sexta-feira, 24 de setembro de 2021

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (169)


O CARA DA RÁDIO QUER POR TUDO QUANTO É JEITO OCUPAR O ESPAÇO PERDIDO PELO JORNAL DA CIDADE
O cara da rádio é o pérfido Alexandre Pittolli, homem forte da rádio com fonte de renda ainda não devidamente esclarecida, a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan. 

Pra começo de conversa esse cidadão conta com rejeição de 90% de toda a mídia local. Muitas delas se recusam simplesmente a citar seu nome em sua programação. 

Quando o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é MiXto o escolheu como Prêmio Desatenção fomos abordados por muitos: “Parabéns, acertaram na mosca”. Aquela escolha não foi momentânea, pois o cidadão piorou e muito desde então.

Ontem ouço pelo rádio do carro – único momento em que ouço – algo e aqui comento em detalhes. Um jornalista da rádio falava sobre matéria com o arquiteto Adalberto Retto propondo outra alternativa para a praça Portugal, bem diferente do corte das árvores. Foi quando Pittolli o questiona: “Saiu onde?”. O jornalista responde: “No Jornal da Cidade”. E ele dá a estocada a demonstrar onde quer um dia chegar: “Lá ninguém mais lê”. Daí chego no motivo deste meu escrito. O danado do rejeitado mor desta cidade tem pretensões de um dia se tornar o que um dia foi o Jornal da Cidade. Todos sabemos que, durante algumas décadas o JC exerceu o papel de representante, intérprete e executor do pensamento das “Forças Vivas” e “Donos do Poder” local. Existia um “beija mão”, onde a quase totalidade do mundo político prestava reverência ao jornal, primeiro com receio de retaliações e depois, pois saberem estar diante de alguém com poder inaudito. Hoje em evidente declínio, o jornal não possui mais o poder de ontem e nem as “forças vivas” de antanho possuem a mesma força.

Daí, surge no horizonte da cidade essa inexplicável rádio, com tentáculos país afora e aqui comandada pelo rejeitado Pittolli e este se achando, quer ocupar o lugar que um dia foi o Jornal da Cidade. Quer por outras vias, pois é rejeitado pelos tais “donos do poder”. A cidade hoje é administrada por fundamentalistas, ligados ao bolsonarismo e estes querem mais. Existe uma luta intestina pelos destinos da cidade. Os antigos “donos do poder” presentem o perigo destes chegando, o poderio boçal bolsonarista e esperneiam, enfim disputa fraticida em curso. O vetusto Pittolli se arvora de “todo poderoso”, mas na verdade, só tem domínio sobre os abilolados ainda bolsonaristas. Sua rejeição só aumenta e ontem até BO na polícia foi feito contra algo dito por ele, quando incitou violência pessoal contra a vereadora Estela Almagro PT. O dito cujo não possui limites, pois está numa fase onde “se acha”, tenta demonstrar poder e quer assumir papel de liderança. Pífio cidadão, cada dia mais pueril. Seu poder se esvai com o vento, ficando restrito ao seu limitado número de ouvintes, os que ainda não perceberam o que está por detrás da atuação desta insana rádio. Seu objetivo está cada dia mais distante e a cidade, com a incomPrefeita também claudicante - agora de posse de moto-serra -, sem substituto a contento para preencher o que um dia foi papel exercido pelo JC. A luta continua, mas Pittolli é carta fora do baralho.

DOIS ARQUITETOS UNESPIANOS, DOIS DISTINTOS POSICIONAMENTOS, O CARRO E O VERDE, ALÉM DO MOMENTO BOLSONARISTA E FUNDAMENTALISTA BAURUENSE
A vida é assim mesmo e nos coloca muitas vezes em posições antagônicas. Amigos, colegas de trabalho, irmãos, tudo o mais, nada escapa desse fatal confronto. Hoje aqui pela aldeia bauruense o que mais está pegando – e não é de hoje – é o pensamento de duas vertentes dentro da mesma universidade, neste exato caso, envolvendo dois renomados arquitetos bauruenses, ambos com muitos trabalhos publicados e os colocando em polos opostos dentro da mesma questiúncula.

De um dos lados do ringue, como numa luta de boxe, está Adalberto Retto Junior, urbanista e arquiteto, professor titular de Arquitetura e Urbanismo, que ontem em entrevista ao Jornal da Cidade havia tido foto sua publicada na primeira página com o título: “Praça-parque teria sido o ideal, afirma o urbanista” e na página 8 outro título: “Urbanista destaca que parque poderia ter sido melhor solução na Praça Portugal – Professor da Unesp reconhece que situação na atual situação na qual o trânsito se encontra não era a ideal, mas a mudança não é satisfatória”. Eis o link para leitura da matéria: https://www.jcnet.com.br/.../774983-urbanista-destaca-que....

Do outro lado do ringue está o também professor de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, porém recentemente aposentado e hoje Secretário de Planejamento da atual administração da Prefeitura Municipal de Bauru, Nilson Ghirardello, que hoje em entrevista ao mesmo Jornal da Cidade, em chamada de primeira página rebate o que ontem foi publicado: “Secretário discorda de arquiteto sobre praça” e na página seis outro título: “Secretário discorda de Retto e diz que projeto na Praça Portugal é mais amplo – Titular da Seplan, Nilson Ghirardello afirma que proposta apresentada por arquiteto é ‘superficial’ e rebate vários pontos”. Eis o link para leitura da matéria: https://www.jcnet.com.br/.../775368-secretario-discorda....

Li ambas matérias e na minha modesta conclusão, por mais que possa ter alguma razão a resposta do secretário, algo pelo que vejo, ele não levou em consideração. Para ele os únicos parâmetros urbanísticos para se pensar a cidade são os ligados ao automóvel. Caminhabilidade, pré-existência ambiental, etc, não são parâmetros. Segue a matéria de uma grande urbanista sobre os males de ficarmos uma vida inteira a defender sempre em primeiro lugar o modal veículo em detrimento do bem estar do ser humano: https://revistaforum.com.br/.../raquel-rolnik-cidade.../.... O título por si só já nos diz muito e prefiro me ater a algo neste sentido, ao invés de sempre e sempre, balizarmos tudo pelo que dita este cruel e insano “mercado”: “O modelo carrocêntrico das cidades está nos matando”. Concluiria com algo mais. Existe uma inversão de valores: o meio ambiente e sua salvaguarda são parâmetros superficiais e o carro é o único parâmetro possível de urbanismo. Isso é muito antigo. Desde os anos de 1950, quando fomos convencidos a comprar carro para alavancar a economia dos Estados Unidos até hoje, tudo é feito pelo e para o carro. E continuamos a fazê-lo, mesmo com todos os exemplos de que o meio ambiente e sua preservação é a única maneira de salvação ainda possível para nós terráqueos. Fico por aqui. Sem mais discussão sobre o assunto.

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