quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

MÚSICA (206)


O FINAL DO ANO E A TRISTE SINA DESTA CIDADE NÃO VINGAR
Retorno para Bauru nste momento e daquio de onde me encontro, as notícias não são nada alvissareiras. No Pronto Socorro do Jardim Bela Vista a espera pelo atendimento é de aproximadamente quatro horas. Aqui pelas redes sociais alguns pedem socorro e buscam outro tipo de ajuda. "Me ajudem, o que faço? Pra quem recorrer?", escreve uma senhora buscando tratamento para o filho. O final do ano se aproxima e ela queria soemnte ter o filho em casa e saudável, mas algo se complicou e precisou ir em busca de tratamento justamente agora. Chegando lá, descobriu que algo nã oestá funcionando a contento na cidade sanduíche. Não sei em quem ela votou, mas se foi na atual alcaide, deve estar mais do que desanimada, pois esta não se mostra presente, foge da raia e neste fina lde ano, seu negócio e cantorias em seu templo.

Ontem choveu muito na cidade, por pouco tempo, mas suficiente para alagar e como dantes, causar transtornos irreparáveis nos lugares de sempre. Daqui de longe, ouço o lamento de um vizinho lá perto de onde está o meu Mafuá e nele contido algo mais que vem com a dor. "Eu cansei, eu só queria passar um final de ano normal, sem transtornos e agora mais essa. Ante a Prefeitura depois da enchente, eles vinham e ao menos limpavam tudo, hoje não mais. Parece que não possuem mais liderança nem para limpar mais as ruas a contento. Eu vou ter que abrir meu portão e conviver com essa lama aqui. Vou gastar muitá água para limpar tudo", disse. O mais triste de tudo é o desalento que se percebe nos comentários. Enquanto uns poucos aindas babam ovo pra ela, os tais paus mandados, por outro lado os que sofrem na pele o que venha a ser desprezo, sabem o que é uma cidade bem cuidada e uma cidade abandonada.

Na Bauru de hoje até o vice-prefeito, o médico unimedista já jogou a toalha. Ele já declarou que em 2022 não vai querer continuar atuando como Secretário da Saúde. Deve ter desistido de dar murro em ponta de faca. Não que ele seja um primor, um brinco de administrador, mas diante de tanta inércia, passou recibo assinado já decretando que daqui por diante será somente vice-prefeito. Devia estar sentindo demais o peso do desgaste. Dele ouvi outro dia que não conocrreu pra o cargo de prefeito porque sabia que não ganharia e daí, foi pra vice da cantora gospel. Assim como ele vejo muitos secretários atuando com desleixo no cargo ou aproveitando a estadia para viajar, manter outros relacionamentos e conversas, pois já estão mais do que cheios de ver que nada do proposto se concretizará, daí rosetar e curtir as benesses. A alcaide finge que nada vê, mas sabe da prática. Como para ela é interessante manter alguns renomados nomes no seu staff, o fingimento é a norma de trabalho.

No frigir dos ovos, como último ato do desGoverno municipal, assim como em muitos anteriores, a necessidade da Secretaria Municipal de Educação gastar as sobras e assim vai as compras. Resolve o problema de alguns comerciantes e educadores em dificuldades para se livrar de edificações do qual são proprietários. Compras sem fundamento e projetos. Enquanto isso a Estação da NOB fenece e nos planos uma nova Prefeitura, levantada dos pés à cabeça. Junto poderá vir uma nova Câmara Municipal. São as tais pouca vergonhas, descalabros que nos enfiam goela abaixo, com jutsificativas sempre muito bem recomendadas, assinadas pelos mais competentes representantes das tais "forças vivas" destas plagas. Nada ou muito pouca coisa mudou ou mudará. Bauru segue sua sina, a de não vingar. Padecemos no paraíso e isso porque não me referi nem uma linha sequer da Estação de Tratamento de Esgoto e do Viaduto Inacabado.

