terça-feira, 23 de março de 2021

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NOTÍCIAS DA BARBÁRIE CAPITALISTA DESTES DIAS: BAURU TEM O DOBRO DE MORTES INFORMADAS DE COVID - AS MORTES INCÓGNITAS DA PANDEMIA
Começo pelo blog Contraponto (https://contraponto.digital/), do jornalista Nelson Gonçalves, sobre o levantamento dos cartórios em Bauru pra ver quantas mortes por Síndrome Respiratória Aguda ocorreram na cidade em 2019 e 2020. Dados baseados somente nas informações da Secretaria Municipal de Saúde e, assim mesmo, a conclusão é a que todos nós já imaginávamos: em Bauru ocorreram pelo menos o dobro de mortes no período de um ano de pandemia. Dados que levaram 40 dias para serem informados, algo sem cabimento, pois se já estão registrados, qual o motivo da demora na divulgação? Ou seja, não dá mais para tapar o sol com a peneira e com certeza os dados estão maquiados. A falha pode até não ser da Prefeitura, mas de quem repassa os dados para quem os compila, porém não a isenta de culpa. Ficou nítida a ocorrência de irregularidade de dados repassados para a população.

Segundo o Contraponto informa, em 2019 foram 16 mortes por SRA – Síndrome Respiratória Aguda e em 2020 foram 247. O total oficial de Covid 299, ou seja, a realidade dos óbitos em Bauru é no mínimo o dobro. São muitos os casos de Covid perdidos por FALTA DE TESTES. A pessoa sente a falta de ar, vai parar na UTI, morre e por falta de teste vai para o óbito como SRA e não como Covid. O absurdo se completa com a fala do Diretor de Vigilância Sanitária de Bauru, Ezequiel dos Santos: “O aumento elevado de óbitos de SRA em 2020, ano da pandemia, se deve a obrigatoriedade de investigação de casos relacionados a sintomas respiratórios, principal ataque da Covid no início. A obrigação foi instituída pelo Ministério da Saúde desde o início da pandemia. O aumento verificado em Bauru também ocorreu no país todo”. Primeiro, qual é essa determinação e qual é essa obrigatoriedade de investigação de casos a sintomas respiratórios. O aumento, na verdade, está relacionado aos casos que estão sendo perdidos pela falta de testes. Obrigatoriedade era a de fazer testes e isso não foi feito em momento algum. Normal para ele é morrer essa quantidade de gente de SRA no ano, daí o número de Covid sai baixo porque não tem uma investigação mais profunda. Hoje a pessoa morre sufocada e vai para o óbito como SRA, simplesmente porque não fez o teste PCR.

Na sequência vem as falas de bom senso. Sergio Antonio, ex-secretário Saúde governo Gazzetta: “Não tínhamos estrutura para exames, a Prefeitura teve que comprar equipamentos e instrumentos para o Instituto Adolfo Lutz fazer os exames. Foram contratados 35 mil testes rápidos e só tempo mostrou que para cada teste havia uma prática, com muitos casos de falso negativo nos exames. A ocorrência de falso negativo ocorreu em larga escala, tanto no setor público, como no privado”. Para o ex-secretário os casos de falso negativo tem incidência sobre o registro de SRA nos óbitos. O que só comprova a tese da mascaração ou maquiagem de dados. Depois a fala de outro secretário, Fernando Monti: “O falso negativo está presente em parte nestes dados, porque a diferença com óbitos antes da pandemia é muito grande. A subnotificação de casos é uma realidade em larga escala. Muitos casos registrados como SRA estão Covid”. Os dois desmentem o que o representante da Prefeitura diz. Pra mim tudo está muito claro, límpido e transparente: no mínimo tivemos o dobro de morte de Civid até a presente data.

Foram ouvidos os especialistas da área, os dois prefeitos, o que saiu, Gazzetta e a atual, a apoiadora de Governo genocida – agora também de Estado genocida, Israel -, a novíssima (sic) Suéllen. Ela na sua fala demonstra desconhecer um mínimo necessário para uma discussão séria do assunto, quando profere: “o descontrole decorre do fato do vírus ter proporções e consequências desconhecidas até hoje, o que dificulta a ação dos gestores”. Olha a barbaridade, absoluto desconhecimento de tudo o que a Ciência já fez, vem fazendo e ainda vai fazer. Isso para mim tem nome: TREVA. Aqui é inevitável, o falar falar falar e não dizer nada, igualzinho fez em sua campanha. Até as pedras do reino mineral sabem que as proporções e as consequências são mais do que conhecidas, inclusive de como o vírus atua e age. Do desconhecimento apregoado pela Ciência, o que ela teria então a dizer do sucesso da China, da Nova Zelândia, da Austrália no combate ao vírus. O Reino Unido outro exemplo clássico e até os EUA, bastando olhar agora com a nova administração o quanto está caindo a quantidade de mortes e infectados. Olha a Alemanha que está trancada até agora e a Merkel dizendo que assim deve continuar por mais um tempo. É uma aberração essa fala da prefeita, jogando a culpa da sua inércia nos outros. E uma aberração o setor da Prefeitura continuar corroborando as teses absurdas que escamoteiam com a verdade. Enfim, a verdade veio à tona. Portanto, se informam ter morrido 300 pessoas em Bauru, escrevam aí, devem no mínimo ter passado de 600. Impossível continuar com a enrolação. E por que não dizem logo a verdade?

