segunda-feira, 13 de junho de 2022

COMENDO PELAS BEIRADAS (118)


SERIA CÔMICO, SE NÃO FOSSE TRÁGICO
Sábado passado, 11/06 tinham duas manifestações anti-racistas marcadas para a manhã daquele dia. Uma séria, a convocada pelo Conselho da Comunidade Negra de Bauru e nas ruas não só contra o racismo, mas contra a misoginia, feminicídio, todo tipo de preconceito e outros temas. Aconteceu e de forma primorosa. Já outra, marcada pelas redes sociais, com esse banner aqui publicado e gileteado por mim das redes sociais, estava marcada para ocorrer diante da rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, conclamava incautos para se apresentarem diante da rádio e protestarem somente contra o ato racista do radialista Alexandre Pittolli. Que o ato era pertinente, não tenho a menor dúvida, mas da forma como foi marcado, só podia dar mesmo com os burros n'água. Fui espiar e vi lá um carro de som, regiamente pago para ali estar e no máximo umas seis ou oito senhoras, todas evangélicas neopentecostais, orando na porta da rádio e sem saber ao certo dos motivos de ali estarem. Num certo momento passou alguém da organização, disse a elas que a rádio estaria fechada naquela manhã- como em todos os sábados - e as liberou para fazerem outra coisa da vida. Pittoli bem que merecia uma movimentação na porta da rádio, mas não dessa forma e jeito, com algo, que iria ocorrer somente para alavancar a campanha da candidata a deputada estadual, no caso a mãe da prefeita. Não é por apoio a insanidade do ato do radialista, que se pode apoiar algo premeditado e feito de forma tão amadora. Fica o registro. Que tudo permaneça registrado nos anais (ui!) do Febeapá - Festival de Besteiras que assola o país - no caso Bauru.


FUI COMER O BOLO DE SANTO ANTÔNIO: PEDIDO PRA TRAZER O EX DE VOLTA
Hoje é dia de Santo Antônio. Não sou devoto de nenhum santo, mas fui na onda e hoje, agorinha de pouco, ao ver na TV, que a Paróquia lá do Bela Vista estava distribuindo fatias de bolo (R$ 7 cada), para lá me dirigi. Encontro na fila do bolo o Kyn Junior, outro que pedia pela volta do ex. Já com o bolo na mão, cruzamos com o frei mais velho da igreja que nos abençoa, assim como toca com suas mãos o botton com os dizeres "Fora Bolsonaro". Não posso aqui escrever o que o frei nos disse, até para não ferir suscetibilidades de devotos conservadores. O que afirmo é que o pedido foi muito bem encaminhado, com imensas chances de atendimento - já no primeiro turno da eleição. Nos lambuzamos todos, quase dos pés à cabeça, pois o pedido, além de ser clamor da maioria da população, pelo visto, conta também com anuência da "santa madre igreja" - pelo menos sua ala ainda menos conservadora. Saímos de lá todos pimpões, com o dever cumprido. Não tivemos a sorte de encontrar nenhuma medalhinha dentro do bolo, aumentamos nosso índice diabético, mas fizemos o pedido mais correto para este país, dia de Santo Antônio, coincidentemente dia 13: volta Lula!


PROCESSANTE INCONCLUSA E DOS MOTIVOS DE TER VOMITADO À EXAUSTÃO – EU DO MESMO LADO DO BORGO E DA KLAN
Num outro post fiz uma alusão ao fato de terem tentado inventar uma manifestação em prol da mãe da prefeita e a considerei a cara do FEBEAPÁ – Festival de Besteiras que Assola o País – no caso versão Bauru. No dia de hoje, as patacoadas continuaram e tiveram prosseguimento durante a sessão da Câmara dos Vereadores, ou melhor, logo na sua abertura a leitura do desdobramento do pedido de processante para a incomPrefeita e após a modorrenta leitura feita pelo pastor seu Bira, eis que, segundo o regimento da casa, o próximo passo e sem discussões e rapapés, falas de nenhum tipo, a votação. Eis que, é instalado na casa a balbúrdia, ou melhor, o jeito dado por alguns – diga-se aqui vereador Eduardo Borgo -, para diante da eminente derrota, melar a coisa, cancelar tudo com a retirada de seu pedido de processante e a vaga promessa de tudo ser reapresentado em breve.

Hoje, quando tudo ia ser votado e Borgo não compondo naquele momento a vereança, pois como idealizador da processante, cedeu seu lugar para seu suplente. Esse votaria, mas o astuto vereador, diz que, teria, assim mesmo direito ao uso da palavra, prerrogativa prevista no Regimento da casa. Essa sua versão. Noutra, está lá que o rito é sumário, lido o processo, nada de falas e direto para a votação. O presidente da Casa, hoje mais perdido que cego em tiroteio, coloca em votação se Borgo teria ou não direito a fala – o que nada acrescentaria, sendo mais uma fala ao vento. Este perdeu e não podendo falar, retira o pedido, ou seja, ninguém vota mais nada, assunto encerrado, indo a sessão imediatamente para o próximo ponto da pauta.

De tudo, algo me fez escrevinhar este texto e como estive presente, o deixei para comentar ao final de tudo. Deu para perceber, a prefeita sentiu o baque do que está em curso, tanto que colocou na galeria da Câmara um bom número de seu escrete fora das linhas do campo, tudo para fazer balbúrdia. E fez, contra Borgo e a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan. Sabe o que quer dizer isso? Com dilacerante dor interna comunico a tudo, todas e todos que, quem estiver a favor da abertura da processante contra a alcaide Suéllen Rosim, neste caso, estará também alinhado com o vereador Eduardo Borgo e essa pérfida rádio, o que, convenhamos, é algo meio que fora da casinha. Diante de tudo o que representa Borgo, Pittoli e a Pan (Klan), mesmo a causa sendo nobre, dá um nó no estômago em ver a prosopopeia do vereador como conveniente e o falatório da rádio como justos. Mas como? Ver Borgo debruçado sobre a bancada da imprensa na Câmara, trocando figurinhas ao pé do ouvido com repórter da rádio, repassando algo para Pittoli soltar a voz nos microfones e depois referendar isso tudo é o que me fez sair antes de tudo estar consumado. Vomitei até não mais poder, porém, continuo crendo que a tal da processante ainda possui alguma chance de ser alcançada. Não é fácil digerir isso tudo sem meus antiácidos. O FEBEAPÁ é aqui mesmo e ninguém tasca.

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