O que ele fez em relação ao militares, todos os lugares onde exista um desGoverno de cunho evangélico neopentescostal ocorre algo parecido. Na Prefeitura Municipal de Bauru, governada pela "terrivelmente evenagélica", administração totalmente fora da casinha, Suéllen Rosim, ocorre um loteamento de cargos comissionados, com a substituição de pessoas qualificadas, muitos de origem da própria composição dos quadros públicos por pessoas, sem vínculo com o cargo, mas com o único atributo de pertencer a mesma linhagem religiosa da alcaide.
Duas trocas efetuadas na pasta da Cultura exemplificam muito bem o que estou a escrever. Primeiro trocaram a Diretora de Ação Cultural, que havia adoecido, por um bateristas gospel, bolsoanrista assumido, Thiaguera, totalmente desconhecido do meio artístico e sem nenhum conhecimento do que venha a ser a função a ele agora designado. Na Diretoria das Bibliotecas, até então um funcionário de carreira, hoje de férias e em seu lugar, uma pessoa removida de outra secretária, sem nenhum conhecimento técnico do que seja as bibliotecas ramais e a Central de Bauru - creio que, sem nunca ter entrado numa antes -, nomeada pelo único motivo de grande valia para Suéllen, o fato de ser evangégica neopentecostal e rezar nba mesma cartilha dela e da atual secretaria, Tatiana Sá. Mesmo com o atual ocupante de férias, a novíssima que irá assumnir em fevereiro a função já frequenta o local e tudo faz como já empossada no cargo.
Escrevo deles dois e deixo tudo no ar, pois existe a mais absoluta certeza, assim como o capiroto loteia as vagas de gente inservível para o exercício das funções, o mesmo ocorre aqui, sem tirar nem por. Fazendo uma varredura pelas outras secretárias a constatação do que escrevo. É essa a Bauru que está em curso, hoje loteada de fundamentalistas, com pensando retrógrado, conservador e limitado em relação às funções assumidas. Iremos para algum dessa forma e jeito? Isso precisa ser desconstruído pelo bem da tal Cidade Sem Limites.
A NOVELA MENTE DESCARADAMENTE SOBRE O PAPEL DE SOLANO LOPEZ NA GUERRA DO PARAGUAINovelas da TV brasileira quando retratam algo da História sempre foram um problema. Na imensa maioria das vezes o que se vê na tela é uma versão dos fatos, como gostam de dizer, "uma livre versão dos fatos". Tem momentos em que pegam pesado, jogam até sujo e descrevem a história bem distante de como de fato ocorreu. Essa telenovela passando na TV Globo, a "Nos Tempos do Imperador" chama minha atenção. São muitos temas juntos, a questão da vida na corte, o próprio D Pedro II, a escravidão ainda vigente e algo pelo qual muito me intriga a forma como está sendo abordada na novela, a Guerra do Paraguai. Este um dos temas pelos quais mais li, me interessei e estudei nos meus tempos de estudante universitário e mesmo depois. Tudo começou com os livros do Chiavenatto e não mais pararam. Até hoje, algo novo sobre o tema, paro tudo e me ponho a ler.
A questão de como a versão televisiva trata o presidente paraguaio Solano Lopez é ultrajante. Pelo que ali se vê, tudo o que já foi revelado na historiografia foi simplesmente relegado a segundo plano e o autor desce desmedidamente a lenha do Solano, como mais um ditador sulamericano, quando na verdade o Paraguai era na época, o único país verdadeiramente soberano, com indústrias próprias e sem necessidade de viver na dependência do imperalismo britânico. A Guerra da Tríplice Coroa, envolvendo Brasil, Argentina e Uruguai, todos unindo forças para defenestrar o Paraguai e a mando dos interesses ingles nem é tocada na versão da TV. Solano é um carrasco, cidadão sem coração, quando na verdade, sabemos, que mesmo controverso, representava muito para seu povo e poderia representar muito mais para os povos latinos, não fosse aniquilado brutalmente pelo sanguinário Duque de Caxias e suas tropas.
