terça-feira, 11 de maio de 2021

BEIRA DE ESTRADA (137)


ALGO SOBRE A DENÚNCIA COHAB: ESPÉCIE DE SATISFAÇÃO PARA A SOCIEDADE E O QUE MAIS MESMO?
Mais do que nunca, nós, os pobre mortais, alijados de tudo, inclusive de informações conclusivas, precisamos mais e mais PENTELHAR, questionar, perguntar, inquerir, pois tem muita pergunta sem resposta e muita gente graúda sem citação no tal documento circulando pelas redes sociais e sendo comentado por todos os cantos de uma cada vez mais insólita Bauru.

Em primeiro lugar, cada vez mais a certeza de que, com a publicação hoje de apenas duas notas curtas na coluna Entrelinhas, o JC se mostra como sempre o foi, mero instrumento político. Quando a matéria deveria estar sendo destrinchada e com manchete de primeira página, meras duas notinhas e mais nada. Um horror.

Todos os vereadores citados, viagens para lá e para cá, demonstrando o quando se apequenam e se contentam com uma simples passagem para se perfilarem no bolso dos poderosos de plantão. Porém, algo bem claro e exposto, não existe denúncia contra eles, nada formalizado, só o fato de terem aceito benesses pessoais. Com o que se tem em mãos, infelizmente não existe ainda nenhuma possibilidade de pedido de cassação de mandatos.

Sabe do que senti falta nas denúncias até aqui apresentadas? Dos graúdos. Cadê as empreiteiras nessa história. Não vi citação de nenhuma em nenhum momento e olha que vasculhei, fui e voltei no textão de 545 páginas. Elas estiveram por lá o tempo todo, mas pelo que se vê estão isentas, impolutas e nenhuma mensagem de desabono. Sei que, a maioria do divulgado é o contido em troca de e-mails, mas creio eu, falta algo sobre esses vetustos empresários. Ou seriam todos santos?

Experimente você que aqui me lê fazer uma saque único de dez mil reais num banco qualquer. As exigências são muitas, desde provisionamento, a reserva e talvez tudo de um dia para o outro. No caso do presidente da Cohab, os saques mensais foram de aproximadamente $ 400 mil reais mês, ou seja, tudo teve que ser negociado com alguém de dentro do banco. Alguém ia autorizando os saques, sempre fora de qualquer padrão e normalidade. Não levantou nenhuma suspeita? Sei que tudo faz parte do grande "circo místico" onde somos somente público e com a mera função de bater palmas e apupar, mas que é estranho, isso é e muito.

Minha modesta conclusão é só uma: o resultado até agora me parece ser mais uma mera satisfação para a sociedade. Muita espuma e pouco líquido. Até agora muito barulho e poucos nomes de fato. Tem lá o presidente, alguns diretores, familiares deste e as gravações de benesses. E ao todo foram sacados $ 55 milhões de reais. Quem estaria ferrado de fato? Gasparini Jr assumirá sempre tudo sozinho? Quem vai ganhar uma boa grana com isso tudo são os advogados contratados para defender os réus e os que ainda não tiveram seus nomes divulgados, pois estes devem estar promovendo mágicas nos bastidores e para isso, como sabemos, cobram e muito bem.

Essa minha modesta forma de PENTELHAR sobre o tema do momento e como as conclusões estão longe de conclusão, que ao menos possamos continuar a fazê-las, dia após dia, pedra no sapato desses malversadores do dinheiro público.

JUSTAS COMPARAÇÕES – ROMERO JUCÁ E EDISON BASTOS GASPARINI JUNIOR
Em 2016, numa informal conversa o então senador Romero Jucá (MDB/RR) sugere um acordo nacional, ou pacto, para “delimitar” a Lava Jato com participação do Supremo e por pra escanteio, chutar para longe a esquerda e tudo o mais que ainda os atrapalhavam de chegar ao poder. “Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]... É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, sugere o empresário Sérgio Machado da Trasnpetro. A resposta de Jucá se tornou não só antológica como, repetida daí por diante, virou mantra do que de fato ocorreu, o grande pacto para sacar de vez, não só Dilma Rousseff, mas tudo o mais que pudesse ter algum tipo de conotação popular: “COM O SUPREMO, COM TUDO”. “Com tudo, aí parava tudo”, anuncia Machado. “É delimitava onde está, pronto”, afirma o senador peemedebista.

A frase COM O SUPREMO, COM TUDO é o melhor exemplo do que ocorreu com o país daí por diante e vigora até hoje. A grande união em prol do que hoje desembocou no desGoverno do ex-capitão. Não existe hoje a menor dúvida: ocorreu de fato esse grande acordo, onde tudo, mas tudo mesmo esteve atuando de forma conjunta, selado acordo. Deu no que deu. Hoje, Bolsonaro praticamente arruinou com o país e Sérgio Moro, até então o novo salvador da pátria, também já comprovadamente defenestrado e desmoralizado por conluios fora-da-lei.

E a história se repete em Bauru, agora com a divulgação do documento autorizado sua divulgação pelo GAECO, o DENÚNCIA COMPLETA DA OPERAÇÃO JOÃO DE BARRO, onde num certo momento, o então presidente da COHAB, Edison Bastos Gasparini Junior, profere frase de igual teor e envolvendo, os que estariam sendo pagos para investigar e desvendar, acompanhar de perto de não deixar malversações ocorrer, mas agiam de forma disforme e desconectada de suas originais funções. Escreveu e está lá registrado: “ELES SÃO TODOS NOSSOS”.

Esse tipo de frase é muito reveladora, pois representa a certeza que, alguns possuem no que estão a fazer, espécie de acordo já selado, paramentado, carimbado, sacramentado e em três vias posto em execução. Não tendo mais nada a comentar, creio que, Edison, sabia muito bem o que estava dizendo, enfim permaneceu no cargo, durante tempo recorde, algo inédito e nesse período, como se percebe, conquistou corações, tudo pelo seu forte poder de convencimento, arrebatador galanteador. As frases dizem por si, não necessitando de comentários adicionais para o bom entendimento do que estava em curso em ambas circunstâncias. Daí, dou razão para aquele vereador profetizando sempre que acionado, falando pouco, mas sempre com o mesmo bordão: “Tá tudo dominado”.

OS PADECENDO PELA AÍ
O entubado da foto é o RÉGIS, famoso cantante sertanejo destas plagas, fazendo dupla justamente com sua companheira, a ROVÂNIA. Ele neste momento está se safando de complicações da covid, em recuperação e ambos, até antes da pandemia vivendo exclusivamente da música, mais de 20 anos de estrada, tocaram por tudo quanto é lugar aqui e na região. Quando tudo parou com a pandemia, eles se viraram como puderam e o fizeram vendendo churrasquinho no bairro onde moram, o Gasparini. A profissão dele é músico e ainda no estaleiro, vive momento dramático em sua vida, clamando para que os amigos se aproximem e juntos, sem ninguém largar a mão de ninguém, todos consigam lá na frente sair juntos disso tudo.

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