domingo, 18 de julho de 2021

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (139)


D E N Ú N C I A
NA BAURU DA PREFEITA BLOGUEIRA A INFORMAÇÃO SAI PRIMEIRO NO SEU POST, DEPOIS NO SITE DA PREFEITURA
Às 10h45 da última sexta 16/07, a blogueira, também já sendo chamada de IncomPrefeita Suéllen Rosim, posta em suas mídias sociais, Twitter e Facebook uma notícia em primeira mão, enquanto nas mídias oficiais do município, Facebook e site bauru.sp.gov.br, a notícia só saiu apenas após às 11h. Quinze minutos de diferença, mas algo sui generis no quesito informação privilegiada e sendo repassada para, em primeira mão diletos amigos, depois a população num todo.

Recebo a informação de atento munícipe e aqui repasso com o mesmo questionamento que me fez ao me passar os dois prints feitos por ele, o do post da imPerfeita e, logo a seguir, no do site oficial da Prefeitura: “Quer dizer que, notícia de primeira mão para os munícipes sai primeiro nos blogs da prefeita???”. Pelo visto SIM.

Ele continua me questionando: “Os agendamentos pra vacina de sábado se esgotaram em 25 minutos. Praticamente só quem acompanha os posts dela conseguiu agendar. Sabemos que a procura pela vacina está altíssima, e essa hoje sendo distribuída, a faixa de idade com mais pessoas no país. Foram questão de 15 min a 30min de diferença entre um post e outro, mas foi o suficiente pra muita gente perder a chance de agendar já no sábado”.

E daí ele me faz a pergunta que não quer calar e a repasso para questionamento geral: “Será que estou sendo muito "encrenca" ou estou certo na minha observação?”.

Não, ele não está sendo muito encrenca e nem está vendo pelo em ovo. O que está em curso é algo muito perigoso. Eu, como não privo de seguir a prefeita, me sinto colocado desde já num posicionamento de inferioridade perante outros tantos, os seus fiéis seguidores. Enfim, essa é a correta forma de se manter bem relacionada com fãs, fiéis e seguidores? No mínimo, COISA FEIA, no máximo, merece mais do que um puxão de orelha, pois não é assim que se administra uma cidade. Por atitudes como essa, Bauru já percebeu estar diante de alguém muito despreparada para o exercício de suas funções.

No sábado, ontem, 17/07, as filas continuaram por todos os locais de vacina na cidade. Os primeirões da fila seriam aqueles que conseguiram receber a informação pelos sites normais ou pelo pessoal da prefeita? A verificar...

RESPOSTA NA LATA:
"Isso acontece há bastante tempo. Quando a questionei em outra oportunidade, fui bloqueado. Insisti com a cobrança de mudança de rumo no Facebook e também no Instagram da Prefeitura.
Nenhuma resposta.

Enquanto isso a Câmara e o MP se fazem de cegos.

Esse comportamento fere o princípio da impessoalidade (princípio constitucional)... ela está tirando proveito pessoal de informação pública e angariando seguidores, já que a informação "privilegiada" de sua rede pessoal, permite que as pessoas que tomam conhecimento lá levem vantagem, como no caso do agendamento das vacinas.

Isso para mim merece, no mínimo, uma investigação pelos vereadores e pelo MP... Isso cheira à improbidade, no mínimo", advogado Marcio Machado.

DUAS PESSOAS
01.) IZAIAS SILVA, "BAIANO" DE PORTAS ABERTAS
Gosto demais de escrever de gente amiga, batalhadora e arregaçando as mangas e indo à luta. Izaias foi meu inquilino lá na casa ao lado do Mafuá, tempos onde era caixeiro viajante, menino novo, olhos coloridos, ele enfeitiçava as donas de casa nas cidades da região quando batia em suas portas oferecendo cestas básicas a preços módicos e condições a perder de vista. O danado conseguia tirar leite de pedra e contava histórias de estrada encher os olhos. Em cada porto, ou melhor, cidade, sempre algo novo. Parou quando vislumbrou algo novo em Bauru, após morar bom tempo em Bariri e lá ter percebido um local pequeno para abarcar todos seus sonhos. Eu o percebi gostar daquele gosto de viajar, estradar, mas ele queria algo mais. Vivia pra suas aventuras. Logo depois conheceu o amor de sua vida, moram juntos e ele se aquietou, foi ser Uber. Uma delícia ouvir suas histórias, mesmo as tristes de suas pedaladas por aí. O menino conseguiu ir levando a vida sem sofrer percalços, pois como todo bom "baiano" (seria ele mesmo baiano?), sabe ir se safando de todos os enroscos. Mora na quadra de cima do Mafuá e guarda o carro ali na vaga livre do hoje modorrendo lugar onde antes fazíamos homéricas festas.

