sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

PERGUNTAR NÃO OFENDE (180)


SERÁ QUE TEM MAIS ALGUÉM QUE VAI VIRAR PREGO NA PAREDE?
Hoje à tarde na escada que dá acesso ao segundo andar na Câmara dos Vereadores de Bauru, local onde estão as fotos dos atuais vereadores e lá, já lugar um vazio bem no meio, onde estava posicionado a do agora demissionário e com direitos políticos cassados Carlinhos do PS. Em seu lugar, ainda um mero prego na parede.


BAURU ZERO EM ENFEITES NATALINOS
Voltei de uma viagem dias atrás até Águas de Lindóia e Serra negra e em ambas as cidades algo impossível de passar desapercebido, os enfeites natalinos em suas ruas. Não que isso tenha importância vital, mas como estamos no período natalino e festas de final de ano, tanto aqui em Bauru, como na maioria das cidades brasileiras, sempre ocorreu algum esmero com a região central, toda decorada e preparada para receber os munícipes que passeiam por estes lugares no fina lde ano. Em Bauru é como se nada estivesse ocorrendo. No Calçadão da Batista nem uma luzinha bancada pelo poder público. A única manifestação ali a marcar a data são faixas, bancadas pelas associação de classe dos lojistas, postadas em cada esquina do Calçadão e nada mais. Tudo pelado e sem nenhuma luz.

"Eu e minha mãe na praça Leônidas Camarinha. Ela ficou encantada com os enfeites natalinos deste ano", com este relato Sérgio Fleury Moares, jornalista do semanário Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, comemora um passei orealizado com sua mãe pelas ruas daquela cidade, toda brilhando com enfeites pelas ruas. Por aqui, nem uma mera luz e se forem perguntar para a nobre alcaide municipoal, é bem capaz dela dizer que "tudo está sendo direcionado para a Saúde", numa desculpa mais do que esfarrapada. Enfim, Bauru que já foi considerada tempos atrás a "terra dos buracos", hoje é "terra sem luz".
OBS.: Posto aqui duas fotos, uma do Sérgio e sua mãe eem Santa Cruz do Rio Pardo e outra, de minha lavra das luzes de Águas de Lindóia. De Bauru, a foto ficaria escura, sem brilho, uma penumbra de dar desgosto.


MERCADÃO MUNICIPAL, O LOCAL É ESTE, BARRACÃO DA CIA PAULISTA JUNTO DA FEIRA DO ROLO
Não existe outro localm, este o mais apropriado para a instalação do tão acalentado Mercadão Municipal de Bauru.
Se existe mesmo esse dinheiro disponibilizado pelo Governo do Estado de SP, o que falta para a Prefeitura Municipal de Bauru dar início ao projeto e estudso para início imediato, não perdendo essa rara oportunidade.
Como já é mais do que sabido, a atual incomPrefeita não terá ao longo de seu mandato nada que a marque, algo que realizou em prol da cidade, marcando sua administração. Essa talvez a única oportunidade de fazer algo, deixar algo realmente de interesse para a cidade.
Gente competente dentro da estrutura da Prefeitura existe e basta só arregaçar as mangas e colocar algo em prática de grande valia, a integração da já tradicional e necessária Feira do Rolo, com o Mercdão, em algo mais do que auspicioso para os domingos bauruenses.
Creio ser verdade, acredito nisto, aposto as fichas como algo mais do plausível. Revitalização do centro bauruense passa necessariamente por essa edificação recuperada e devolvida para utilização.
Na torcida...
Eis a matéria da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal anunciando a boa nova, "Governo do Estado libera R$ 2,2 milhões para Bauru instalar Mercado Municipal": https://www2.bauru.sp.gov.br/materia.aspx?n=35094&fbclid=IwAR34-QDVlB459CnFnYLhbo6ZxJhXiqTeav9daT_eusbgsSS0-8SOcBdZgWA