UFA! O CIRCO CONSEGUIU IR EMBORA NA MADRUGADA DE HOJE
Depois de uma despedida feita em drops, aos poucos, o que ainda restava de rabicho do Circo de Moscou, embarca para a capital paulista na madrugada de 23/03, 3h da manhã, quando o comboio levando os últimos remanescentes na cidade pegaram estrada. Foi uma saga essa passagem deles pela cidade de Bauru, bem com a cara deste momento pandêmico, quando a Arte cumpre dentro das normas estabelecidas a legislação de isolamento e assim, padece bocado mais do que as demais categorias. A Cultura de fato parou e a legislação é draconiana com o setor. Não existe reclamação por estar sem poder fazer suas apresentações, mas sim por não existir de fato um amparo, um acolhimento aos artistas num todo. Como comprovado na situação do circo em Bauru, cada atividade cultural teve que se virar por conta própria.
Os artistas deste circo padeceram e muito neste mês em Bauru. Foram somente duas apresentações e com público reduzido. Depois só se mantiveram por causa de apoio de bauruenses, com alimentação, dinheiro e assistência, além de incentivar uma Live para levantar recursos. Depois de padecer e diante da continuidade do pior momento no país, conseguiram um porto seguro na capital, com garantia de não pagarem por aluguel de espaço, água, luz e alguma alimentação. Se foram, mas alguns ficaram para trás e mesmo um grande circo como foi o Moscou, não conseguiram recursos para garantir a ida dos que últimos. Bauru se envolveu, algo a mais foi alcançado e agora eles todos já estão todos juntos.

Encerro essa ODE ao Circo com algo a mais de alguém me marcando profundamente por estes dias. Não consigo me lembrar de seu nome. Ele me disse, mas logo de cara pediu para que o chamasse de Barba. Ele é um dos muitos "brucutus" do circo, aqueles que pegam no pesado e levantam a lona, carregam o piano nas costas. Dentro do espetáculo lhe deram uma pequena participação, ou seja, todos por lá, fazem de tudo um pouco, batem nas dez, são todos coringas. Barba foi um gigante quando da enchente na região onde o circo estava. Vê-lo naquele dia carregando nas costas e no meio d'água a vizinha Edivirgens Fernandes foi como presenciar um "Maciste" no meio da luta e salvando os seus. Foi ele quem limpou o Mafuá, todo o barro proveniente da enchente e depois, quis lavar e polir meu carro. Nos últimos dias permiti que pernoitasse no Mafuá e ouvir suas histórias, anos viajando com rodeios e agora com o circo, sempre pegando no pesado, são dessas que não esquecerei jamais. Barba é dessas pessoas onde, tenho certeza, terei saudade. Alguém que, conhece em no máximo uns quinze dias e na despedida era como fossemos amigos de longuíssima data. Dele terei as melhores lembranças da melancólica passagem do Circo de Moscou por Bauru.

O SONHO COM O BANCO QUE NINGUÉM PODIA SENTAR
Perdi o sono. Levantei encafifado com uma história que não me sai da cabeça e não consigo fazer muita alusão dela com algo do triste momento vivido pelo país. Tentei buscar um elo, mas não o encontro. Conto aqui, passo adiante o ocorrido. Estava com muito sono, deitei, dormi e acordei sem permanecer muito tempo na cama. Cá estou, pensando e pensando, sem ainda encontrar dos motivos de como isso se envolveu nos meus pensamentos. Estava numa praça de uma cidade pequena, por volta de 6 a 8 mil habitantes. Reconheci a praça, era a de Arealva. Conheço essa muito bem - ou melhor, não tão bem assim, mas a reconheci. Alguém que não me lembro me contou a história da dona de um carrão preto, vidros fumê, uma das que mandam na cidade. Dizem emprega muita gente, tem muitos pontos comerciais, mandando prender e soltar - isso faz parte do sonho e não sei como pode ser verdade. Ela passeia altiva e resoluta pela cidade, observa os de fora sem abrir o vidro. Confere não sei o que, bota seus olhos sob tudo e quando não gosta, liga para os nos cargos de, por ofício zelar pelos "bons costumes" e impõe a estes que "algo precisa ser feito". Enfim, tudo que a incomoda, se não for mudado, passando a não mais ter olhares desanuviadores, passar desapercebido pelo seu crivo, ela não sossega. As coisas tem que passar batido por ela, pois não passando, ela toma suas providências, sempre ao seu modo e jeito. No meu sonho ela havia participado de uma campanha para reformar e colocar novos bancos na praça central da cidade. Muitas famílias participaram e quando prontos, cada qual tem lá o nome estampado. No dela, dizem os da cidade, ninguém pode sentar além dela mesmo. Só que, nos comentários, ela não entra na praça faz anos. Quando vai na igreja, alguém a deixa na porta e a busca na saída. Não circula pela praça e não senta no seu banco. Dizem que nunca sentou e quando sabe que alguém sentou, cria caso e se for alguém pela qual pode fazer alguma coisa, faz e o incomoda, pois este descumpriu o estabelecido. Todos sabem ou ao menos devem saber, no banco dela ninguém senta. Nas suas voltas com o carrão preto, ela circula muito pela praça e nessas idas e vindas, sempre volta levemente seu pescoço para ver se alguém está sentado no banco que ela patrocinou. Não sei como termina essa estória, até porque perdi o sono e não sei se conseguirei retomar de onde parou. Nem sei se existe a tal dama, dona da cidade e com um carrão preto. O fato é que da praça me lembro, era mesmo a de Arealva. Também não consigo entender como fui enfiar a praça de lá no meio do meu sonho. Vou tentar voltar a dormir e deixar de pensar na história do banco que ninguém pode sentar. Enfim, eu só quero dormir e nessa noite, nem isso consigo direito.

