quarta-feira, 10 de março de 2021

FRASES DE LIVRO LIDO (163)


AGORA WALACE QUER FURAR FILA E COMPRAR VACINA AOS SEUS, ALGO AINDA NÃO AUTORIZADO PELO QUE NOS RESTA DE JUSTIÇA
https://www.jcnet.com.br/.../752287-sincomercio-pede-na...

Titio Walace Sampaio reapareceu, após dias escondido dos holofotes e mais uma vez reafirma ser lado CORONEL. Na manchete de hoje do Jornal da Cidade uma dessas atrocidades, crimes contra a humanidade está prestes a se consolidar e tendo mais uma vez o SinComércio, o QG do fundamentalismo na "sem limites" como protagonista. Percebam a barbaridade em curso. São várias ao mesmo tempo, a maioria com real possibilidade de criminalização na inJustiça brasileira. Primeiro, em nenhum momento acossam quem de fato é culpado pelo país estar no descalabro da pandemia descontrolada e causando preocupação mundial, no caso, o Senhor Inominável, o presidente e ex-capitão, seu Jair. Isenta o maior culpado sem ruborizar a face. Criminaliza só uma pessoa, Dória, que tem culpa em todos os cartórios possíveis, mas ao menos produz as vacinas que temos à disposição da população e também as vagas ainda disponíveis e possibilitadas. Do seu Jair, nada até então, mas gente como Walace o adula, passa a mão na cabeça, finge desconhecer suas maldades e perversidades. Ou seja, são do mesmo time.

Mas o que mais pesa para encostar Walace na parede neste momento é o fato dele descaradamente estar em busca de vacinas por conta própria e para finalidades não muito especificadas e definidas. Quer colocar em prática algo usual na vida brasileira, o uso da força financeira sobre todas as demais, enfim, "eu tenho dinheiro, passo por cima das leis e compro com ele o que quiser", mesmo que isso não seja ético, convencional ou mesmo legal. A proposta dele é FURAR A FILA da vacina, comprar no mercado negro ou mesmo num consórcio dos mais escusos sendo montado e ter, primeiro para uso próprio e depois, como propaganda, espalhar para quem dela precisa, ou seja, toda a população.
Cadê o Promotor da Saúde que não o interpela neste momento e impõe que siga a legislação existente? Cadê a mídia investigativa e questionadora que não pergunta nada sobre a inconveniência do que está querendo fazer? Cadê os fiscalizadores vereadores que não o interpelam pela explícita utilização de recursos próprios na desavergonhada compra? Cadê a população que não se revolta e o interpela, a ele e ao Governo Federal, por descaso para com a população, fazendo surgir propostas inconcebíveis como essa?

Seu Walace está doente. Não pela ação da Covid, mas pelo ódio de classe que o faz cada vez mais vesgo, enxergando só o que lhe interessa, cuidando só dos interesses e dando as costas para Bauru e o país num todo. Evidente que a entidade de classe que dirige só está aí para atender os interesses destes, mas cadê a dos comerciários? Não existe junção possível de interesses de um e de outro, são irreconciliáveis. Quando ambas agem umbilicalmente ligadas, algo de muito errado, sem conserto e só danando os mais fracos. Se essa compra se efetivar, Walace estará definitivamente instalado no panteão dos maiores detratores desta varonil aldeia. Todos deveríamos estar com alerta ligado e cobrando da Justiça uma ação imediata para deter o poder dos que creem tudo podem e que se danem o resto. Poxa, o cara não dá uma dentro. Nunca imaginava alguém assim tão cruel, tudo de mal reunido assim numa só pessoa. Onde chegaremos com tamanha crueldade e insensibilidade? A barbárie bate em nossa porta.

DE COMO NUM SIMPLES TEXTO A REVELAÇÃO DO PIOR TIPO DE CONSERVADORISMO, PENSAMENTO ULTRA-DIREITISTA VIGENTE, BEM A CARA DA “MODERNA” BAURU
O texto saiu publicado na edição do Jornal da Cidade de 05/03, tendo como título “O documentário Pelé", da lavra de uma pessoa das mais conhecidas das hostes palacianas desta aldeia, o hoje vereador José Roberto Martins Segalla. Recomendo a apurada leitura, para depois irmos pra alguns rapapés em forma de comentário:

“Não gosto do Pelé. Tenho razões de família para isso. Mas, registre-se, de quem não gosto é do ser humano, do indivíduo Edson. Quanto ao jogador de futebol Pelé, não houve, até hoje, no mundo, ninguém melhor do que ele. E não serão minhas desavenças pessoais que irão impedir que eu assim reconheça. Motivado pela propaganda que insistentemente anunciava que a partir do dia 23 último a Netflix passaria a exibir um documentário sobre o Pelé, programei-me para assisti-lo. Que decepção! Nunca imaginei que a Netflix se dispusesse a isso. Gosto de documentários e a Netflix possui vários deles, o que me permite, vez ou outra, assisti-los. Sempre acreditei que ali estava retratada a realidade, com imparcialidade. Assustei-me, pois não foi o que ocorreu nesse documentário sobre o Pelé.

