sábado, 20 de fevereiro de 2021

REGISTROS LADO B (33) e OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (146)

 NO 33º LADO B, MÍDIA E DEMOCRACIA, COM A HISTÓRIA D’O DEBATE, JORNAL INDEPENDENTE DE SANTA CRUZ DO RIO PARDO, SERGIO E ANDRE FLEURY – A RESISTÊNCIA SE FAZ PRESENTE

Neste sábado, 20/02/2021, dia da inauguração, em plena pandemia, fase vermelha, quando o vírus se espalha de forma avassaladora por Bauru e o Brasil, a novíssima (sic) prefeita da cidade abre um empreendimento novo, só seu e dos seus, negócio particular, uma igreja neopentecostal e convida o mundo para ali estar. Essas hipocrisias latentes, pulsantes e fazendo questão de afrontar, não só o bom senso, mas qualquer regra de civilidade é tratado de forma “normal” por parte significativa da mídia hoje existente, principalmente a hegemônica, massiva. Como o Jornalismo conseguiu chegar neste estágio tão decrépito e sem enrubescer, sem ter suas faces coradas? Existem quem de fato ainda consiga resistir diante de tão avassaladora onda desdizendo de uma Manual de Boa Conduta? Dias atrás, o amigo Garoeiro, professor aposentado da Unesp Bauru, exilado em Natal RN, envia a mim algo propondo “novas formas de luta” e nela, um pedido para que assistisse uma Live, com pedido pessoal: “Jornalistas com coragem de apurar e falar a verdade estão, daqui a pouco, em um debate promovido pelos Estados Gerais da Cultura, lançando luz sobre o processo de desagregação do maior escândalo jurídico do Brasil, a Operação Lava Jato. Marcelo Auler – que se dedica há anos, com imenso sacrifício pessoal, a romper os véus de Curitiba – Cristina Serra, Fátima Lacerda e Altamiro Borges, discutem e esmiúçam as últimas revelações do material apreendido na Operação Spoofing, onde repousam os comprometedores diálogos entre Deltan Dallagnol, Sergio Moro e os procuradores de Curitiba e de Brasília. É imperdível para quem quer ficar em dia, o que não é fácil, com a avalanche de material que sai das cloacas de uma conspiração. Caro Mafuento-Mor, Sequer consegui ir até a metade ... Esbravejar sobre o leite derramado resolve?”.


Eu respondo a ele, ao meu modo e jeito: “Garoeiro - Faço isso diariamente, ininterruptamente e neste sábado, 33º Lado B entrevisto os dois proprietários do jornal Debate, de SCRP, pai e filho, atuação impecável na imprensa regional, sem se vender, produzindo um jornalismo como deve ser feito, muito longe do balcão de ‘secos e molhados’ e atacaremos em conjunto a subida no palanque por jornalistas bauruenses da rádio Velha Klan junto do Véio da Havan e prefeita Suéllen. Eu trago essas pessoas para o debate e escracho publicamente a pouca vergonha em curso. Minha parte faço, por aqui, a gente ao menos demonstra o quanto são pérfidos, vassalos e não valem nada. Igualzinho o que me envia. Assista por favor, será amanhã, sábado, 19h”. Desta forma começo a apresentação de mais um BATE PAPO, dentro dessas conversas semanais, intituladas por mim também como “A importância dos desimportantes”. Sim, o termo é este mesmo, pois os desimportantes deste país, quando abrem a boca, tem muito pra contar e escracham, não deixam pedra sobre pedra sobre a hipocrisia reinante hoje neste país.

