quinta-feira, 29 de julho de 2021

CENA BAURUENSE (216)

AS CENAS SOB O OLHAR DO MAFUENTO HPA E DOIS TEXTOS, UM PARA COMEÇAR OUTRO PARA ENCERRAR O DIA

PRA COMEÇAR

"PRECISAMOS SER MAIS AGRESSIVOS NA DEFESA DA VIDA"

Ontem, após tomar conhecimento da causa da morte do poeta Lázaro Carneiro, em tratamento por outro problema médico, se infecciona por Covid dentro do Hospital de Base, vindo a falecer rapidamente e daí, a advogada Maria Cristina Sant'Anna Zanin posta algo, servindo de séria reflexão de tudo e todos dos entornos desta questão:

"Como jurista profissional do direito, sempre … só consigo pensar nos tantos erros médicos, que estão sendo cometidos nesses hospitais, erros de procedimentos, avaliação… etc… essa medicina ortodoxa mercenária, que visa o capital e não o ser humano (capaz de apoiar fascista, receitar de forma irresponsável e criminosa ivermectina, tratamento precoce que não existe … que privilegiam laboratórios e não o ser humano. Esses representantes NÃO DEVEM FICAR IMPUNES… Só consigo pensar que a submissão a essa categoria (raras exceções) não aceito. Desculpem nada trará mais a vida de volta dos nossos filhos, irmãos, amigos, parentes … tenho dentro de mim a certeza de que diante dessa guerra que estamos, não podemos mais sermos subservientes, submissos a muitas situações e Chega!!! É tempo de luta, muita luta contra determinados inimigos. O tempo urge….. nada será como antes. Exige determinação, mudança força, muita força… tb enfrento com meu filho à sua sobrevivência e vida. Como mãe e profissional tenho visto, questionado médicos, procedimentos e exijo relatórios por escrito de tudo que fazem. Algumas pessoas que tomaram a vacina estão sendo infectados por culpa direta das administrações, hospitais, médicos, governo, laboratórios, malditos covardes. Privilegiam o dinheiro e o poder. Façamos da nossa tristeza, angústia, virar indignação e resistência para lutarmos e mudar nosso modo de agir. Precisamos ser mais agressivos na defesa da vida".

Lhe respondi: "nós enquanto povo, nação, não sabemos lutar e se defender. Na imensa maioria das vezes, como agora, aceitamos o que o hospital usa de justificativa e sem querer ao menos ver o prontuário de como tudo transcorreu. Temos que exigir isso e não o fazemos. Simplesmente aceitamos".

Ela conclui: "Se for o hospital Estadual saibam que existe um surto imenso de COVID ali, médicos, enfermeiros infectados, sem equipamentos e muitos procedimentos negligentes. Quero saber quais medidas urgentes foram adotadas pela administração do hospital, governo, secretaria estadual, prefeitura".

Não foi no Hospital Estadual e sim, no Hospital de Base. De todos os nos devendo muitas explicações, excluo e sei, Zanin também o faz, está a categoria profissional que atua nos hospitais, não os médicos, alguns coniventes com tratamentos totalmente ineficazes, mas enfermeiras, técnicas em enfermagem e todos os demais no entorno, propiciando ambiente com um mínimo de condições de funcionamento. O quadro servidor é bom, merece elogios e os questionamentos feitos valem para os dos degraus acima. Discutir procedimentos e o paciente passar a ser informado de fato de tudo o que lhe acontece, algo primordial nas internações, algo ainda insipiente no Brasil, principalmente no de hoje.
Em tempo: A ilustração deste texto é "O sono da razão produz monstros", de Francisco José de GOYA.