Certa feita, o escritor baiano Jorge Amado vendeu suas obras, creio que Tieta ou outra qualquer para versão na TV e quando lhe disseram se não iria assistir, respondeu rindo: "Prefiro me abster desse sofrimento. Sei o que farão com meus escritos, isso já está previsto no contrato. Vão mudar tudo e para não me aborrecer, não assisto". Jorge produzia ficção e se sentia desse jeito, mas no caso da atual novela, muito do que ali vejo são aberrações para com a História. Deveriam ter, no móinimo, um respeito e honestidade pela História e não produzir algo tão descarado, principalmente no quesito Paraguai e Solano Lopes. Toda vez que vejo retratado o Paraguai nessa novela, me dá um dor imensa no coração. Solano pode ter tido muito defeitos na vida, mas conseguiu levantar um país altivo, soberano e livre, bem diferente do retratado na novela global. A trama em si, como vejo a reconstituição da época é algo bonito de se ver, mas só, pois no mais, sofrível. A verdade histórica é deixada de lado. Na verdade, creio que, guardadas todas as proporções, Solano fez mais pelo Paraguai à sua época do que D Pedro II ao Brasil.
JUSTIFICATIVAS DESTE HPA
Devo poucas explicações ao mundo. A maioria devo a mim mesmo. Agora mesmo, neste momento, quando aqui no meu canto, rememoro parte de minha vida, beirando os 62 anos e diante de um pleito inusitado, onde sei acontecerá de tudo, pois o capiroto no poder não vai querer largar o osso e diante de uma parcela de eleitores - beirando os 25% -, se acha no direito, de mesmo perdendo feio em todas as pesquisas, melar a contenda ou não conseguindo, dificultar ao máximo sua derrocada, até porque sabe de todos os seus crimes, deslizes e aberrações cometidas ao longo da desregrada vida que leva. Nós, o povo - seria pretensão, falar em nome dele? -, que deveríamos já ter tomado uma atitude, ter tirado esses bandidos todos encastelados no poder a tapa, mas como não tivemos força para tanto, assumidos revolucionários de merda, estamos aguardando que uma eleição o faça e lá elevemos alguém palatável, o único em condições de reverter o quadro odiento em que o país se encontra, Lula. E daí, mais do que ciente de que, querendo seguir as regras existentes e propostas para o pleito, olhando para o quadro nacional, a composição de poder como está estabelecida e firmada, impossível querer algo revolucionário e transformador assim de cara. Não tem como. Evidente que irei com Lula e engolirei o que estiver ao seu lado, pois sei que, será este o formato escolhido para tirar o Brasil do lodaçal onde se encontra. Se for Alckmin o seu vice, alguém que abomino, ou mesmo outro qualquer, não irei arredar pé de estar com Lula e apoiá-lo, pois sei que, ele mesmo, assim o faz, por analisar friamente o momento e ter a certeza de que, precisa dessas forças, que o trairam até bem pouco atrás, mas hoje o ajudarão a dar a volta por cima. Se fosse fazer a revolução, evidente que não estaria com gente como Alckmin, mas diante do quadro e da forma escolhida, com um pleito dentro das normas vigentes, sei não existir outra alternativa e como tenho comigo da total impossibilidade de continuar sendo governado por esse criminoso ex-capitão, cá justifico o que nem precisaria fazer. No Brasil atual e nas circunstâncias vividas é o que temos e assim iremos galgar a retomada do poder. Mesmo assim sei não será nada fácil, mas dessa forma ainda muitas possibilidades. Quero em primeiro lugar sacar Bolsonaro do poder e depois devolver ao poder alguém confiável, palatável e que muito já fez pelo país. É Lula e quem com ele estiver. Lá na frente, vencida essa primeira etapa, conversaremos novamente e trataremos de reconstruir o Brasil. A luta hoje é vencer esse pleito e com Lula. Essas minhas explicações.
Henrique, eu ainda tenho um bom caminho até chegar nos meus 62 anos como ti, mas antes de chegar e já algum tempo, procuro olhar o mundo sempre com a ciência para fazer o debate o mais honesto possível, além de não criar ilusões e defender o indefensável, poder ver quais são os caminhos e posturas que devemos seguir como idealistas de fato.
