o papel exercido pelos políticos brasileiros deixa a desejar. Se faz necessário um fundo mergulho, evitando o risco de cair nas descrições simplistas. Como abrir a cortina do mistério em torno da alma do brasileiro? Enfim, como se processa as relações humanas, as que são o grande sustentáculo, o "princípio da valorização do ser humano", algo ainda não colocado em prática na sua acepção por essas plagas. Dou de cara hoje com um povo recebendo informação imediata via seu celular, redes sociais, mas cada vez recebendo menos algo confiável e assim sendo, muito mal informado e, por isso mesmo, mais sujeito a manipulações e menos intransigente na defesa do que seria os seus reais interesses. Se deixa levar e é ludibriado. O grau mínimo de dignidade humana está longe de ser alcançado e o primeiro passo para a dignidade de um povo, qualquer um sabe, independe de debates ideológicos. Melhor lembrar a dignidade de Schiller: "Chega de falar no assunto: dai-lhe de comer e onde morar;/ Quando tiverdes coberto a nudez, a dignidade aparecerá sozinha". Acreditava piamente nisso, mas vejo que não é só isso, pois o que não ocorreu no Brasil são as necessárias mudanças no espírito do povo. Este continua ao deus dará e, assim sendo, ao sabor dos aproveitadores, muitos lhe fazendo a cabeça para agir como se seu algoz fosse seu libertador. Sonhei com a discussão que tive tempos atrás com um estrangeiro, ele me dizendo na lata: "Vocês tem tantos recursos naturais e a maioria da população continua na miséria. Só existe uma explicação: burrice". Falava que o Brasil era um boi, não tinha ideia da força e do potencial que possuía. Estávamos amarrados por uma fina linha e não nos libertávamos porque não tínhamos inteligência. Não tínhamos cabeça. Quis argumentar, "burrice, não, pode ser falta de conhecimento das coisas, de cultura, mas burrice, não". Ele insistiu, eu não o convenci e nem ele a mim. Hoje lendo o último editorial de Mino Carta na melhor revista semanal do nosso mundo, a Carta Capital, lá está: "Parece-me que o Brasil atual atingiu um ponto extremo de uma crise de demência que vem de longe, se quisermos, desde o descobrimento. (...) Aqui vivemos na treva. (...) Isso tudo se deve à falta de organização de um povo súcubo, ignorante, conformado. (...) Aqui vivemos à margem da humanidade por obra de uma situação somente explicável à luz de uma análise patológica". Junto a "burrice" com a "demência", bebo na noite de Natal e, creio eu, ainda não consegui sair do estado de flanar nas "alturas", daí tento escrever algo, explicar pra mim mesmo o que se passa, qual o motivo da letargia, desse povo não entender estar sendo enganado e sem chegar numa conclusão cuspo isso para o papel e vou deitar, pois as ideias estão um tanto confusas, embaralham minha mente e devem assim continuar até não seu mais quando.

A PRESIDÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL E AS ESQUERDAS
Rodrigo Maia perdeu a queda de braço com a Justiça (sic) e não podendo mais ser reeleito para a presidência da Câmara dos Deputados, agora faz um jogo onde tenta unificar tudo o mais num balaio contra o já declarado candidato de Boslonaro, Artur Lira, do PP de Alagoas, líder do Centrão. A existência de união contra Bolsonaro e tudo o que representa é algo mais do que louvável, mas algo não entra na minha já cansada cachola: Ele, Maia fez tudo o que estava prescrito contra os interesses populares, mais Bolsonaro impossível e assim mesmo, pelo visto, não goza da confiança do clã no poder, tanto que é tratado como inimigo. Agora, ele que tanto fez por este desGoverno, articula algo e tenta arregimentar a esquerda com um discurso cerca lourenço, o de evitar que Bolsonaro controle o Congresso. Um dos nomes sendo articulados para representar essa frente é o de Baleia Rossi, MDB paulista, ainda mais aliado ao discurso e prática bolsonarista que Maia. Vence quem conseguir maioria simples dentre 513 votos e a oposição, diria esquerda, hoje sendo paparicada para engrossar o caldo, conta com 133 votos, que somados aos dos golpistas até poderia dar para barrar Lira. A pergunta que não quer calar é: Vale a pena? Alguma votação a favor dos interesses da esquerda seria levado ao cabo? Não, nada, nenhuma. E daí, entrar nessa frente para que, se tanto um quanto o outro representam o lado mais pérfido, nefasto, pecaminoso e também criminoso da política brasileira. O avanço das reformas que interessam ao mercado virão tanto com Lira como com Rossi, daí só entraríamos - a esquerda -, para que Rossi ganhe, depois tudo voltaria ao normal e a esquerda, minoria em tudo o mais. Já cansei desse roteiro, não teria outro não? Inclua-me fora disso.

QUE MAIS POSSO ESPERAR SE ESTIVE PESSOALMENTE COM PAPAI NOEL, O ORIGINAL, O VERDADEIRO, O DAS ENTRANHAS DE BAURU?
Vocês não vão acreditar, mas é a mais pura verdade. Em 2017 cruzei com o Papai Noel de carne e osso, ainda por cima tomando chopp e circulando na Feira do Rolo. Era o próprio, tenho a mais absoluta certeza, reconheci pela barba, o bafo - o de ambos - e o saco, inconfundível. Eu ficaria horas por aqui discorrendo sobre este Noel, que na verdade é conhecido na feira e no bar onde toca sua sobrevivência, na esquina das ruas Julio Prestes com Gustavo Maciel, simplesmente como BARBA, alguém a merecer todo carinho, atenção e gastos - ali consumi chopps dominicais até a chegada da pandemia. Já contei sua história por aqui várias vezes e hoje, dia emblemático de mais um Natal, me fixo em sua pessoa para personificar a luta dos tantos pelas ruas, fazendo das tripas coração para, ao menos continuar de portas abertas e em cada domingo, se renovando, agindo teatralmente como aqui o vemos. São os tais imprescindíveis para mim. Daí, ele é o meu NOEL.

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