segunda-feira, 14 de março de 2022

COMENDO PELAS BEIRADAS (115)


PREFEITURA "PERDEU A MÃO" PARA A CONTINUIDADE OBRAS DA ETE - ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ESGOTO
Em Bauru vigora uma premissa, triste premissa, a de que "não basta querer, pois aqui as coisas demoram ou até podem não acontecer como o previsto". Essa aí caí como uma luva para o que ocorre com a ETE - Estação de Tratamento de Esgoto, algo que toda a cidade espera acontecer desde muito tempo, obras iniciadas em 2015 e não terminadas até hoje. Ou seja, em Bauru ainda não existe um tratamento de esgoto decente e pelo visto, ou seja, pelo noticiado em primeira mão pelo Jornal da Cidade, em sua edição do último domingo, 13/3, tudo está paralisado há exatos seis meses.

Dinheiro para concluir a obra existe, algo conseguido lá atrás, ainda nos áureos tempos do Governo Federal comandado pelo PT - Partido dos Trabalhadores, quando, com investimento incial de R$ 126 milhões, estes foram carimbados e estão desde então à disposição da Prefeitura Municipal de Bauru, que abriu licitação e a obra teve início. Início e fim incerto e não sabido. Três administrações municipais, três distintos prefeitos e nenhum deles conseguiu intervir no emaranhado proporcionado por projetos mal feitos, mal elaborados, mal direcionados e mal executados. Com tudo de "mal" junto, só podia mesmo dar xabu. Deu.

A grande praga hoje nas obras públicas é o tal do aditivo, quando as concorrências são ganhas, com as empresas já cientes de que nã oserá possível concluir a obra com aquele valor. Concluir, na imensa maioria das vezes até é possível, mas vivemos na fase capitalista e no mundinho em particular onde, "se é possível ganhar mais, porque não fazê-lo". E assim ocorre em quase todas as obras públicas em andamento pela aí. Virou febre.

Por aqui, pelo visto, além disto, teve também projetos totalmente em desacordo com as necessidades. Quando a coisa chegou a um nível não mais tolerável, a Prefeitura rescindiu o contrato. Evidente que foi contestada na Justiça e desde então, tudo às moscas.
Incompetência de todos os envolvidos. O único isento foi o Governo Federal, na época petista, autor da liberação de dinheiro para a obra (desde então mais nada de dinheiro para nenhum outra obra na cidade). Dos demais, todos, sem tirar nem por, não souberam levar a obra adiante.

Hoje, com o valor, depois de infindáveis aditivos, ultrapassando R$ 146 milhões de reais, paralisação preocupante, pois a Justiça não define quem é o detentor da razão, mas a grana pode ser integralmente devolvida para os cofres federais, o que não geraria surpresa, pois se não conseguem executar a contento, por que continuar injetando algo onde reina algop sem controle? Pior que tudo, Bauru hoje está diante de uma administração já comprovadamente sem competência para gerir a cidade, sendo este só mais um dos tantos detalhes. Suéllen Rosim, fundamentalista e metendo os pés pelas mãos desde o primeiro dia do que já se intitula como desGoverno bauruense, não sabe o que fazer e a cidade perplexa sabe ter ela "perdido a mão", ou como queiram, nunca teve mão para tocar nada além de cantoria do púlpito de sua igreja. Ela é a alcaide e a obra está paralisada, ou seja, a ETE, pelo visto, continuará criando moscas até não mais poder.

IZA E SEUS TAPETES EXPOSTOS E COMERCIALIZADOS NA BEIRA DO RIO - SUA SAÍDA PARA IR SE SAFANDO DOS COMPROMISSOS VENCIDOS
Iza amanheceu com uma ideia fixa para conseguir pagar suas contas e tão logo o dia clareou já tinha tudo bolado na cabeça, ela venderia seus tapetes defronte sua casa, estendidos numa espécie de varal, entre duas árvores, tudo ali na beirada do rio, margens do rio Bauru, margeando a avenida Nuno de Assis, entre o CIPs e a Disbauto, as ruas Inconfidência e Aparecida. Ela confecciona tapetes já faz tempo, os revende de outra forma, mas desde semana passada, quando o veículo do marido quebrou e tentou um empréstimo, não conseguido, colocou em mente que algo teria que ser feito para solucionar de vez o problema. Esperar sentada não é com ela, daí a ideia de tapetear a avenida.

Ela, o marido e um casal de filhos moram ali no local há um bom tempo, bem defronte o amplo terreno, uma quadra inteira, onde vez ou outra são montados parques e circos. Por estes tempos de pandemia, bem pouco, vez ou outra se achegam alguns ambulantes e expõe produtos variados na sombra de duas árvores. Já teve garapeiro, tapeteiro, cadeireiro, fruteiro e agora ela, com seus tapetes coloridos, todos com desenhos próprios, num formato parecidos com mandalas. Iza recolhe sobras de tecidos faz tempo, algo compra e trabalha nas horas vagas, tendo conseguido um estoque de aproximadamente umas sessenta peças, dentre os pequenos, ovais e redondos, estes vendidos a R$ 5 reais cada e os grandões, com metro e meio de diâmetro, vendidos a R$ 50 reais cada.

A decisão acertada por sair vendendo pessoalmente a produção veio ontem, quando o marido já esteve na feira central da rua Gustavo Maciel e voltou com algumas peças comercializadas. Matutou mais um pouco e tomou a decisão de colocar tudo em exposição ao ar livre ali no expositor defronte sua casa, do outro lado do campo, beirada do rio, na movimentada avenida. A princípio chamou a atenção, pois seus tapetes são coloridos, depois os curiosos e prováveis clientes foram se achegando. Munida de um banquinho, garrafinha de água e seu cão, que não a deixa só, quem vez ou outra chega junto é a irmã, Edwirges, também morando ali perto. Se tudo der certo, os compromissos mais urgentes já serão pagos a partir de hoje mesmo e o carro do marido vai para uma oficina, tudo custeado pela venda dos tapetes. Para maiores informações e até mesmo encomendas, ligue diretamente para ela, pelo fone 14.99125-3053.

outra coisa, mas com a cara dos corajosos deste país

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