Essa dupla que muito me honra de bater esse papo comigo possuem FOLHA CORRIDA de imenso valor. Este pequeno jornal, encravado numa cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, distante uns 100 km de Bauru, só para se ter uma ideia, possui hoje mais jornais que a terra “Sem Limites”. Lá o bicho pega e o DEBATE, cria do mentor da coisa, o jornalista Sérgio Fleury, circula há 43 anos infernizando a vida de quem apronta por aquelas bandas. Sabe por que resistiram tanto e continuam nas graças de fiel público leitor? Por conseguir manter a independência, a imparcialidade e assim, entra governo, sai governo, eles não se aliaram a nenhum, estando sempre prontos para fazer a crítica e o elogio, na medida exata, sem envolvimentos e estar no bolso de ninguém. Coisa rara hoje no interior brasileiro. Conta-se nos dedos – dizem que de uma mão – os jornais ainda atuando desta forma e jeito. A imensa maioria é mero balcão de negócios, chapa branca de governos municipais e interesses mais que obscuros. Não é fácil resistir. A dupla, pai e filho, Sérgio pai e André Hunnicutt Fleury Moraes são valorosos por não se desviar de um ideal jornalístico cada vez mais fragmentado. É uma luta, a pela sobrevivência e a de não se deixar pelo “canto da sereia”, aquele que diz compra tudo e todos. Nos 43 anos de existência, o jornal quase fechou a portas, teve que lacrar seu parque gráfico e hoje roda o jornal semanal em Bauru, tudo para conseguir sobreviver, seguir adiante. São muitas histórias, a do ideal nunca abandonado e agora, dois fatos mais que memoráveis, o filho dando continuidade ao trabalho do pai, sem interrupções e a tentativa de alçar novos voos, com o lançamento de um site, com maior abrangência.

Eles contarão isso tudo e muito mais em uma hora de elucidativo bate papo. Nestes 14 anos de blog Mafuá do HPA já escrevi deles algumas vezes e recordo neste momento, com o intuito de aguçar a curiosidade:

- Em 06/08/2010 publiquei: “DEBATE, UM JORNAL LUTANDO PARA NÃO SER FECHADO - A história do semanário “Debate”, de Santa Cruz do Rio Pardo, cidade com 40 mil habitantes a 340 km a oeste de São Paulo, ganhou destaque nacional após denúncias de irregularidades e benesses envolvendo o Judiciário da comarca. (...) A partir daí inicia-se o inferno astral de Sérgio Fleury Moraes (nenhum parentesco com o policial torturador), editor, repórter, diagramador e fotógrafo (já havia sido no início impressor e entregador do jornal), que aos 17 anos, em 1977, funda o “Debate”, sob total influência de ares renovadores inspirados pela já agonizante ditadura militar. Desde o início, recusando as benesses do poder e o convívio amigável com os poderosos, rema contra a maré. No editorial da primeira edição um vaticínio que o persegue desde então, o de que “fazer jornal em cidade pequena é atividade temerária”. E continua sendo, visto os 127 processos (ganhou 123) abertos contra si, obra de um ex-prefeito e a atual situação, onde nenhum secretário municipal pode conceder entrevista direta ao jornal sem passar pelo crivo da Assessoria de Imprensa. Tanto o anterior, como o atual governo municipal são exercidos pelo PSDB. Na sua batalha diária não sofre tréguas, pois enquanto vicejam país afora pequenos jornais totalmente atrelados ao poder municipal, ou vivendo exclusivamente de renda advinda de anúncios públicos, Sérgio insiste no lado oposto. “Sou um jornalista por convicção e um empresário por necessidade. O jornal sou eu, todas as semanas aqui, sem descanso. O segredo da minha independência é que faço quase tudo, menos me meter com a parte financeira e comercial. Não vendo anúncio. Nenhum jornalista do Debate faz isso. Existe um setor interno só para cuidar disso”, conta Sérgio num final de tarde, quase véspera do carnaval, revirando uma montanha de papéis espalhados em sua mesa de trabalho na redação do jornal.