FAMESP DESCONTA APROXIMADAMENTE 30% DO SALÁRIO DOS FUNCIONÁRIOS HOSPITALARES DE BAURU COMO PRESENTE DE FINAL DE ANO
A FAMESP hoje é a detentora junto ao Governo do estado de SP do registro de quase todos os funcionários hospitalares ligadas ao serviço público estadual. Isso já acontecida com os funcionários do Hospital Estadual e hoje, ocorre também com os da Maternidade Santa Isabel e Hospital de Base. Com o advento do desGoverno Bolsonaro, com praticamente a decretação do fim de uma legislação trabalhista que defenda de fato o trabalhador, a liberação para tudo o mais seguir o novo formato, muito mais desumano e cada vez mais eliminando os resquícios de alguma defesa destes. No Estado de São Paulo, hoje governado por João Dória, nenhum novidade que a FAMESP, a empresa criada para administrar toda a massa de funcionários siga as novas determinações, uma que pouco a pouco elimina e encurrala todos dentro do sistema de Saúde público em condições cada vez mais aviltantes.

Essa empresa sempre teve inúmeros problemas no quesito atendimento de reivindicações trabalhistas, com postergações e indo até o limite quando de alguma concessão. Chegamos ao final de 2021 com os funcionários dos hospitais de Bauru com a corda no pescoço. Não estão tendo um sindicato para fazer a adequada defesa de seus interesses e por fim, sem aumento salarial, sempre com a justificativa da impossibilidade de repor as perdas, pede-se a estes mais dedicação e comprometimento com o emprego, nunca no respeito a garantias antes tidas como elementares. Todos estão pela hora da morte, com cortes abusivos em seus vencimentos, o máximo de reduções salariais, o não pagamento de mais nenhum adicional e praticamente uma redução sensível de 30% no valor líquido antes recebido.

Não estão tendo a quem reclamar e a cada dia a situação piora e se deteriora. Para garantir o emprego não existe meios de manifestação, pois com a FAMESP todos são, na verdade, como se fosse terceirizados. Encurralados todos, com abruptos descontos em seus vencimentos, o clima chega ao final deste ano no seu limite. Vigora agora nas hostes da legislação que a FAMESP aplica para o seu quadro de funcionários, o de um clima de terror e dentro dos lares destes, aquele clima de final de ano dos mais triostes, sem perspectivas positivas. Conversando com estes, a certeza de que, se tudo está ruim, com a perda de muitos dos seus direitos, a quase certeza, o que virá pela frente não é nada alvissareiro.

A MÚSICA - SERIA "MALDIÇÃO"? LER NO PRÓPRIO DESTINO SEM PODER MUDAR-LHE A SORTE
"Que destino, ou maldição/ Manda em nós, meu coração?/ Um do outro assim perdido/ Somos dois gritos calados/ Dois fados desencontrados/ Dois amantes desunidos
Somos dois gritos calados/ Dois fados desencontrados/ Dois amantes desunidos/ Por ti sofro e vou morrendo/ Não te encontro, nem te entendo/ A mim odeio sem razão/ Coração... quando te cansas/ Das nossas mortas esperanças/ Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia/ Canto e choro todo dia/ Sou feliz e desgraçada/ Que sina a tua, meu peito/ Que nunca estás satisfeito/ Que dás tudo... e não tens nada/ Oh gelada solidão/ Que tu me dás coração/ Não é vida, nem é morte/ É lucidez, desatino/ De ler no próprio destino/ Sem poder mudar-lhe a sorte
É lucidez, desatino/ De ler no próprio destino/ Sem poder mudar-lhe a sorte/ É lucidez, desatino/ De ler no próprio destino/ Sem poder mudar-lhe a sorte/ Somos dois gritos calados/ Dois fados desencontrados/ Dois amantes desunidos/ É lucidez, desatino/ De ler no próprio destino/ Sem poder mudar-lhe a sorte/ Somos dois gritos calados/ Dois fados desencontrados/ Dois amantes desunidos/ Somos dois gritos calados/ Dois fados desencontrados/ Dois amantes desunidos", letra de MALDIÇÃO, que se encaixa como uma luva no caso bauruense. A canção cantada por Maria Bethânia é para ser interpretada lentamente, sem neuras e encontra-se no LP "Drama", 1973.

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