Dias atrás me contou de seus planos de alçar novos voos. Com a alta do combustível e com as condições dos uberes em Bauru - e no mundo - em declínio, até pela quantidade exagerada de gente no ramo, ele sentia que por ali ficaria patinando na vida. Conversou com o irmão e juntos conseguiram abrir uma pequena porta lá pelos altos do Mary Dota e deram o nome pelo qual é chamado, "Baiano". Ele sabe que hoje o ramo onde se meteu é o que mais tem portas se abrindo na cidade, mas me diz também resoluto: "O Baiano, seu Henrique, ele sabe como fazer, ele só não gosta muito de fazer, mas quando decide, sai debaixo". E desde então, coisa de uma semana atrás, ele está lá, em plena pandemia, tomando todos os cuidados de portas abertas, vendendo bebidas, cigarros, alguns comes, algo de tabacaria e esbanjando simpatia na região. é fácil chegar lá. Entrando no bairro pela Marcos de Paulo Rafael, acabando o muro do frigorífico, entre a direita e nome meio do quarteirão, lá está o novo negócio do sempre garotão, cheio de gás e disposição. Adoro conversar com ele, pois ele sempre está a demonstrar otimismo e sempre animado. Ele, mais do que ninguém sabe de suas dificuldades e da enorme concorrência, mas quando o vejo sorrindo, olhos brilhando, ele já enturmado com a vizinhança, apostando em algo novo no bairro após a inauguração da pista de skate, algumas quadras abaixo, vejo que, esse cara tira mesmo leite de pedra. Sua porta é pequena, mas isso não é empecilho, pois pra quem já vendeu cesta básica de porta em porta, cidade em cidade, esse é só mais um degrau em sua vida. Hoje cedo, eu sai lá da Baixada do Silvino e fui tomar uma com ele lá no coração do Mary Dota, tudo para conhecer onde estará agora metido e suando a camisa para ganhar a vida. O meninão dos olhos coloridos abre suas portas cedo e fecha tarde, sozinho por lá, aprendeu a preparar drinks e sabe que, dali vai em breve pra outros lugares, até chegar onde seus sonhos alcançarem. Ontem chegaram as grades para a frente de seu estabelecimento e agora, ele pode tranquilamente ir lá detrás do balcão preparar o drink dos clientes sem sustos. Izaias tem na face a imagem desses que insistem, persistem e resistem. Torço muito por esses.

02.) PELEZINHO, O NOSSO MAIS FAMOSO PERSONAGEM DAS RUAS
Dias atrás vejo circulando pelas redes sociais mais uma das poucas fotos com o imortal personagem de nossas ruas, PELEZINHO, que décadas atrás, circulava pela ruas centrais com seu jeito alegre e irreverente, deixando marcas eternas nesta cidade. Montinegro Monti, meu amigo e colaborador, pois este quando toma conhecimento de algo novo, faz questão de me repassar, me envia a foto que já havia visto e nela, grava áudio com informações sempre precisas de sua visão dos movimentos das ruas bauruenses. é sempre muito bom poder contar com gente como o Montinegro, pessoa como eu, plugada em 220 volts com essas questões das ruas e de quem nele vive e sobrevive. Temos uma antena sempre imantada, olhar mais que atento, sensível e querendo entender sempre pouco mais destes todos que vivem pelas ruas. Personagens como Pelezinho sempre existiram em Bauru, mas este sobreviveu aos tempos. Correia das Neves o imortalizou em seu livro e ali algo dele, pouca coisa, mas servindo como aperitivo para aguçar a curiosidade de quem sempre quer algo mais.

Enfim, o que se sabe desse rico personagem além do que Correia das Neves nos relatou. Eu era muito jovem quando ele já havia desaparecido das ruas e sempre me interessei por suas histórias, mas elas rareiam cada dia mais. Poucos ainda se recordam com algo substancioso delas. Encontro um aqui, outro ali a me contar tê-lo visto em alguns lugares da cidade, mas nada de substancioso. Se existir uns dois ou três mais registros dele são muitos. No mais, tudo na memória de sobreviventes daquelas épocas, anos 60 e 70 em Bauru. Enfim, por que a fama? Ele, pelo visto, circulava pelo centro da cidade com enorme galhardia, tendo uma espécie de salvo conduto em locais populares, reconhecido por todos, porém isso é pouco, muito pouco para tamanha reverência, pelo menos sinto isso no jeito como muitos se referem a ele. Poderia até lançar aqui algo e ir juntando histórias e até causos de gente com história para contar deste imortal Lado B bauruense. Deixo aqui a ideia e como neste momento, me concentro em reunir histórias de alguns destes, creio a dele, seria algo como o fecho, a cereja do bolo, o que melhor representa estes todos que gravitam no entorno de nossas ruas e a gente só conhece o superficial. Que bom seria conhecer mais e mais e aqui poder contar, pois para mim, gente como ele é muito mais importante do que a maioria dos tais "forças vivas" destas plagas
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