quarta-feira, 7 de abril de 2021

ALFINETADA (202)


NO DIA DO JORNALISTA, UMA TRISTE CONSTATAÇÃO: OS QUE VIERAM PARA ELOGIAR A PARTE CONTRÁRIA
O Brasil é uma terra infiltrada, onde muitos se apresentam como cordeiros, mas na verdade são mais que lobos. Se fingem de santos, quando na verdade o são, mas do pau oco. Neste Dia do Jornalista, não venho aqui para reverenciar os tantos que, lutam desmedidamente em busca de textos esclarecedores destes tempos. Estes todos são mais que merecedores de apupos. Todos os envolvidos nessas questões sabem muito bem dignificar estes todos, imprescindíveis nestes tempos, pois mesmo na adversidade, não desistem, insistem e persistem, enfrentam o touro à unha e não se amedrontam e nem desistem. Atuam muitas vezes dentro de uma adversidade quase incontornável e assim mesmo, estão aí, na labuta diária, como diria Roque Ferreira, "nas ruas e nas lutas". Aqui em Bauru existem muitos desta estirpe e poderia escrever laudas e laudas destes. Estes eu homenageio todos os dias do ano, cito seus nomes regularmente em meus textos.

Mas justamente neste dia, aqui compareço para lembrar de outros, os exatamente ao contrário. Não tenho problema algum em elogiar a parte contrária quando merecedora do elogio, mesmo sendo adversário e estando no lado oposto do qual milito, acredito e luto no dia a dia. Em muitas contendas ao longo da vida, mesmo quando em campos adversários, em alguns momentos mesmo contumazes adversários acabam por se posicionar no mesmo lado em alguma momento e assim seguem, pelo menos naquele tema. Isso é perfeitamente normal.

Isso é uma coisa, outra são os que, se aproveitando de um lance de sorte do lado contrário, passam a mostrar sua verdadeira face. São o perigo em forma de texto isento e transparente. Nestes quatro meses de desGoverno da novíssima (sic) prefeita bauruense, Suéllem Rosim, mesmo o desavisado e desatento jornalista, já percebeu de forma bem nítida em que lado do ringue se encontra os interesses e a toda a ação da prefeita eleita pelo Patriotas e dizendo amém a tudo que vem lá do seu mentor, o ex-capitão. Impossível dourar a pílula. Quem ainda não percebeu dentro do meio jornalístico o que está em curso é merecedor de um coça. Não contemporizo com quem tece elogios a ela e age como isento. Existe os que estão atuando à serviço dela, com a mesma linha e existem também muitos atuando dentro da esfera da Prefeitura, atuando dentro dos preceitos jornalísticos mais nobres, sem se vergar, apresentando os fatos jornalísticos. Trato estes últimos com respeito, até por ter ciência do que passam em sua atividade. O que desmereço são os que, aqui do lado de fora, aproveitam um fato positivo ocorrido dentro da administração, talvez o único, para elevá-la aos píncaros da glória. Não dá. Decididamente, não dá. Com estes, nenhuma paciência e respeito. Pensam que enganam a quem?

E antes de terminar, um efusivo VIVA para os aguerridos (as) jornalistas em seu dia, mais que nunca, necessários nestes dias de muita informação, mas pouca realmente confiável e ocorrendo dentro da verdade factual dos fatos.

EDSON FERNANDES CONTA A HISTÓRIA DE BAURU AINDA POUCO DESVENDADA - ISSO SIM É ALGO REVOLUCIONÁRIO, TRANSFORMADOR, CONHECER DE FATO O PASSADO
Edson é desses que não desiste nunca. Persistente como poucos. Vai a fundo e desta feita, dá continuidade a outros livros anteriormente publicados, recontando a história bauruense segundo a versão do povão, os grandes perdedores. Este professor além da seriedade do que produz, trata-se de um ótimo papo, dessas conversas que quando iniciadas, rende pra dedéu. Papo sem fim. E quando o assunto é História, daí algo inolvidável. O fato é que Edson pesquisa, vai fundo, vasculha e isso não só dói, como toma tempo. Todo historiador e pesquisador tem que ter no mínimo essa predisposição para ir buscar a fundo, catar gravetos aqui e ali, depois juntar tudo.

Paciência faz parte desse negócio. Ele tem e muito, tanto que, desta feita, vasculha os primórdios da nossa história, período de 1903 a 1924. Neste curto espaço de tempo, com a chegada das ferrovias e o dito progresso, evidente que as forças de poder estavam se consolidando e junto delas, até para se estabelecerem de fato, usaram de muita violência - na verdade, usam até hoje.

"Tempos de Violência - Brutalidade, contravenção, estupro, suicídio no interior paulista no início do século XX" é destes livros pra entrar pra História, pois tudo o que nos foi contado e lido até agora, na imensa maioria do encontrado, mostra a visão dos vencedores e a proposta desta obra é mostrar exatamente o outro lado. Ele dividiu a obra em três temas: a violência cotidiana, a violência contra a mulher e a violência contra a própria vida. Essa ocupação e povoamento das regiões aqui do centro oeste paulista possui muito a ser desvendado, pesquisado e publicado. Edson resgata parte dessa história e sua obra, editada pela Mireveja (http://www.instagram.com/mirevejaeditora/) está à venda por R$ 49 através do site. Dessas leituras mais que imperdíveis para estes tempos. O bom de tudo é a conversa que gera após a leitura. Essa não tem preço.


ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS, HOJE NA RÁDIO BRASIL ATUAL
"Eu e Tatiana Calmon Karnaval tentando fazer um vídeo pro stories... Hahaha...
Aliás, é hj, às 20h15, na página do Samba é Resistência e na Rádio Brasil Atual 89,9, em São Paulo!
Vai ser top!", Cátia Machado. Eis o link da chamada que as duas cantantes fizeram da forma mais hilária deste mundo: https://www.facebook.com/catiamach/posts/4269370609742719

O PÉRFIDO AUXÍLIO EMERGENCIAL BRASILEIRO
Brasil chegando bem perto dos 500 mil mortos no geral e dos 5 mil por dia, ou seja, necessidade mais do urgente urgentíssima de um lockdow pleno, severo e garantindo o sustento dos seus cidadãos, até para ter salvo tudo e todos, os negócios e, principalmente as pessoas. No capitalismo burro praticado pelo ex-capitão, um auxílio emergencial irrisório, tipo esmola, enquanto fossemos sérios, tivéssemos um governo decente, pensando no povo, no mínimo uma ação dura neste momento, implacável e com respaldo na Ciência, com olhar para todos os que necessitam não só viver, mas manter seus negócios vivos. Não, no Brasil atual, não existe sensibilidade e sim, descalabro, ladeira abaixo em tudo. Na comparação do auxílio emergencial com muitos outros países a percepção do buraco onde estamos enfiados. Quando já podíamos estar saindo da situação, estamos cada dia nos afogando mais, fundíssimo de um poço ainda sendo cavado. O FORA BOLSONARO não é para hoje, é para ontem, mas ainda dá tempo, basta o querer coletivo.

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