A história do jornal é essa mesma. Sua credibilidade e o selo estampado em sua primeira página, “Século XXI Ano 33 – Uma voz livre em sua defesa” é a mais pura verdade. Continua primando pelo mesmo ideal de luta contra as desigualdades e pela democracia, igualzinho quando o jornal começou a circular. Foi amealhando ao longo desses anos inimigos irreconciliáveis, tudo por causa da postura combativa, de denúncia, investigação e seguidor fiel da verdade factual dos fatos. Nada mais que isso. Como se isso não fosse suficiente para lhe causar todos os problemas a lhe atormentar a vida. (...) Sua rotina não mudou em nada por causa dessas atribulações todas. O jornal vai muito bem, recheado de anúncios e tendo uma tiragem de 8.000 exemplares semanais, sem nenhum anúncio de Prefeitura, os tais editais, que são a única fonte de sobrevivência de muitos interior afora. O nome disso é credibilidade. O descanso da companhia é no dia em que o jornal circula, aos domingos. No máximo, a folga é estendida para parte da segunda-feira, depois tudo volta para a velha e boa rotina de trabalho. Na quinta que antecedia o Carnaval, a cidade quase às escuras por volta da 1h30 da manhã, uma luz continuava acesa no andar superior do prédio do “Debate”, justamente a sala do Sérgio. Sua noite estaria longe de terminar. Perguntado sobre o que poderá acontecer ao jornal na hipótese da decisão lhe ser desfavorável. “Faço minha fezinha toda semana”, me diz olhando para um maço de jogos de loteria recém feitos em cima de sua mesa. E assim ele segue, luz sempre acesa, vigilante e confiante.

- Em 24/07/2010 publiquei: “LIBERDADE DE IMPRENSA E UMA CONTRIBUIÇÃO DESTE MAFUÁ EM "CARTA CAPITAL" – (...) Diante de tudo isso, durante a semana recebo um email e uma ligação telefônica de Sergio Lirio, redator chefe da revista semanal Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br/ ) me perguntando se poderiam aproveitar parte de um texto e minhas fotos, publicados aqui neste mafuá e repassadas a eles, sobre a situação do jornal DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo e, conseqüentemente, do jornalista Sérgio Fleury, tentando escapar de injusta multa de R$ 600 mil reais impingida pelo juiz daquela comarca. O fato é do conhecimento público e havia atualizado a situação do semanário. Autorização passada, hoje, sábado, 24/07, vou correndo às bancas em busca da revista e estampado na capa, algo que aprovo totalmente, “Censura: um fantasma apenas – Por que a liberdade de imprensa não está sob risco no Brasil”. Em risco estamos nós, leitores quando lemos e acreditamos em matérias a nos querer ludibriar. Na página 20, o começo da reportagem, assinada por Sergio Lirio, “Fantasmas à solta – A crescente oferta de notícias e opinião desmente a tese de que a liberdade de imprensa corre riscos”. Na matéria, algo muito claro, as entidades de classe dos patrões, ANJ, ABERT e ANER não estão interessados em jornalistas perseguidos, mas só nas “várias tentativas do governo de regulamentar a atividade em nome do controle social”, que ninguém sabe direito o que é. (...) Da matéria, duas conclusões: existe uma cultura no Brasil de que as autoridades são intocáveis e a de que a censura judicial é pior do que a exercida na ditadura. Esse trecho da matéria nasceu de um texto parido aqui neste mafuá (vou transformá-lo num Memória Oral em agosto). A revista Carta Capital está nas bancas a partir de hoje, inclusive com foto feita por mim de Fleury, quando estive com ele da última vez, em fevereiro, pouco antes do carnaval e com publicação autorizada. Novamente, sinto-me orgulhoso. Esse mafuá comprova novamente sua serventia”.

- Em 18/10/2018 publiquei: “A LUTA CONTINUA – Quase fechado pela Lei de Imprensa, jornal Debate, de SCRP enfrenta novos desafios para manter suas portas abertas - As boas histórias de resistência nesses anos mais que duros eu colho pelas andanças que ainda faço pela aí. Essa eu espalhei para publicações em variados órgãos da imprensa independente, livre e atuando dentro da verdade factual dos fatos. Quem bravamente resiste tem que ser valorizado, e esse Sergio, desse Debate é um alento para quem ainda pratica o jornalismo na sua essência. Quem ainda não conhece, não sabe o que está perdendo por ainda não ter batidos os olhos na experiência inusitada desse jornal semanal de Santa Cruz do Rio Pardo, um baluarte no que faz e de como é feito. Conheçam a história lendo meu relato a seguir:

