Isso acontece aqui no Brasil neste exato momento, ou melhor, retifico, acontece também aqui em Bauru, a cidade onde nasci, cresci e vivo. Algumas pessoas estão na beirada da rodovia, já destravada e com veículos trafegando nornmalmente, estes louvando o seu "mito" e clamando por um golpe de estado. Repudiam a democracia e querem o retorno do tal "mito", independente do resultado de uma eleição o destituindo do poder. Fazem mais, dizem que caminharão a pé, empunhando seus estandartes, da rodovia até à frente de um quartel do Exército e lá clamarão aos céus e aos militares pelo golpe de Estado.
A comparação com Jim Jones é inevitável. Diria mesmo, justa e muito próxima da realidade. Ouço Bolsonaro falando e imagino no que Jim Jones pode ter prometido aos seus súditos, os induzindo para a morte coletiva. Não seria algo muito similar? Sim. Tomara estes ainda possam, seguindo a razão e o bom senso, seguir preceitos mínimos de racionalidade, deixarem a ficha cair. Os observo a distância - não tenho desejo nenhum de apeoximação -, pois sei serem perigosos quando em grupo. Temo pelo futuro deste insano movimento, fazendo uso das cores da Pátria e de seguindo líderes ignóbeis, cometam loucuras, pelas quais se arrependerão pelo resto de suas vidas. Ouço pelo som que vem de longe, vozes pelos microfones e não reconheço nenhum, ou seja, todos os que fazem uso do microfone lá usado pelos na beirada da rodovia Rondon, nem são daqui, vieram prestar esse deserviço para a cidade e são aceitos por alguns incautos. Não estariam tocando a flauta e aquela turba seguindo com eles ao precipício?
RECADO DE ATUAÇÃO - AOS DERROTADOS E DOS VITORIOSOS
Os vitoriosos nesta eleição de 2º Turno se mantiveram impolutos e acertadamente, pelo menos até agora, só observando os acontecimentos nas ruas, com reação destoando totalmente dos preceitos ditos democráticos, por grupo não sabendo perder. Essa ocupação das rodovias foi algo a entristecer ainda mais o momento vivido, eivado de muito ódio e do perigo do fascismo querendo se aproximar e ocupar espaços. Na história de Bauru, bem lá atrás, os camisas-verdes tentaram fazer o mesmo na cidade e foram rechaçados de forma violenta e expulsos à tapa do centro da cidade, em algo louvável e a engrandecer a historiografia bauruense. Quem o fez foram os atuantes grupos políticos populares, não interessados em deixar avançar algo perigoso. Hoje algo diferente. Os vitoriosos, representando mais da metade da população, estão só observando as atrocidades cometidas e, inteligentemente, não querendo radicalizar nada. Até porque sabem que, isso tudo é movimento que vai passar muito rápido, indo com o vento e o que vai ficar, permanecer e se fincar no espectro da vida política bauruense, paulista e brasileira será a implantação do novo governo, imensamente mais saudável do que o atual. Ninguém entrou no jogo proposto, o do confronto, sugerindo como queriam, o caos institucional. Deixamos eles lá no insano manifesto e tudo se finda, com eles cada vez mais demarcados, como sem noção, inconsequentes e doentes, pois lutando por um golpe, tão descabido e fora do contexto. Tiveram que sair da beirada das rodovias e hoje, pelo menos aqui Bauru, foram para a porta do Tiro de Guerra - o que mais próximo encontraram de representantes do Exército - , imediações de hospital, onde deverão acampar até perceberem do ridículo do que estão a sugerir. Seria cômico, não fosse trágico.
BOLSONARO EM SUA FORMA MAIS PURA, por Eric Nepomucemo, texto publicado edição do diário argentino Página 12, edição de 02/11/2022:
"Após um silêncio retumbante de mais de 44 horas, o ultradireitista Jair Bolsonaro finalmente anunciou ontem que faria uma declaração ao país.
Esperava-se um reconhecimento da derrota contra Lula da Silva no último domingo, embora o nome do vencedor não tenha sido mencionado.
A mídia foi convocada para estar no Palácio da Alvorada, residência presidencial, às três da tarde.
Depois de uma hora e quarenta e quatro minutos, Bolsonaro apareceu, cercado por ministros e figuras de seu meio político.
Ele estava sorrindo, tentando parecer calmo após a vitória de Lula da Silva.
E finalmente ele falou ao país . O que se viu e se ouviu foi Bolsonaro em sua forma mais pura. Em outras palavras: bizarro, covarde e mentiroso.
dois minutos e quatro segundos
Foram pouquíssimos dois minutos e quatro segundos, em que o nome de Lula e as palavras "vitória" ou "derrota" não foram ouvidas.
Começou agradecendo aos 58 milhões de brasileiros que votaram nele, para dizer de imediato que "os movimentos populares atuais são fruto de indignação e sentimentos de injustiça" pela forma como decorreu o processo eleitoral.
Classificar o fechamento violento de rodovias em todo o país como sendo “movimentos populares” é, vale reiterar, Bolsonaro em sua forma mais pura.
Será que ele não sabe que as ocupações das rodovias foram incentivadas diretamente por assessores muito próximos de seu gabinete presidencial, e convocadas duas semanas antes do dia da eleição, quando já havia muitos sinais de sua derrota?