CADÊ A MILITÂNCIA QUE FAZIA E ACONTECIA? – APRONTEI MAIS UMA*
* Eis meu 43º texto esclusivo para o semanário DEBATE, de Santa cru do Rio Pardo, edição chegandoi às bancas amanhã:

Sou da safra de 1960 e com menos de 20 anos estava dentro de um dos períodos mais obscuros da história deste país, sua nefasta ditadura militar. Não deu tempo de militar a contento, com mais afinco, pois a consciência política chegou aos poucos e quando me dei conta ela já estava acabando. Desde então estou enfronhado dos pés à cabeça em algo relacionado às lutas sociais dos trabalhadores e menos favorecidos deste país. Ouvi de muitos que, “já fui de esquerda, mas hoje amadureci e estou em outra vida”. Tenho pena destes, pois fingem terem tido algo parecido com uma real militância. Muitos podem ter abandonado a luta, o enfrentamento nada fácil com os donos do poder, mas só os fracos desdizem de uma interminável luta, dessas para uma vida toda.

Eu já errei muito nestes 61 anos de vivência, pisei na bola algumas vezes, noutras dei de bico. Já fiz muito mea culpa com colegas que batalha, destes que pela persistência achava-os chatos, quando na verdade não esmoreciam, pois tinham dentro de si que, alguma transformação só ocorre de fato com “sangue, suor e lágrimas”. Dos meus erros, já me acertei com os pelos quais até confrontei e sigo em frente, mais atento, pois errar algumas vezes é até possível, mas persistir no erro, imperdoável. A luta é muito árdua, sempre soube disto. Quando me deparo com alguns destes que ontem se diziam de esquerda e hoje fazem parte de grandes esquemas, todos defensores intransigentes do mercado, neoliberais até a medula, quando numa justa conversa, costumam abaixar a cabeça, talvez envergonhados por não terem tido o brio necessário para continuar altivos na luta.

Sem luta nada acontece e agora, mais do que nunca isso está muito claro e evidente. Permitimos que essa direita raivosa, endoidecida e descabida chegasse ao poder e com ela elevasse ao poder esse pensamento tacanho, retrógrado e reducionista, onde mesmo com toda a desgraça que estamos presenciando, todos os desmandos e perversidades contra os interesses do povão, “eles” é que estão certos. Não dá para conversar com estes apoiando a malvadeza hoje em curso. Só mesmo alguém sem piedade no coração para aprovar o baú de maldades despejado diariamente contra os costados do povo e permanecer de braços cruzados ou apoiando a perdição do país.

Eu, mesmo cansado, alquebrado, com minhas incontinências e dores, quando poderia capitular e me aquietar, ver tudo da janelinha do carro, não consigo. Continuo arriscando a pele, falando e fazendo o que não devia. Dias atrás ouvi de um construtor nordestino, que só venceu por aqui por dois motivos: “Soube ouvir e se calar”. Eu não consigo. Eu escrevo e compro minhas brigas por causa deste hábito aprendido desde muito cedo. Enfrento os poderosos com minhas únicas armas, a escrita e ganho com isso, alguns processos, a maioria vencidos, outros em curso, poucos perdidos. Não dá para esmorecer no momento atual. Como aposentar as chuteiras se meu filho está aí fora no campo de luta e padecendo muito neste injusto mundo. Minha luta é pela transformação deste nosso mundo em algo mais palatável. Eu sou do time que ouço e não me calo. Pago meu preço, mas sou feliz, pois como um dia um amigo carioca, o cartunista Latuff, me disse aqui numa de suas passagens por Bauru: “Meu caro, nós perdemos essa guerra, a boçalidade venceu, mas eu serei sempre uma pedra no caminho destes, mostrando e apontando o dedo para o quanto são ridículos”. É o que faço e hoje aprontei mais uma e estou radiante pelo resultado. Depois eu conto.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com). 

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