segunda-feira, 31 de outubro de 2022

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (183)

FACADA, EXONERAÇÃO, RODOVIA E AS PRIMEIRAS PÁGINAS

ALGO DAS PRIMEIRAS PÁGINAS E A MINHA PREFERIDA
Não foi nem ressaca, mas acordo nesta manhã de segunda meio que, com a alma lavada, porém preocupado, pois inegável, ocorreu um avanço de difícil trato com a direita, mas não a direitana qual estávamos acostumados a conviver. Agora, quem cresceu e muito foi a ultra-direita, o fascismo, algo beirando o nazismo. Uma radicalização eivada de ódio e mesmo diante de tantas evidências da bestialidade do que defendiam, após tantas provas concrertas contra a ação de Bolsonaro, estes se mantiveram ao seu lado, sem arredar pé e sem se deixar levar pelas provas acumuladas do desvario. Está incutido nestes um ódio contra a esquerda, contra o PT, que os fazem agir por osmose, sem enxergar mais nada além do que lhes interessa. Com estes ainda não vejo possibilidade de diálogo, pois não aceitam ouvir, quanto mais conversar. Lula é eficiente na conciliação, mas tem pela frente uma missão das mais árduas, pois o país está literalmente dividido. É com isso que iremos trabalhar e atuar. Se nos mobilizamos novamente, principalmente neste segundo turno, daqui por diante, essa mobilização tem que ser constante, ininterrupta. é com tudo isso na cabeça que, acordo hoje, abro as primeiras páginas do jornais e vou tentando ver como a mídia massiva brasileira entendeu isso tudo. Já pedem pra Lula se conter, abrandar, se aliar, aceitar a modelação proposta pelos "donos do poder". De tudo, a melhor capa, com o texto mais elucidativo eu li pelo diário argentino Página 12. Eles estão mais lúcidos que a nossa grande mídia, inegável isso. Creio que, a mídia nativa, mesmo com todas vordoadas que levou, não aprendeu muita coisa. Ou seja, temos um trabalho imenso pela frente. Estou ainda querendo entender tudo o que aconteceu e o que virá pela frente. Deixa baixar um pouco a névoa da vitória e vamos consolidando melhor as ideias e propostas.

E ACORDAMOS NA SEGUNDA COM O CAPIROTO CALADO
"Bolsonaro está em silêncio. Ninguém faz ideia de quais serão seus próximos passos. Em todo caso, ele criou uma situação problemática para si mesmo. Sua base mais radicalizada, que equivale a 20% do eleitorado, espera que ele recorra a um golpe militar, como forma de evitar a diplomação e a posse de Lula. Tenho lido isso nos grupos de WhatsApp deles. O gesto desesperado de alguns grupos de caminhoneiros, que tentam bloquear estradas, demonstra isso. Querem ganhar no grito. Precisa ser no grito. Mas, será que haveria apoio do restante do eleitorado para uma saída extrema como essa? E haveria condições institucionais para que algo assim prosperasse? Se sim, o Brasil afundaria numa ditadura, com consequências graves para todos. Se não, Bolsonaro e seus aliados mais próximos ficariam com a própria cabeça a prêmio, correndo os risco de serem presos e coisa do tipo. Por outro lado, se ele vier a público e reconhecer a vitória do adversário, sem expressar qualquer esforço no sentido de tomar uma atitude extrema para reverter a derrota, ele poderá desmobilizar e até ganhar a antipatia da ala radical. É um cenário em que qualquer alternativa que se apresenta trará resultados péssimos para ele. Se estivéssemos em uma situação normal, com políticos normais, bastaria Bolsonaro ficar na oposição, aguardando o adversário errar, para tentar retornar ao poder. O lance, porém, é que Bolsonaro optou pelo radicalismo extremo. Não vai ser nada fácil se livrar dessa teia que ele armou para si próprio e sua família", jornalista Rodrigo Ferrari.

O MOVIMENTO QUE COMEÇOU NA HAVAN, PAROU RODOVIA RONDON
1.) Insuflafos pelo espírito de "não saber perder", bolsonaristas estão sendo teleguiados para se aglomerarem no estacionamento da Havan, no Altos das Nações, todos uniformizados de verde-amarelo, com intuito de fecharem a avenida Nações Unidas a partir das 18h. A Havan se presta a este serviço, numa demonstração de que, lei e resultado de eleição é pra ser cumprida e respeitada, desde que atenda seus interesses. A PM acompanha tudo, pois foi previamente anunciado pelas redes sociais. A verificar os resultados e propósitos.
2.) Posto agora, 18h44, o movimento da Havan interrompendo, não a Nações, mas a rodovia Rondon, algo parecido com o que os caminhoneiros fizeram pela manhã. Informo que a PM acompanhou tudo, inclusive a Rodoviária e helicóptero sovrevoando local.