O jornal semanal Debate, da pequena Santa Cruz do Rio Pardo (46 mil habitantes), interior de São Paulo já foi notícia num passado recente, após sofrer sérias perseguições pelo Judiciário local. (...) Com o país de pernas para o ar, uma crise institucionalizada e agravada com o golpe de 2016, além de outra, a da mídia impressa, Debate sobrevive com 7 mil exemplares semanais, quando já chegou a picos de 10 mil. Um selo em sua página 2 registra a continuidade da perseguição: “Perseguição – Enquanto você estiver vendo este selo, processos judiciais ameaçam o DEBATE”. (...) O parque gráfico está fechado, juntando poeira, tudo penhorado na referida ação e as edições agora são rodadas na vizinha Bauru (no Jornal da Cidade), distante 100 km. Do prédio só a redação funciona de fato. “Infelizmente hoje é mais barato terceirizar do que rodar aqui. O maior concorrente da imprensa hoje se chama facebook, bom na essência, mas usado ao contrário na maioria das vezes. A minha mágica é fazer o que sempre fiz, um jornalismo verdadeiro, não mentir. Aqui candidato não banca o jornal, algo usual na imprensa interiorana paulista. O que nos banca é a credibilidade, o produto honesto. O povo vê que o publicado nas páginas do jornal é verdade, mesmo isso contrariando muitos interesses. Isso me causa problemas, mas me sustentou até hoje”. Aos 58 anos, o jornal segue vivo, dois cadernos, 20 páginas no total, quase exclusivamente com matérias locais e regionais. Sai no início da semana e hoje conta com dois jornalistas.

Sergio e outro contratado, o que o faz permanecer acordado na base de remédios por três dias da semana. “Aqui sou editor, jornalista, diagramador, fotógrafo, motorista e revisor. De quinta a domingo o bicho pega e o resultado é, mesmo com todos os percalços, a cidade se interessando pelo produto impresso. Já cansei de ser rotulado de comunista, ‘o vermelhinho’. Isso não me afeta, pois a receptividade sendo boa, tudo demonstra ser esse o caminho correto. Vivemos uma época onde as pessoas se manifestam menos, existe um temor maior em se expor e o jornal cumpre a ampliada missão de ser a voz também desses”. Vê-lo na lida diária, labutando contra as adversidades e conseguindo lançar a cada semana um novo produto, cheio de novidades e provocando interesses diversos, isso o move. Hoje, mesmo ciente de o jornal ser ele, enxerga com esperança um dos seus filhos, 17 anos, ainda no ensino médio, já o estar ajudando em atividades internas (“Ele já batuca uns textos, tem tino)”.

De tudo, a boa conversa se dará logo mais. Por favor, não perca, pois este mafuento continua insistindo nas tais velhas e também nas “novas formas de luta”. Mostrar o que é feito corajosamente, sem amarras faz parte desse processo. É o que resta continuar fazendo, enquanto forças houver.

EIS O LINK DA ENTREVISTA, DURAÇÃO DE 1H11, UMA LIÇÃO DO VERDADEIRO JORNALISMO E CUTUCANDO OS QUE SE DESVIAM E PRODUZEM DA PROFISSÃO UM BALCÃO DE NEGÓCIOS: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/4282512155112094


E PARA ENCERRAR A NOITE ALGO MAIS DO “DEBATE”


HPA SEMANALMENTE n'O DEBATE de SANTA CRUZ DO RIO PARDO - Eis meu artigo de estréia no site deles, debatenews.com.br. Assistam logo mais 19h conversa com Sergio e André Moraes, no 33º Lado B, sobre a história do Debate e o Jornalismo no mundo de hoje.

