terça-feira, 5 de outubro de 2021

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (108)


DE ONDE MENOS SE ESPERA, DALI MESMO É QUE NÃO SAI NADA
Como dizia o velho Barão de Itararé (o nosso Aparicio Torelli), essa famosa frase representa maravilhosamente bem o que ocorrem hoje em Bauru, diante destes recém completados nove meses da novíssima (sic) administra da incomPrefeita Suéllen Rosim. A cidade está perdendo a paciência, mas gente como eu não nutrimos mais nenhuma esperança de algo interessante vir a acontecer positivamente durante algo mais do que previsível. Simples assim, aquilo que começou sem nenhum projeto, sem nada convincente previamente preparado, caindo no colo de alguém que esperava somente conseguir um pouco mais de projeção, para lá na frente tentar alcançar seu objetivo maior, o de se tornar deputada e pousar em Brasília. O que esperar de alguém com um projeto onde a Prefeitura sempre fez parte de um degrau, um mero trampolim?

Não foi preciso nem estes nove meses para se chegar na óbvia conclusão: aquilo que era mera previsão, especulação ou mesmo antecipação futurista está mais do que concretizado. Desilusão total e absoluta. Não se faz necessário ser nenhum bidu para se ter a certeza da frase do Barão de Itararé estar tendo aqui em Bauru sua melhor e mais exata aplicação. Tudo materializado, consolidado e ratificado. Não tem como errar no prognóstico, a da estagnação bauruense. Penosa constatação, mas pela movimentação das peças deste intrincado tabuleiro, impossível alguém vislumbrar e conseguir defender com alguma racionalidade algo de bom pela frente.

Até agora, só bola nas costas, dentro de um jogo de faz de conta, muito fingimento, fotos posadas, estudada coreografia bem ao estilo do que ocorrem também em Brasília no desgoverno do capiroto. Não existe como enganar uma cidade inteira por tempo indeterminado. Chega num momento onde algo tem que surgir, algo dentro de uma razoabilidade tolerável e pelo que se vê, nada surgirá, pois não existe nada a ser apresentado. O cartão de visitas da atual administração é o negacionismo, empurrar tudo com a barriga e quando num aperto, culpar os anteriores, a pandemia e nunca a falta de habilidade, preparo, traquejo e mesmo competência.

Suéllen cansou e muitos como eu, não nutrimos mais nenhuma esperança, pois deste mato decididamente não sairá coelho algum. Será sempre uma administração em compasso de espera, jogando tudo para a frente, sem nenhuma responsabilidade para com a cidade. Só para citar um exemplo de tudo o que penso sobre como é tocada a atual administração, ontem um secretário deste governo em entrevista para a ultrajante rádio Velha Klan, tentava enumerar alguns dos problemas de sua pasta, com aquilo que já se sabe, falta isso, falta aquilo. Conclui que, para obter potente maquinário, necessário para continuidade dos normais trabalhos, demonstra a inexistência de qualquer previsão e aproveita o momento para pedir, como que de joelhos, que algum deputado possa graciosamente presentar Bauru com mais uma emenda parlamentar e só assim será possível ter o que necessita. Total dependência dos manás advindos dessa praga denominada “emenda parlamentar”.

A existência de políticos surgindo do nada, sem nada de consistente no arcabouço é a comprovação de que, o irônico Barão de Itararé teve razão em quase tudo o que produziu com suas frases de efeito. Uso um trabalho do jurista Lenio Luiz Streck para dizer mais destes a quem a frase do barão cai como uma luva: “Nestes tempos de crise sobe a temperatura do individualismo. É o que vem sendo vendido. Cada um por si. Você é um self made man. Você consegue. Pode até ser ministro. E do Supremo Tribunal Federal. Não importa a estrutura. Importa é você. Você pode ser um herói(na). Como Zorro ou Batman. Nas histórias do oeste americano, o cavaleiro solitário chega e coloca ordem nas coisas. Para que a lei (claro, o status quo) volte a prevalecer, o herói não precisa... de lei. Só da lei... dele mesmo. Batman é um bom (ou mau) exemplo disso. Ele acusa, julga e condena. Sem direito à defesa. A fantasia-do-self-made-man-of-justice é o nirvana de quem acha que o país necessita de heróis. Necessitar de heróis quer dizer que podemos colocar na fantasia a nossa incapacidade de superar a burocracia e a ignorância. Em vez de pesquisar, estudar a fundo, por exemplo, pegamos um atalho. Vamos pelo caminho do resumo. Atalho é sempre um caminho facilitado para chegar antes dos outros. Você pode pegar esse atalho, eis a mensagem. Fantasie-se de herói. Mas, lembremos que os heróis ou super-heróis tem dupla identidade. Normalmente a sua vida é medíocre, como a de Clark Kent, que é um repórter de meia tigela. Entretanto, na sua vida dupla, transforma-se” (link para leitura de seu texto: https://www.conjur.com.br/.../senso-incomum-brasil-onde...).

Sacaram onde estamos metidos com essa inusitada e insólita administração municipal? Suportar tanto despreparo e deboche para com o povo bauruense será algo surreal. O mesmo teor com que o povo brasileiro está tendo para suportar algo inusitado em toda sua história, com um miliciano fundamentalista no poder. Não tem como pularmos imediatamente para a sucessão disso tudo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário