DOMINGO CEDO ACOMPANHANDO A "ONÇA" RUGINDO NA TV RECORDEsso Maciel sendo Esso Maciel, ao seu modo e jeito. Como querer controlar este bravo e resistente guerreiro, nos seus 81 anos? Impossível. Ele nos conduz...
Continua campanha doações recursos manutenção do Esso até encontrarmos local definitivo sua nova morada - Deposite PIX conta Mariza Basso Basso fone 14.99703.6312
Levantei cedo, 8h estava com Esso e 8h30 estávamos diante do que restou se sua casa incendiada na "Cidade Falcão". Ele me disse ter passado quatro horas se preparando e o vejo com maquiagem e o rosto todo decorado para assim ser visto na matéria que a TV Record iria fazer com ele e sua tragédia, a do incêndio em sua casa. Eles chegaram, ouviram nossos relatos, gravaram imagens e depois com Esso e comigo (Mariza Basso e Tatiana Calmon não puderam vir). Ela, a jornalista, Ana Paula, fez uma só pergunta oa Esso e ele discorreu lucidamente sobre ele, o seu problema e a solução. Muito ciente da nova vida pela frente, foi breve, falou tudo de uma só vez. Soube ocupar o tempo disponível. Como não estar ao lado de tão impressionante pessoa?
Saio de lá correndo, atrasado para a panfletagem que iria fazer na feira dominicial, junto de outros tantos. Tudo me é importante, Esso e depois eleger Haddad e Lula. Tudo ao seu tempo. Encontrei tempo para tudo e assim toquei meu domingo. Essas minhas escolhas...
Sabe tudo do lugar, conhece todas as pessoas e, como faz todo domingo, não suportando ver lixo espalhado pela quadra, varre o quarteirão todo. Enquanto ela cumpre essa função, do portão, em pé, firme e forte, a mãe, dona Valda, 91 anos, quase todos vividos por ali - vietam da vila Dutra, outro reduto de trabalhadores ferroviários. Vasculhei seus conhecimentos sobre a Falcão e ela, não errou uma. Conhece minha família inteira, meus avós José e Olívia Perazzi, minha mãe Eni, tia Edi, seus filhos e meus irmãos.
Lembramos de figuras históricas do bairro, algumas polêmicas, famílias tradicionais, algumas pomposas, enfim, uma enciclopédia ambulante. Enfim, dessas pessoas que a gente sabe como começa uma conversa, mas nunca como acaba. História viva e ambulante.
Não existe mais tempo a perder, no momento e no caso, é lutar, lutar e lutar. o amanhã pode vir com esperança ou o desgraçamento deste país, adentrando de vez num período dominado pela ultra-direita, a mais raivosa e perversa possível. Perseguições serão café pequeno, mas o pior mesmo é o que acontecerá com o Brasil num todo. Sua destruição nas mãos dos perversos milicianos será, cada vez mais, o isolamento, quase sem contato com o exterior, mas atuando contra o próprio patrimônio aqui dentro de nossas fronteiras. Se faz necessário, repetindo sempre, deixando claro na cabeça das pessoas que é possível apostar em um Governo compromissado com as políticas públicas, isso a partir do retorno do ex-presidente Lula à Presidência da República. Convencendo uns e outros pelas ruas, no sentido de semente plantada. Isso é o que vai gerar muitos frutos no futuro. Uma das maiores razões para o enfraquecimento da democracia é a profunda mudança que ocorreu na forma como nos comunicamos e consumimos informações. Sem muito tempo para escrver, pois neste momento, o fazendo só por aqui, dentro de uma bolha, não atingiremos quem precisa ser tocado. Ruar se faz necessário.
APÓS MANHÃ DE PANFLETAGEM NA FEIRA DA GUSTAVO, PIT STOP NO BAR DO BARBAManhã intensa, com mesa postada na boca de entrada da feira, esquina da Gustavo com Primeiro de Agosto, com sobe e desce, muita panfletagem para Haddad e Lula e ao final, por volta das 13h, parada obrigatória para recomposição, no Bar do Barba, boca entrada Feira do Rolo. Prontos para o segundo tempo, logo mais à tarde. Parar mesmo só depois do dia 30, o da votação do segundo turno.
Antes de me unir ao grupo, chego por baixo, adentro a Feira do Rolo, reduto onde me sinto em casa e lá um gaiato me aborda: "Eleger Lula por que, se tudo já está mais do que dominado. O que ele poderá fazer diante de um parlamento cada vez mais com a cara do conservadorismo e da ultra-direita bolsonarista?". Ele tem razão, estamos entre a cruz e a espada. Tem um Brasil ainda pujante, lantente e vibrante, o Nordeste brasileiro, mas do restante pouca esperança, quase nenhuma. O que vimos como resultado das urnas é desalentador, sombrio, mas ainda nos apegamos em Lula e no que pode tentar a fazer, sua capacidade de conciliador, desta feita junto a um Centrão cada vez mais poderoso, onde dificilmente será conseguido quebrar o jogo dessa bestialidade denominada de Orçamento Secreto. Minha resposta a ele foi neste sentido. Tenho que manter alguma esperança, do contrário feneço de vez e do alto dos meus 62 anos de vida, ainda quero continuar tentando, desta feita junto de um Governo com proposta para nos tirar deste atoleiro.