Comentário de GLEISON SALLES CONTADOR: "E eu achando que na estória do seu sonho, o homem deitado no banco ia dar um corretivo verbal na senhora do vidro fumê, pois não pode sentar, mas deitar pode????".

Minha Resposta:
Na noite mal dormida, levanto às 4h24 para urinar e confiro minha publicação no Facebook. O sonho não voltou e ficaria inconcluso, não fosse o Gleison me sugerindo um final, acatado de imediato. Vai da imaginação de quem quer consertar o mundo. Conta a lenda que a mulher do carrão preto passou certo dia na praça e viu um homem ali dormindo. Ligou para seus apaniguados, mas não sei porque cargas d’água estes não atenderam. Muito incomodada, ela mesmo decide resolver a situação. Estacionou na praça e dirige-se ao local, sendo seguida por um séquito, pois todos já imaginavam um belo de um “barraco” pela frente. Depois de muito tempo, voltava a senhora a andar na praça. Em passos firmes chegou até o banco, acordou o dorminhoco e lhe dirige ríspidas palavras. O atônito cidadão, esfrega os olhos e vê diante de si alguém conhecido, mas a deixa prosseguir. Ela esbraveja até não mais poder e por fim, diante de um senhor ouvindo tudo calado, vendo-o também inerte diante da exigência para que deixe o local, profere a famosa frase: “Sabes com quem está falando?”. Só daí ele se levanta, ajusta a amarfanhada roupa no corpo, esfrega os olhos, encara a oponente e desfere o golpe fatal: “Sim, sei. Não sou daqui. Estou aqui de passagem. Vim aqui exatamente por sua causa. Sou de longe e vez ou outra compro seus produtos, os que fabrica na cidade. Desta feita, o motorista do meu caminhão adoeceu e como tinha compra feita, com pagamento na entrega, vim eu mesmo. Cheguei cedo, vi a linda praça, sentei, depois deitei, olhei para o céu, as árvores sorriram para mim e adormeci. Olha as coincidências desta vida, sou acordado justamente pela dona do negócio que me dirigiu até aqui. Não foi bem o cartão de visitas que gostaria e sim, hostilidade por ter se utilizado de algo público, dito por ti como teu. Ouvindo todas as baboseiras, repensei o negócio. Não posso passar para meus clientes, produtos feitos por alguém tão insensível. Trouxe a grana em espécie para lhe facilitar a vida nestes tempos, mas diante do que vivenciei aqui, a única certeza que tenho é da necessidade de buscar novo fornecedor”. Levantou, saudou-a com seu boné, deu-lhe um sonoro “passar bem” antes de atravessar a multidão que rodeava a contenda, ligou o caminhão e ganhou a estrada. A dita mulher do carro preto, dizem os munícipes, voltou para seu carro sem dizer uma só palavra e de tudo, algo de bom aconteceu: nunca mais encheu o saco de ninguém por sentar no banco por ela patrocinado. Creio eu, o final pode ter ficado um tanto piegas, destes bem ao estilo modão, com lição de moral no final, mas no momento foi o que veio à mente. Agora sim devo dormir o sono dos justos. E quem me sugerir outro final, que o conte, pois toda estória merece vários. Este é só um deles. Por fim, encontro foto da citada praça e a publico, possibilitando outra viagem para quem teve a paciência de ler tudo até aqui.

A CULTURA EM BAURU RESISTE E UNIDA ENFRENTA O QUE VEM PELA FRENTE
Assistam o link de vídeo circulando hoje na cidade, resposta da Cultura local pros acontecimentos na cidade: https://www.facebook.com/marizabasso.formasanimadas/posts/10225242931208464

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