CENAS MAFUENTAS
01. Em 22.06.2021 publiquei: "Ontem Ruben Souza havia postado uma foto de casarão sendo destalhado no cruzamento das ruas Rio Branco com Bandeirantes e com os dizeres: "aparenta estar sendo demolida". Fui conferir hoje pela manhã e pela foto, isso mesmo, demolição, algo pelo qual a tal da "modernidade" bauruense e brasileira não escapa, a irreversibilidade dos proprietários de imóveis antigos, preferindo por abaixo do que manter algo com os olhos do passado. Hoje ainda está indo, amanhã já foi".
02. Em 23.06.2021 publiquei: "Hotel Avenida, avenida Rodrigues Alves esquina com rua Monsenhor Claro e o varal nas janelas, algo trivial com novos moradores".
03. Em 24.06.2021 publiquei: "Muitas oferendas, pedidos, clamores e orações, filas de gente em busca do algo mais salvador neste mundo cada vez mais envolvo num véu obscurantista. Na vitrine da Casa 7 Linhas, na Gerson França, bocadinho da esperança buscada por muitos".
04. Em 30.06.2021 publiquei: "Esquina esquecida da praça Gomes de Araújo com rua Pedro de Toledo, beirada dos trilhos da Sorocabana, local bucólico, esquecido e de mera passagem, quando os olhares são meramente de soslaio, quando muito de indagação sobre o que já se foi e o que se é no presente".
05. Em 01.07.2021 publiquei: "Se existem pequenos negócios, desses inexplicáveis de continuarem com suas portas abertas, eu sempre que passo pela gare ainda imponente da estação da NOB e vejo ali do lado, junto ao ponto dos ônibus circulares, uma diminuta banca, quase defronte o hoje fechado Hotel Cariani, funcionando vendendo tão pouca coisa, tenho a certeza de estar diante de um gigante, desses que consegue realmente extrair água de pedra. Estes eu valorizo até a medula, pois são imensamente grandes, pela resistência demonstrada".
06. Em 08.07.2021 publiquei: "Nos tempos atuais, a maioria das mudanças cabe inteira na carroceria de uma pequena pick-up e assim atravessam a cidade de um lado a outro. Aqui quando uma delas passava pelo viaduto João Simonetti, o desembocando na rua Treze de Maio, caminho de novo lar".
07. Em 15.07.2021 publiquei: "Os "enjaulados" de Bauru - Com estes a gente faz assim, passa diante da casa, buzina é acionada e quando saem no quintal, acenamos e conversamos mantendo distância. Aqui defronte residência de Ana Maria De Carvalho Guedes e sua calorosa recepção. Revendo amigos e considerados dessa forma e jeito".
08. Em 19.07.2021 publiquei: "Triagem Paulista, ao lado do Jardim Guadalajara é o sinal do abandono férreo em Bauru, aqui numa foto tirada do outro lado, vista do Mary Dota e pelo que se observa, muitos itens móveis tombados ainda na administração Nilson Costa, como vagões, guindastes, locomotivas sumiram, desapareceram com o tempo. Existiria ainda hoje meios de levantar o que ainda existe de fato preservado ou desistimos de tudo e deixamos mesmo o tempo ir dando sumiço dessa parte de nossa rica história? Enfim, como querer discutir preservação quando tudo vai se perdendo e poucos ainda estão dispostos a meramente discutir esse assunto?".
09. Em 22.07.2021 publiquei: "Ontem, esquina da presidente Kennedy com Luiz Bagnol, vila Cardia, o gato na espreita e os pombos comendo sua ração. Esperei para ver o resultado e ao fim, ele me pareceu não querer dar o bote fatal. Só assustou, os pombos se foram e ele ficou ali só olhando para eles, que não voaram longe, mas só esperando ele virar novamente a esquina para se aproximar da comida grátis na calçada".
10. Em 23.07.2021 publiquei: "O pai da aviação, Santos Dumont está registrado com seu 14 Bis, na parede de barbearia, bem ao lado - de fora - do Aeroclube de Bauru, este homenageando outro no quesito mundo áereo, o hoje claudicante astronauta brasileiro - este do lado de dentro. O dândi Dumont nos representaria melhor em todas circunstâncias".


PRA ENCERRAR
POR QUE NEM TUDO É PUBLICADO? POR QUE ALGUNS TEMAS E PESSOAS SÃO PRIVILEGIADAS E OUTRAS (OS) NÃO?
Penso na questão ao ler pelo jornal DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, algo ocorrido em Bauru, mas aqui pouquíssimo divulgado. O jornal da cidade vizinha produziu matéria sobre o fato de uma ex-juíza que havia ali atuado estar sendo investigada por ter tomado vacina com suposto atestado falso. O fato não se deu lá e sim aqui, caso bauruense, onde a juíza hoje atua e aqui, a imprensa massiva nada diz, escreve ou fala. Por que tive que ler algo sobre o tema no jornal de fora e nada na imprensa local, a bauruense? Eis o link da matéria: https://www.debatenews.com.br/.../ex-juiza-de-santa-cruz...

Enfim, a matéria não merece publicação? Sim, merece, mas além da questão do ocorrido, se faz necessário entender e analisar algo no entorno de questões similares. Estou neste momento ouvindo a rádio argentina 750AM, programa matinal "La mañana", como Victor Hugo Morales e ele no editorial do dia versa sobre o tema. Dizia ele do "medo brutal contra a mídia hegemônica, o pouco ou quase nada de alguns e tudo e mais um pouco de outros. Temas não são publicados, mas os mesmos envolvendo outras pessoas, são dissecados à exaustão. Hoje, o medo é paralisante na conduta das pessoas. Poucos querem cair em desgraça com o poder estabelecido e no caso da imprensa, poucos são os que fazem algo para cair em desgraça com publicações hegemônicas". Penso e reflito sobre o assunto. Victor Hugo dizia sobre sua luta contra o diário argentino O Clárin e nada seu positivo ali é publicado, só negativo, enquanto o oposto ocorre com outros políticos, que fazem e produzem barbaridades, mas são endeusados.

Misturo as duas situações e tento concluir na mesma linha. Podem me dizer que, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Sim, pode ser, mas se juntam no atacado - e também no varejo. Noticiar um fato como o da juíza me parece normal, mas quando não o fazem e o fariam sendo outros os personagens é algo mais do que preocupante e diz respeito aos tais dos limites e do jornalismo praticado dentro da "verdade factual dos fatos" (termo muito usado por Mino Carta). Enfim, de que vale um jornalismo que informa parcialmente e magistrados não são deuses, mesmo que alguns assim o tratem? Boa questão para conversa de longa duração...

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