A parte que diz respeito ao jogador, as cenas de jogos, os depoimentos dos antigos colegas de time, estão muito bem. Contudo, vergonhosamente, os depoimentos dos jornalistas esportivos e de algumas outras pessoas, como Fernando Henrique Cardoso, causaram-me profundo asco. Enveredou-se por uma tortuosa narrativa unilateral, tendo sido entrevistados apenas notórios comunistas, que aproveitaram a oportunidade que lhes estava sendo oferecida de aparecerem para o mundo e, pegando carona na estória futebolística, torceram a história social, denegrindo, vergonhosamente, a imagem do país, principalmente no exterior, onde o documentário certamente será exibido. Deitaram e rolaram falando sobre "o golpe militar de 1964", sobre "os anos de chumbo vividos no país", sobre o "sanguinário ditador Médici" e por aí afora. Juca Kfouri, José Trajano, Paulo Cesar Vasconcelos, Fernando Henrique Cardoso et caterva, pela forma tendenciosa, unilateralista, rançosa com que se pronunciaram, deveriam ser banidos desse documentário.

Não sou alienado. Pelo contrário, minha formação humanista sempre esteve presente. Estava na Faculdade quando da intervenção militar. Casei-me, tive filhos, construí minha história, fui professor universitário, tudo durante estes tais "anos de chumbo". Problemas existiram, mas reconhecê-los não implica afirmar que a narrativa do dito "documentário" é fiel aos fatos. Para ser leal aos meus princípios, já tomei minhas providências. Gravei o documentário e pedi a um amigo que o editasse, excluindo tudo o que não dissesse respeito ao Pelé e ao seu futebol.
Não gosto do Pelé pessoa, mas amo o meu país. Um documentário que afirma que em 1964 o Brasil não esteve na iminência de se tornar um país comunista, e que ignora que foi o povo, com muito orgulho eu incluído, quem pediu que os militares tomassem posição, não merece figurar assim na minha estante”. O autor do texto, escrito na primeira pessoa é segundo o jornal “engenheiro, promotor de Justiça e professor universitário aposentado”. Incluo no currículo o de vereador, bancada do DEM”.

COMENTÁRIOS BEM MAFUENTOS DESTE HPA – Neste texto está muito bem resumida a cara desta Bauru “humanista” e não “alienada”. Reflete como age e pensa as tais cabeças pensantes desta terra varonil, dita e vista como totalmente “sem limites”. Aqui exatamente a carinha das tais “Forças Vivas”, todos muito mais que conservadores, se achando muito letrados, porém iletrados na essência, fora do contexto dos melhores livros de História, pois a entendem somente quando voltada para o atendimento de seus interesses. Não avalio sobre o gostar ou não de algo. Isso é gosto individual. Vou além. Tudo o que pode ter alguma conotação de “esquerda” merece desprezo, nojo, repulsa de gente como ele. Chega ao exagero elevado à sua máxima potência de elevar FHC no panteão de esquerdista. Não entende como, próceres do jornalismo esportivo, os citados por ele, todos eles destoam de sua linha de pensamento, daí imprestáveis. Curioso tentar procurar algum no seu campo e que possa atender seus requisitos básicos de querência conservadora, algo praticamente impossível. Passado tanto tempo, infinidade de livros versando sobre o tema, algo praticamente já de domínio público, continua renegando o Golpe de 64 e o taxa como “problemas existiram” e sem coragem de denomina-lo acertadamente, daí prefere “intervenção militar”. Dói ler algo de gente que teve tanto poder nas mãos, ensinou e julgou, daí expõe sem nenhum receio como se dá o procedimento de sua vida. Simplesmente manda suprimir, anular, eliminar, edita e assim assiste só com o que lhe convém. Junto tudo e tenho deste texto um belo exemplo da cabeça da maioria dos leitores do Jornal da Cidade, os que hoje escrevem e se alinham a linha editorial, todos mais ou menos pensando da mesma forma e jeito. Texto muito representativo da elite bauruense, cidade não diferindo muito do restante do país, mas singular na sua sinceridade. Hoje, com o país em frangalhos, perdição e descaminhos em ação, não proporão nada como saída ou alternativa. Está bem claro o que representam e como enxergam tudo à sua volta. Esse curto texto dá mais que substância para profunda análise do pensamento dominante das nossas elites. Neste momento se tivesse o desprazer de um encontro com o citado cidadão, lhe daria algo mais do que o documentário Netflix, o livro do Jessé Souza, "A Elite do Atraso". Conseguindo chegar ao final, talvez o danado enlouqueça...

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