terça-feira, 8 de março de 2022

BEIRA DE ESTRADA (149)


TRÊS TEMAS DISTINTOS, COM UM SÓ CENÁRIO: BAURU
1.) DESACREDITADA ADMINISTRAÇÃO, COM TODOS VENDO A BANDA PASSAR – COMO SE FINGIR DE MORTO E ESCAPAR DE COBRANÇAS?
Não dá mais para mais para tapar o sol com a peneira, muito menos acreditar que, nessa administração claudicante ocorrerá algo transformador e feito em prol da cidade de Bauru. Todas as esperanças já se esgotaram e o que se vê é um tal de empurrar com a barriga, ir tocando o barco do jeito que dá, sem nenhum compromisso de realizações. O discurso da prefeita não cola mais, perdeu a aderência e hoje, ela continua com suas lives, como se nada estivesse a ocorrer, pois é exatamente este o método, se fingir de morto, continuar enganando os incautos e cegos seguidores. Já, parcela significativa da população já não credita mais um fio de esperança em algo vindo dos que hoje ocupam os postos de administração pública na cidade.

Essa a triste constatação, após essa pouco mais de um ano de administração. Bauru entregue às moscas, com uma administração sem nenhum plano constituído de ação, atuando somente com o que recebe vindo através de emendas parlamentares, nenhuma proposta no período atual, todas nos anteriores. O que existe é um se fingir de morto, ou seja, como no caso da recuperação da avenida Pedro de Toledo, verba antiga e agora sendo implantada e a alcaide quieta, como fosse ela a grande idealizadora do que por lá ocorre. Agindo assim, engambela incautos e satisfaz a turba cega, a que a segue de olhos fechados. Todos com alguma percepção já não a enxergam com descrédito total.

Muito triste observar a conivência dos atuais secretários, pois cientes de que tudo o que pensam em propor esbarrará no aceite da alcaide e este praticamente inviabiliza tudo, daí, já não fazem mais nada. Na verdade, aceitam tudo como chega. Discutir pra que? Se o fizerem, deixam a equipe. Veja o caso da compra de final de ano das tais edificações pela Educação. Onde a secretária opinou ou pode fazê-lo? Em nenhum momento. Numa compra, onde até os pais da alcaide tiveram participação, quem menos opinou foram os técnicos e seus secretários. Lastimável é pouco. Na questão da praça Portugal, o secretário até pousou para a foto com a planta, mas pode opinar sobre o traçado, este que hoje deixa nítido ter prejudicado o acesso para a rua Gustavo Maciel? Se o fez foi de forma tímida, contida. Ninguém bate de frente com o que está pronto, acabado e definido pela mente da prefeita, só dando ouvidos para os seus, não os subordinados, mas a família. Assim Bauru segue, no descaminho e descalabro.
Que medo: todos com dedos apontados para Bauru.

O DAE, a antiga “joia da Coroa”, hoje sendo preparada para privatização, com ações deliberadas para desestruturar algo que rodava sozinho, até sem presidente. Hoje, a autarquia administra os buracos da cidade e o faz da pior forma possível. Vive tapando abrindo e fechando buracos, sem planejamento e controle. Um presidente que não explica mais nada, só tergiversa, desconversa e empurra tudo para a frente. Deve fazer parte do time dos que desistiram de tentar. Na Cultura se tenta, mas desmontar a cada dia o que ainda resta de sadio. Por lá, a única atividade feita desde o começo da administração foi gerar o recebimento da lei Aldir Blanc e agora, além da continuidade do desmonte, torcem para vingar a lei Paulo Gustavo. No Esporte, estaríamos prestes a dar o pontapé inicial do campeonato amador de futebol, mas os distritais continuam abandonados e para este ano, nem verba para arbitragem está garantida. A indicação é para que os clubes se virem em busca de patrocinadores. Este o espírito da coisa na administração da fundamentalista Suéllem Rosim.

As viagens para Brasília não são baseadas num Plano Diretor, numa estratégia de trabalho, algo traçado numa mesa de trabalho e tendo em vista resoluções altaneiras para Bauru e sim, fazer política, buscar apoios para o futuro da família e percorrer ministérios em buscas de sobras, dinheiro que pode chegar, sempre aleatoriamente. Quando se consegue, é feito anúncio com estardalhaço, mas percebe-se nitidamente, chegou sem querer e desta mesma forma tudo se esvai. Como continuar acreditando em algo assim tão sem nexo? Estamos diante da maior enrolação já vista na história bauruense, os que fingem que trabalham, os que fingem que acreditam, os que fingem-se de mortos e os que nem mais fingem, simplesmente, pois ao notar que não adianta propor, pois o crivo da alcaide é familiar, fundamentalista, já não estão mais nem aí. E, nós o povo, fingindo o que? Pelo que se vê, nem a CEI contra o ato da compra fora do padrão vai dar em nada, daí, esperar-se-á até o final do mandato, para só numa outra votação tentar mudar algo. Até lá, não se sabe se Bauru aguentará. Descalabro total e absoluto.

2.) A PASSAGEM DE NÍVEL FÉRREA
Descer pela rua Antonio Alves e quando do cruzamento férreo, ainda ter o prazer de se deparar e esperar uma composição férrea passar é algo pra dar uma volta ao passado dessa terra ainda com algo varonil, seu passado ferroviário. Parei ali na fila de carros, ouvindo aquele barulho do trem, voltei ao passado e feliz fiquei, pois percebi ainda existir alguns resquícios de locomotivas desfilando pelo que ainda nos resta de trilhos urbanos. A empresa concessionária, a Rumo, tenta consertar uma erosão junto do jardim Prudência, devolvendo o funcionamento da linha, totalmente paralisada. Observo estes movimentos com aquela paixão de antanho, sempre ciente de que, um dia ainda daremos a devida importância aos trilhos, tanto para transporte de passageiros, como o de carga, inviabilizando este cruel e cada dia mais inviável lobby rodoviário. Eu só de ver um trem funcionando tenho estalos, viajo no tempo e espaço. Hoje mesmo, diante da guerra lá na Ucrânia, vejo que o transporte de evacuação das áreas em conflito, na maioria das vezes é feito via ferrovia, ou seja, ela tem importância vital no mundo inteiro e aqui foi desprestigiada, mas chegará o dia em que, consciências e ações, não terão outra opção, enfim, o trem é tudo. Olha a imponência desta locomotiva, soberana diante de nós, pobres mortais, necessitando muito dela nos levando e trazendo por todos os lugares.

3.) DUAS PALAVRINHAS SOBRE ALGUÉM MUITO ESPECIAL: DULCE LAGRECA
Essa incomensurável mulher está à frente de seu tempo e prova isso a cada novo dia. Do alto dos seus quase 80 anos, continua aprontando das suas, o que é sempre mais que ótimo. Para gostar de DULCE LAGRECA, algo bem simples, basta conhecê-la, se aproximar e tomar conhecimento de onde está metida no momento. Ela não pára e nem a pandemia a fez se aquietar de vez. Semana passada esteve presente num Baile de Máscaras e foi o must da festa, pois dançou mais do que muitos mais novos ali presentes. Força e vitalidade, aliado à resistência, persistência e insistência. Dulce sabe onde se mete e assim sendo, continua nas paradas de sucesso.

Coisa mais linda deste mundo é ter tido o prazer em algum momento de sua vida, o de ser convidado e ter marcado presença num dos concorridos saraus, que regularmente ocorre em sua residência. Ela reune amigos queridos, convidados escolhidos a dedo e ali conversam, comem e produzem cultura, com muita música, cantada e tocada pelos próprios participantes. Os convescotes primam pela excelência na escolha do repertório e quem já compareceu sabe do que escrevo. Recebo duas fotos dela em sua casa semana passada e num dia, ainda dentro do evento Carnaval, quando não pude estar presente. Só de olhar para as fotos, bate o arrependimento de não ter movido céu e terra, ter dado um jeito e ter comparecido. Perdi muito e como na Bauru dos tempos atuais, eventos como os dela são cada vez mais raros, sinto demais da conta. Dulce nos empurra para a frente com sua vitalidade. Ela é uma espécie de recarregador de energias e quem convive ao seu lado, deve sentir o efeito das energias renovadoras. Escrevo isso tudo, em primeiro lugar para tentar me justificar pela ausência. Saraus como os dela são para aceitar de bate pronto quando convidados. Não mereço perdão. Tento ser reavaliado para convites nos próximos, assumindo em praça pública minha fraqueza pela resignação em não ter dado um jeito de lá estar neste último.

outra coisa
VONTADE DANADA DE COMER ESTROGONOFE


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