sexta-feira, 8 de julho de 2022

REGISTROS LADO B (94)


ANTECIPO PARA HOJE, 19H30 O 94º LADO B, COM ILUSTRE PRESENÇA DO PROFESSOR LUIZ GONZAGA BELLUZZO – BATE PAPO COM AUXÍLIO DA ADVOGADA MARIA CRISTINA ZANIN
Na maioria das vezes, os convidados para estar aqui neste bate papo semanal, o LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES são pessoas locais, quando muito regionais ou com alguma ligação umbilical com Bauru. Nestas 94 edições cavei papos em outras esferas e repito hoje a fórmula com o devido louvor. Trago para a roda de conversa nada menos que o economista e professor LUIZ GONZAGA BELLUZZO. Este é uma daquelas personalidades dispensando muitas apresentações, mas mesmo assim as faço, pois trata-se de eminente cidadão destas plagas brasileiras, pulsando este país nas 24h do dia (da noite também). Belluzzo é o que se pode chamar de coringa, pois joga em todas as posições, chuta de bico quando necessário, mas possui jogo refinado, bem fundamentado e preciso, ciente da boa jogada e do passe feito milimetricamente para o parceiro chutar e fazer o gol. Conversar com ele será um grande prazer e para tanto convidei, ou melhor, fui por ela induzido a trazê-lo, nossa advogada de todas as horas e momentos, Maria Cristina Zanin.
Semana passada ela propiciou para Bauru o evento “Revoga Já”, sobre as transformações na legislação trabalhista e um dos convidados para palestrar foi o professor. Ele começou sua fala falando de sua aldeia natal, Bariri e quando o ouvi, pensei de como seria interessante trazê-lo para falar de sua cidade, dessa região e de tudo o mais que o cerca. Zanin fez a ponte e ele topou.

Vejam alguns de seus textos semanais para revista Carta Capital, da qual é também um dos diretores: https://www.cartacapital.com.br/author/luiz-gonzaga/. Se puder falaremos incialmente de suas origens interioranas e de como pegou o gosto pela área econômica. Sua formação e depois adentraremos em tudo o que sabemos dele, sua sapiência marxista, a presidência de um grande time de futebol brasileiro, o Palmeiras, a mágica em conseguir manter vivo o sonho de Carta Capital, junto de Mino Carta e algo que sempre tive imensa dificuldade de compreensão, desmistificar o economês, linguagem tão distante do pobre mortal brasileiro. Evidente que, tocarei no fato de termos aqui na terrinha bauruense um arremedo de economista, expelindo conceitos distorcidos sobre o tema, emérito chutador, ligado ao predatório neoliberalismo, já em decadência mundo afora, mas aqui no Brasil, ainda pulsante e fazendo adeptos.

O professor deve nos dar mais uma aula sobre o trato com esse conflitivo momento brasileiro. Será um prazer puxar conversa com quem tem muito a nos dizer e quando fala – ou escreve -, o faz com sapiência, conhecimento de causa. Belluzzo abrilhantará o começo desta noite de sexta, com uma imperdível conversa, dessas para ficar na história deste Lado B. Será nosso 94º bate papo e, como a cada semana, este promete muito. Desde já todos estão mais do que convidados.
Vamos juntos?

Eis o link da gravação realizada, por fim, sábado, 09/07, 15h (sexta adiada por problemas conexão) com 1h30 duração, com ótimos temas sendo abordados. Foi, o que que posso denominar de auspiciosa conversação: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/786445556103821



DESESPERADOS*
* Este meu 78º texto para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo:
Meu pai já dizia isso nos meus tempos de moleque: “Cuidados com os desesperados, pois fazem coisas que até deus dúvida”. Essa espécie de máxima serve para todos os nessa incômoda situação. Hoje, quem está nessa situação é o ainda presidente, o ex-capitão, também miliciano, ocupando o Palácio do Planalto até o final deste ano. Não está existindo meios dele subir nas pesquisas e como continua aprontando uma pisada na bola por dia, seu descrédito só cresce e a cada dia mais próxima da derrocada. Não só derrocada, como ter que prestar contas com a Justiça. São tantos os deslizes, dele e dos seus quatro filhos, que sabem muito bem: não ocorrendo a reeleição, terão se ver com a lei. Sua única chance é se reeleger, pois daí com imunidades garantidas, vai tentar melar o País de vez e destruir com todas as instituições sérias, tornando de vez o Brasil o paraíso do crime organizado.

Jamais o ex-capitão foi páreo para Lula. Nem nos locais no interior paulista, reduto conhecido de atroz conservadorismo, seus índices não convencem e Lula cresce. Com o início da campanha oficial tendo a largada em agosto, será empreendida a fase final desse curto e conturbado período, que nos levará até o dia da votação. Ciente de que a viola está praticamente em caco, começa o período do vale-tudo para Bolsonaro e os seus. Farão de tudo e mais um pouco, jogarão sujo em todos os lances e contarão com a licenciosidade do Tribunal Eleitoral. A pouca vergonha já começou com a última edição da revista Veja requentando uma denúncia já apurada, dissecada e sepultada, a da participação do publicitário Marcos Valério e envolvimento do PT, inclusive ligando-o ao PCC. Isso deve ser só o começo da porcariada sendo urdida nos bastidores da campanha de reeleição do capiroto.

Cai nessa só quem quer. Incautos e os que já estão decididos a continuar cegos e mesmo na repetição de fantasiosas “facadas”. O arsenal deve estar prontinho, mas pode ser barrado pela ação da Justiça, que se for realmente séria, interrompe no nascedouro o ciclo de fake-news. O próprio Tribunal Eleitora, que no período eleitoral será presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, já afirmou não serão permitidos o que ocorreu na eleição passada. Algo como a mamadeira de piroca deve ser barrada, mas a estratégia agora é se utilizar de uma imprensa mentirosa e ela fazer o serviço sujo, lançando os balões de ensaio, algo como jogar merda no ventilador. Junto dessa imprensa desqualificada e já desacreditada, se juntam todos os regiamente pagos para fazer o serviço sujo, como a rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, o que de pior temos hoje em matéria de jornalismo confiável. 

Por estes órgãos sairá daqui por diante, algo dantesco, vergonhoso, mas parte do plano, o de tentar a qualquer custo fazer com que Lula caia nas pesquisas. Tarefa difícil, inglória e das mais pérfidas. Creio que, o que irá mesmo ditar o rumo dessas eleições é a situação na casa do brasileiro. A miserabilidade aumentou gradativamente e hoje o programa criado pelo atual desGoverno para substituir o Bolsa Família não cobre metade de uma cesta básica. O brasileiro votará com o estomago, com o que se depara dentro de sua geladeira. Quando feita alguma comparação com o Brasil que tivemos com Lula nos seus dois governos e com o proporcionado pelo genocida, o que abomina pobres, só mesmo alguém muito desmemoriado para acreditar em história da carochinha. Enfim, mesmo com utilização de toda sacanagem deste mundo, alguém crê em sã consciência que Bolsonaro poderá fazer em num próximo mandato o que só destruiu até agora. O desespero tem tudo para dar com os burros n’água. Toc toc toc.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

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