Subo a feira distribuindo folhetos de Haddad e Lula. Hoje, mais do que no primeiro turno, quem pega é porque já tem o voto definido e quem não pega, idem. As coisas, ao meu ver, estão muito bem estabelecidas. O jogo já está praticamente definido e depois, lá junto aos demais desbravadores da feira, ouço do Claudio Lago: "Na eleição passada tivemos votação pífia em Bauru, onde o bolsonorismo ganhou de 80% da gente e agora, se conseguirmos diminuir isso e cravarmos 40% dos votos já é um avanço e ajudará muito na eleição de Lula". Olho para o passado e isso tudo me assusta. Temo não ter mais tempo para ver as transformações de justiça social sendo implantadas e temo ainda mais em observar a perseguição a qual poderemos estasr adentrando, com gente que nunca vi na vida, me seguindo e instigando pelo que escrevo e penso. Nada disso está longe de acontecer, mas se ao menos elegermos Lula, uma esperança de retomada do caminho.
E depois de passarmos a manhã na feira, nada como descê-la novamente e bebericar alguma coisa. Sento junto aos que restaram e fico a observar, como faço há décadas, o desmonte da feira. Convivo com estes personagens, os desvalidos do lugar a nos rodear e destes, os que não estão a entender nada do que acontece à sua volta, além da própria sobrevivência, fico a papear e tentar desanuviar a mente de pensamentos ruins. Tentamos conversar algo, fazer as conjecturas do futuro, entender o presente, mas nada é fácil. A gente se entende entre a gente, mas pouco de tudo o mais acontecendo ao nosso redor. De tudo, a lembrança de uma frase auspiciosa de Ulisses Guimarães, quando questionado sobre os políticos do seu tempo. "Se você acha esse Congresso ruim, espere até o próximo". O próximo será muito pior que o atual, que já é um horror. Sento e bebo, depois vou pra casa, fazer almoço, lavar roupa, ouvir música e tentar ler as edições passadas de minha revista semanal, a Carta Capital, três em atraso antes de colocá-las na estante, junto as demais, armazenadas a contar a história destes tempos. Lendo para distrair a mente, mas confesso, ela anda cada vez mais e mais preocupada com tudo pela frente, mas sem saída, segue em frente.
TUDO TERMINOU ASSIM
O DEBATE NA BAND E O BICHO PAPÃO DEBAIXO DE MINHA CAMAEnfim um debate dentro de um horário onde quem dorme cedo consegue assistir, 20h. O formato de colocar lado a lado os dois, Lula e Bolsonaro e deixar o pau comer. Quinze minutos para cada em dois blocos, onde em pé, um ao lado do outro, descem o sarrafo. Bolsonaro só responde o que lhe convém, mente muito e não está disposto a debater nada. Se Lula poderia se apresentar melhor ou não, muito relativo, pois vejo que, com seus 76 anos, está apresentando sinais de cansaço, por ter que se submeter a um debate ao lado de pessoa tão maléfica, representante do declarado caos e tentar ser sociável, respeitoso. Deve cansar muito isso tudo. O que mais me impressionou no debate veio depois do seu encerramento.
Ouvi que Sergio Moro, ex-ministro de Bolsonaro, depois inimigo, estavam juntos novamente, este assessorando o candidato à reeleição. Na entrevista após o encerramento, estavam juntos, na maior cara de pau. Moro fazendo o papel que o tal padre do PTB fez no debate da Globo. Juntos novamente, ou seja, nunca dissociados, pois a perversão está junto deles e do que representam. Traidores da pátria, perversos até a medula, ludibriadores da fé popular, são isso mesmo, pessoas que se merecem e se entendem, pois são a mais exata personificação destes tempos. Traem tudo e todos para chegar ao poder. Chegaram, se instalaram e agora, vendem o País.
Vê-los juntos, sorrindo para as câmeras me fez perder o sono. É como ter visto o bicho papão pouco antes de me deitar e saber que ele vai permanecer debaixo de minha cama enquanto tento dormir.
O "L" DE LULAR (14)
Na manhã deste domingo, tive o prazer de estar ao lado de duas professoras na panfletagem realizada na feira da rua Gustavo Maciel, a maior da cidade. Um dia depois do Dia do Professor, lá estavam as duas se doando pela causa maior a nos mover e estar nas ruas, a tentativa de mudar algo, de eleger o palatável para governança de São Paulo e do Brasil, Haddad e Lula, todas nossas esperanças depositadas em ambos. Enorme felcidade de poder conviver bocadinho do dia ao lado de FÁTIMA NUNES, professora da rede pública, municipal e estadual, gente dos bairros populares, preparada para os embates desta vida e MARIA LUCIA VISSOTTO, professora aposentada da Unesp, Ciências Sociais, pensadora e na boca de entrada da feira, tentando convencer os ainda em dúvida, conversdando e propondo algum diálogo. Eu mais as vi atuando e de queixo caído fiquei, indo no vácuo de ambas, fortes e resolutas no que fazem. E fazem bem feito. Meu contentamento maior é poder desfrutar da convivência com tão boníssimas pessoas e todos lutando por algo salutar para o mundo onde vivemos.
Stewart Williams /@photostew / @photo_stewart = a disgusting loser
ResponderExcluirStewart Williams /@photostew / @photo_stewart = a weak-chinned disgusting loser
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