SECRETÁRIA CULTURA SENDO EXONERADA NO DIA DE HOJE
A Secretária de Cultura de Bauru, Tatiana Sá sofreu processo de exoneração na tarde de hoje, em decisão tomada pela alcaide Suéllen Rosim. Motivo de variadas críticas, pela inércia e mãos atadas na tomada de decisões da pasta, ela pouco fez no período em que está à frente da Cultura municipal, muito mais por não ter nenhuma possibilidade de ação. Nessa administração toda e qualquer decisão no setor é tomada pela prefeita e cabe à quem ocupa cargos comissionados, de confiança ou mesmo de carreira, concordar. Aos descontentes, restam poucas possibilidades. Uns poucos se posicionam contrários e a maioria se cala. Ou seja, a Cultura fenece a olhos vistos na cidade. Não se sabe se o motivo principal dessa movimentação da prefeita foi causada pelo ocorrido com as viagens turísticas para Poços de Caldas, com ônibus da Educação ou pelo conjunto da obra. Como defesa para Tatiana, poderia afirmar algo bem nítido neste e noutros procedimentos similares: a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. O fato é que, se for por este motivo, existem outros personagens envolvidos e até com mais responsabilidade, como ficou demonstrado nas audiências realizadas, com depoimentos bem elucidativos neste sentido. Cogita-se o nome de servidor comissionado, Paulo Eduardo Campos, diretor de Ação Cultural, já atuando nas hostes da pasta, passando toda parte da tarde em reunião no terceiro andar da Prefeitura. Por outro lado, circula um Abaixo Assinado entre os funcionários, como última tentativa de reverter a decisão pela exoneração. Só mesmo amanhã, com o que sair publicado no Diário Oficial do município teremos a certeza do que acabou de fato se consolidando ou até mesmo, um perdão de última hora. A conferir...

NOITE FOI VIOLENTA EM AREALVA APÓS RESULTADO DAS ELEIÇÕES - DE FACADA À GARRAFADAS NO ENTORNO DA PRAÇA CENTRAL E JHOU FERNANDES ESTÁ HOSPITALIZADO
Tenho escrito muito nos últimos dias, várias histórias envolvendo Arealva. Comecei com a história da Silvinha do PT, cuja morte e bandeira do partido sob seu caixão me levou a conhecê-la e, assim também sua resistência, a de uma vida inteira. Depois, ainda ontem o relato de moradora que, corajosamente manteve toalha com a face de Lula em seu muro, algo único na cidade. Hoje cedo tomo conhecimento de nova história, mais escabrosa e a revelar como se resolvem algumas das questões nessas cidades de pequeno porte no redor de Bauru.

A praça central é point de lazer da juventude, hoje muito mais do que a "prainha" do rio Tietê, antes muito movimentada e também os ranchos da beirada do mesmo rio. Não tendo muito para onde ir, tudo ocorre por ali. Todas as tribos para ali convergem. Na noite do domingo, tão logo saiu o resultado das urnas com a vitória de Lula, muitos jovens e alguns militantes para lá se dirigiram. O estado era de festa, algo natural diante da vitória apertada e do acirramento da campanha. Tudo transcorria como sempre se deu em cidades de pequeno porte, quando alguns afirmam, "o bicho pega muito mais do que em cidades maiores".

Algo começou a ocorrer ali no entorno. Bolsonaristas também estavam próximos da praça e algo também ocorreu num veículo adesivado com motivos da campanha petista, sendo cercado, alvejado e teve que acelerar para não ocorrer algo de mais grave. Estava formado um clima de acirramento. Numa das pontas da praça um grupo comemorando e nele, o jovem Jhou Frenandes, que ao saber estar ocorrendo um desentendimento na Pestiscaria da Praça, para lá se dirigiu, até para se certificar se tinha algum amigo (a) envolvida na questão.

Chegou, já levou um soco na cara e na sequência uma facada. O autor, estava num grupo de aproximadamente cinco pessoas, alguns conhecidos por frequentar a cidade. Dizem todos serem de Bauru, mesmo não sendo identificados até o momento. Contatei algumas pessoas que estavam junto de Jhou ali no canto festivo da praça e me disseram o autor ser alguém loiro, de camisa preta, alto e pessoa não conhecida, mas os demais sim. Ou seja, muita possibilidade de identificação.

Jhou foi levado para a Santa Casa da cidade, mas devido ao seu estado, na madrugada foi transferido para o Hospital de Base de Bauru, onde passou por transfusão de sangue e outros procedimentos médicos. Ligo para a Polícia Civil pela manhã e nada havia chegado até eles, além de mensagens pelas redes sociais. Tentei contato com a Polícia Militar, mas não atenderam. Recebo informação de que, existem câmaras na praça e as imagens podem ser recuperadas e auxiliar na reconstituição e identificação do autor da facada e seus amigos.

Por fim, todo o ocorrido, extrapola uma mera briga de bar. Primeiro , ouvi de testemunhas que, os jovens de Bauru eram bolsonaristas e estavam incomodados com a festa dos lulistas. Depois, Jhou é homossexual e pode ter ocorrido também algo com caráter preconceituoiso e homofóbico. O ocorrido está inserido num contexto de muitas outras provocações ocorrendo ali no entorno da praça e todas, tendo como pano de fundo a não aceitação da derrota pelos bolsonaristas. Passei as informações que tinha para o jornalismo do Jornal da Cidade e creio, eles possuem, muito mais condições de efetuar uma matéria investigativa, com muito mais detalhes, algo que deve sair na edição de amanhã do diário bauruense.

Não sei ter sido este o único, mas até o momento, vejo o mais grave incidente ocorrido na região, envolvendo algo com ligação umbilical ao resultado da eleição elegendo Lula. Por tudo o que representa, o assunto merece uma perícia bem apurada dos acontecimentos. Até o momento poucas informações do estado de Jhou, considerado por todos seus amigos como "pessoa muito alegre, sempre de bem com a vida, amigo e querido por todos na cidade".

FESTA POPULAR DOMINGO NOITE NO VITÓRIA RÉGIA - FELICIDADE POR LULA
Diferente de festa de militantes, essa foi diferente. O povo foi aparecendo assim do nada, carros cheios de gente, todos querendo comemorar a vitória de Lula. Contagiante presenciar esse surgimento de algo, sem necessidade de agendamento prévio. Todos surgiram do nada e a festa foi mais do que contagiante. Eis o link de uma gas gravações na avenida Nações Unidas:  

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