ResponderExcluirSe essa é a única vida que temos, pra quer nos enganarmos?? Esse post sobre as eleições que vc fez é contar uma mentira para si e querer acreditar nela. Lula não está com o Alckmin porque fez uma análise nacional, está com ele pelo mesmo que esteve com o Zé Alencar e depois o Temer com a Dilma que é sinalizar para o mercado financeiro... se estamos com eles, então contra quem vamos lutar??
Todo fanatismo é uma droga, e esse sebastianismo doente mata não só com o debate, mas com qualquer chance de mudança, estamos diante de uma crise enorme, a insatisfação das pessoas só cresce, há uma juventude que se mostrou disposta a ir pras ruas, agora, por que que ocupação das ruas foi desmobilizada assim como o chamado de greve geral?? Porque o movimento sindical foi há tempos corrompido pelas direções pelegas nas mãos de filiados dos partidos ditos de esquerda, nunca foi do interesse do Lula derrubar o Bolsonaro porque ele é o melhor adversário para o Lula.
Lembra quando o PT era governo e vc vivia dizendo que era um absurdo aqueles que apostavam no "quanto pior, melhor"?? Pois bem, é exatamente isso que o PT está fazendo agora, apostando no quanto pior, melhor para as eleições, só que diante do genocídio provocado pelo governo, desmobilizar as ruas é um ato de cumplicidade, e eu não vou engolir ilusões, farsas e nem cúmplices de genocídio.
Querem repetir a história como tragédia, a mesma política de alianças que fez desaguarmos no Bolsonaro, estão repetindo para no futuro darmos em algo ainda pior e mais efetivo no fascismo.
Pior que o Alckmin, só as justificativas para tal aliança. A cena do jantar parecia a cena final da Revolução dos Bichos do Orwell.
Quanto mais eu leio essas desculpas para apoiar aqueles que não querem mudar nada, mais vai doer em mim a ausência do Almir para espinafrar tudo isso aí como um autêntico marxista deve fazer.
Camarada Insurgente Marcos
Caríssimo HPA,
ResponderExcluirParabéns!
É muito bom isso que você fez: afirmar a sua posição e assumir os desafios que a conjuntura impõe!
Ah, que bom se meia dúzia de bons camaradas, agora, a tempo, também assim o fizessem, antes do clima de outubro próximo ...
"Quem sabe, faz a hora..."
Ou, não?
Garoeiro
Pronto, que bom, dois bons amigos e com posições diferentes.
ResponderExcluirRespeito ambas, mas como afirmei, se fossessos fazer ou estívessemos numa luta revolucionária, minhas escolhas seriam outras, como estamos bem longe disso e no Brasil, com forte dominação direitiosta, prefiro continuar apostando fichas em alguém que vai, ao menos, nos conduzir por caminhos mais palatáveis e até, talvez, consigamos com ele, trilhar outros caminhos. Eu não escrevo desculpas, eu acredito que, neste momento, não temos muitas escolhas a fazer. Fiz as minhas.
Henrique - direto do mafuá
Vamos sim, para caminhos tão mais palatáveis que se não nos levarem para a Disney, com certeza nos levarão de vez para dentro do inferno porque nas portas dele essa política conciliatória já nos levou.
ResponderExcluirFico imaginando se os bolcheviques numa época muito mais adversa que a nossa em termos de organizações e sociedade, tivessem feito essas "escolhas".
Se o Lula durante a pandemia quando as ruas começaram a querer ferver contra o governo tivesse assumido a popularidade que ainda tem para inflar os protestos, chamar as centrais sindicais para convocar paralisações pelo país, assumisse uma oposição dura como nos tempos do governo FHC, até votaria nele se mesmo com as ruas o governo não caísse. Não foi o caso, me desculpa, Henrique... mas se estamos diante de um governo fascista, quem se esconde, quem desmobiliza as ruas, é sim cúmplice e aposta no tão 'quanto pior, melhor'.
Se cuida nessa nova onda, Henrique. Quero que vc esteja bem para ver a repetição da tragédia, Lula vai ser eleito com essas "escolhas" e não terminará o mandato. Pode salvar esse meu comentário e me cobrar lá na frente.