É impossível acreditar que Bolsonaro ignore atos de violência registrados nas estradas de todo o Brasil, como deixar crianças e gestantes sem água e andar quilômetros e quilômetros ao sol, ameaçados de violência física.
Criticou, muito incidentalmente, os métodos utilizados por aqueles que bloqueiam as estradas, dizendo que "não podemos agir como a esquerda, que sempre prejudica a população".
Perigoso
Os responsáveis pelo fechamento de rodovias divulgaram, pelas redes sociais, mensagens pedindo a intervenção das Forças Armadas, impedindo Lula de assumir a presidência em 1º de janeiro de 2023. De passagem, pediram a prisão de vários membros do Supremo Tribunal Federal e convocou seus seguidores a pegar em armas em defesa da "democracia" e, claro, do próprio Bolsonaro.
Horas antes, a extrema-direita desequilibrada havia convidado os membros do Supremo Tribunal Federal para uma reunião na residência presidencial. Ouviu um “não” mais do que retumbante em uníssono : só haveria uma reunião depois que ele fizesse uma declaração pública reconhecendo claramente o resultado das urnas.
Com sua postura patética e bizarra ontem, Bolsonaro conseguiu algo inesperado: pregou o caixão de seu governo dois meses antes do prazo estabelecido pela Constituição.
Ele continuará como presidente, é claro, mas todo o resto se dilui na lama imunda que o cerca.
O que ele vai fazer daqui em diante é puro mistério. E puro perigo".
"Após um silêncio retumbante de mais de 44 horas, o ultradireitista Jair Bolsonaro finalmente anunciou ontem que faria uma declaração ao país.
Esperava-se um reconhecimento da derrota contra Lula da Silva no último domingo, embora o nome do vencedor não tenha sido mencionado.
A mídia foi convocada para estar no Palácio da Alvorada, residência presidencial, às três da tarde.
Depois de uma hora e quarenta e quatro minutos, Bolsonaro apareceu, cercado por ministros e figuras de seu meio político.
Ele estava sorrindo, tentando parecer calmo após a vitória de Lula da Silva.
E finalmente ele falou ao país . O que se viu e se ouviu foi Bolsonaro em sua forma mais pura. Em outras palavras: bizarro, covarde e mentiroso.
dois minutos e quatro segundos
Foram pouquíssimos dois minutos e quatro segundos, em que o nome de Lula e as palavras "vitória" ou "derrota" não foram ouvidas.
Começou agradecendo aos 58 milhões de brasileiros que votaram nele, para dizer de imediato que "os movimentos populares atuais são fruto de indignação e sentimentos de injustiça" pela forma como decorreu o processo eleitoral.
Classificar o fechamento violento de rodovias em todo o país como sendo “movimentos populares” é, vale reiterar, Bolsonaro em sua forma mais pura.
Será que ele não sabe que as ocupações das rodovias foram incentivadas diretamente por assessores muito próximos de seu gabinete presidencial, e convocadas duas semanas antes do dia da eleição, quando já havia muitos sinais de sua derrota?
É impossível acreditar que Bolsonaro ignore atos de violência registrados nas estradas de todo o Brasil, como deixar crianças e gestantes sem água e andar quilômetros e quilômetros ao sol, ameaçados de violência física.
Criticou, muito incidentalmente, os métodos utilizados por aqueles que bloqueiam as estradas, dizendo que "não podemos agir como a esquerda, que sempre prejudica a população".
Os responsáveis pelo fechamento de rodovias divulgaram, pelas redes sociais, mensagens pedindo a intervenção das Forças Armadas, impedindo Lula de assumir a presidência em 1º de janeiro de 2023. De passagem, pediram a prisão de vários membros do Supremo Tribunal Federal e convocou seus seguidores a pegar em armas em defesa da "democracia" e, claro, do próprio Bolsonaro.
Horas antes, a extrema-direita desequilibrada havia convidado os membros do Supremo Tribunal Federal para uma reunião na residência presidencial. Ouviu um “não” mais do que retumbante em uníssono : só haveria uma reunião depois que ele fizesse uma declaração pública reconhecendo claramente o resultado das urnas.
Com sua postura patética e bizarra ontem, Bolsonaro conseguiu algo inesperado: pregou o caixão de seu governo dois meses antes do prazo estabelecido pela Constituição.
Ele continuará como presidente, é claro, mas todo o resto se dilui na lama imunda que o cerca.
O que ele vai fazer daqui em diante é puro mistério. E puro perigo".
https://www.facebook.com/100002005171998/posts/5584859294924188/
Matéria jornalística de Caco Barcelos, para o TV Repórter escancara ponta do iceberg, da pouca vergonha. Quando descobertos, ainda ameaçam... estilo muito próprio destes tempos que, felizmente chega ao fim.
Resposta popular: "A luta foi contra uma máquina que despejava dinheiro e tentava de todas as formas: coagindo, assediando, como visto neste vídeo, cercear a livre escolha! Teve uma máquina de fake news de maiores absurdos sobre temas sensíveis e mentirosos, disparada 24 horas por dia! Esse governo nos mostrou que é antiético e o que tem de pior no ser humano! Mas teve como resposta que o povo não está à venda!!! Viva o Brasil democrático! Viva Lula!", Irece Nabuco de Araújo.
VIVA A FIEL TORCIDA CORINTIANA - VAI ENCARAR?
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