BAURU, QG FUNDAMENTALISTA PAULISTA PRÓ BOLSONARO

Bauru já teve até prefeitos comunistas, mas isso é coisa do passado. De uns tempos para cá, o povo daqui, que já teve também fama de votar perfilados com candidatos mais à esquerda, acabou aderindo com a nova onda avassaladora tomando conta do país e desde então, pende pro lado mais conservador. Não foge em algo ocorrendo país afora, mas quando ocorre no prórpio quintal, onde existia alguma esperança de algo diferente, daí já é demais. Desalento pra dedéu. Bauru bateu mais de 75% dos votos pró Bolsonaro no último pleito presidencial e agora na última eleição, leva para o 2º Turno dois candidatos neoliberais, ambos bolsonaristas, pouquíssimas diferenças. O roto e o esfarrapado.

Por aqui todos já sabem, Suéllen Rosim não almejava ser prefeita, nem estava – creio ainda não estar – preparada para tanto. No máximo, ser mais conhecida e alavancar sua futura candidatura para deputada. Na falta de uma alternativa robusta, Bauru anda saindo perdendo faz tempo e desta feita, o estrago foi feio. A lua de mel do povo para com a prefeita só não despencou de vez passados esses quase 60 dias da novíssima (sic) administração, pois ela ainda consegue se segurar num discurso moralista, fundamentalista e aliada as tais “forças vivas” da cidade, o aglomerado que dá as cartas por debaixo dos panos e em alguns momentos abertamente, sem escrúpulos e intermediários, passando até por cima do mandatário (a) eleito.

Em Bauru quem dá as cartas não é a prefeita e sim, o coronel Walace Sampaio, presidente do SinComércio local, um senhor de fala mansa, porém dura e incisiva. “Em Bauru o Comércio não fecha”, proclamou e assim está ocorrendo, sem tirar nem por. O governador decreta fase vermelha na cidade, mas tudo continua aberto, flexibilizado e mantido por um conluio englobando a prefeita, vereadores, Judiciário, mídia e parte da população, ludibriada e levada como massa de manobra. Walace no timão. Suéllen não quis confrontar com estes, se aliou, até porque todos são bolsonaristas. Ela é a única prefeita no estado de São Paulo pelo Patriota, o futuro partido onde Bolsonaro vai se abrigar se o seu não vingar. Ela esteve em Brasília dias atrás, não em busca de recursos, mas consolidar Bauru como reduto de resistência (sic) bolsonarista no interior paulista. Voltou de lá cheia de pose e não desceu mais dos saltos. Peita o governador e se abre pro capiroto.


A cidade está abandonada, pois desde que assumiu não pensa em outra coisa, fazer mais e mais seu nome, aproveitando o vento a favor. Reclamações começam a pipocar e neste momento suas preocupações são outras. Na noite de quinta, 18/2, deu um show gospel numa igreja lotada e sábado, 20/2, um carro de som percorre a cidade avisando e convidando todos para a abertura de seu mais novo empreendimento, não em nome do serviço público, mas do privado, uma igreja, propriedade coletiva dela, seus pais, genros. Convidados de fora estão chegando na cidade neste exato momento, quiçá até o próprio Bolsonaro possa aparecer e a tal fase vermelha pode até vingar na cidade, mas pelo que se ouve por aqui, um acordo foi selado e o Covid-19, variante antiga ou nova, terão que esperar e só aportar na cidade após a noitada de arromba.

Do tal QG – Quartel General bolsonarista, quem perde é a cidade num todo, pois até a presente data, desde a chegada deste ao Governo Federal nada chegou de grana viva diretamente. Muitos já se recordam com saudades dos tempos do PT no poder, década de muitos investimentos. De agora em diante, algo idêntico ao modal do mentor, ódio nas relações, confronto o tempo todo, mas quase nada de realizações. Uma cidade abandonada, relações deterioradas, muito jogo de cena e Bauru que se dane. Dizem que ela não sabe mesmo “prefeitar” e que seu negócio neste segmento será curto, pois já na primeira oportunidade quer ir “deputar” em Brasília ou até mesmo, se conseguir se manter sem percalços, um salto maior, candidata a governadora e com apoio de Brasília. Muitos holofotes pro lado dela, pouquíssimos para Bauru. Jogo duro, pesado, feio, nojento e pérfido. Eis o preço pelas escolhas feitas pelos eleitores desta aldeia. Padecer parece ser a sina do bauruense.

Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História.

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