quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

COMENDO PELAS BEIRADAS (126)


ENQUANTO ASSISTIMOS A COPA, APROVAM AS EMENDAS IMPOSITIVAS - VEREADORES COM GRANA PARA GASTAR COMO O EXECUTIVO
Ando mais lento que o habitual. Talvez, efeito da Copa do Mundo, essa a jogar tudo pra a frente. Nem tenho dado atenção tão grandiosa para ela, mas ela preenche espaços e deixa outros temas para serem tratados depois. A vitória de Lula e o compasso de espera com os vencedores, sem querer provocar crises e se mantendo distante dos provocadores, daí seguimos atento aos acontecimentos de Brasília, decisões do STF, movimentação de Lula, mas sem grandes envolvimentos. Isso tudo, junto e misturado tem provocado certa letargia, aquele momento em que, você senta no sofá, ouve e vê as coisas acontecendo, mas demora para tomar atitudes. Uma nhaca isso. Credito a isso tudo o momento atual, onde tudo acontece, parece não acontecer e demoramos para tomar atitudes ou para entender o que continua sendo feito.

Meus escritos andam minguando, como se a criatividade tivesse também acionado o compasso de espera. Quero tomar um choque, uma energização, pois ao abrir a janela, do lado de fora, um mundão inteiro para ser reconstruído e até mesmo, reconquistado. Enfim, ganhamos a primeira batalha e a segunda, mesmo com todos os acordos que estamos vendo sendo feitos, também é nossa. Quando baixamos a guarda e reagimos com menos virulência, "eles" se aproveitam e "passam a boiada", como está a ocorrer aqui em Bauru. Lá na nossa Câmara de Vereadores, enquanto a maioria está aturdida e sob o mesmo efeito do qual reclamo neste momento, um pacote passou e para a próxima legislatura um substancial aumento salarial, 100% assim de bate pronto nos vencimentos, além do aumento do número de vereadores.

Além dessas duas, teve outra, essa com alcance maior e menos discutida, também pouco entendida. O tal do projeto que cria as EMENDAS IMPOSITIVAS é a redenção financeira dos vereadores. Essa lei, que quase ninguém discute, é cópia do que já ocorre hoje na ALESP - Assembléia Legislativa Paulista e no Congresso Nacional. Veja como o JC a define: "Cada vereador teria uma verba anual para distribuir a órgãos de seu interesse - com a condição de que metade do valor seja destinado à Saúde; a outra metade, a obras ou entidades.Por ser impositiva, a prefeitura é obrigada a atender as demandas dos parlamentares. O texto em tramitação prevê a destinação de 1,2% da receita corrente líquida dos município para as tais emendas impositivas. Em números do ano que vem, a cifra que cada vereador teria direito atingiria pouco mais de R$ 800 mil".

Sacaram? Eu cá dormindo, ocupado com a Copa, preocupado com a transmissão do Governo Federal para Lula e a ARMAÇÃO ILIMITADA correndo solta aqui em Bauru, tudo nas nossas ventas. Ou seja, já para a próxima eleição, cada vereador eleito agora, teria nas mãos um poder de barganha junto ao eleitorado diferente de todos os que almejariam o cargo. Se uma região pede para tapar buraco, ele vai lá e com R$ 20 mil resolve, depois um problema de luz num outro lugar, mais R$ 15 mil resolve, noutro uma melhoria na praça tal, com R$ 30 mil resolve e na somatória de tudo isso, ele estará se tornando imbatível, pois tornou-se realizador, ou seja, algo bem distante do FISCALIZADOR, sua função primeira.

Enquanto os jornais, rádio e TV batem na tecla do aumento para 21 vereadores, não se vê nenhuma discussão para este tema, muito mais candente. Estão transformando os vereadores em executores de obras, podendo fazer e desfazer o uso de dinheiro público para atender clamores gerais e mais que isso, para, se quiserem, barganhar atendimentos e procedimentos. Algo mais do que perigoso. Se aumentar o número é um problema, se dar 100% de aumento salarial é outro, imaginem os senhores, nossos edis com poder de grana e na ponta da agulha decidindo o que fazer com quase R$ 1 milhão de reais anuais. Se souberem fazer um trabalho de formiguinha, distribuem como exemplifiquei e se eternizam no poder. Ninguém mais conseguirá os tirar de lá. Isso sem levar em conta o uso que poderão fazer dessa grana e quem irá fiscalizar essa utilização, pois eles são pagos para fiscalizar o Executivo e ainda pouco em prática a fiscalização oriunda de seus atos.

Acorda logo, Henrique! Enquanto dorme, tem gente muito bem acordada pela aí...

SEGUE O JOGO
1.) PARA QUEM SEMPRE ME PERGUNTA COMO VAI O ESSO MACIEL
Esso está muito bem e só não afirmo estar ótimo, porque sempre estaremos em busca de algo melhor. Com ele não é diferente. Ontem, quarta, 7/12, circulou com Mariza Basso Basso , Tatiana Karnaval Calmon e comigo pela cidade, reviu suas preciosidades - seus cães - e colocamos muito das conversas em dia. Comemos juntos uma bela macarronada, feita pela Tati e renovamos a expectativa de almejar alcançar o "nirvana", juntos e coesos. O danado do Esso Maciel só nos surpreende, sempre positivamente.

2.) BAURU PROTESTANDO - É HOJE
Os congelamentos orçamentários recentes impossibilitaram o pagamento das bolsas oferecidas pela CAPES. Isso foi comunicado com apenas um dia de antecedência (06/12) ao pagamento! Milhares de bolsistas não terão como pagar aluguel e se alimentar esse mês. Nesse cenário de insegurança, decidimos nos unir para juntar nossas forças e reagir!
Os alunos de pós-graduação da UNESP e USP convocam a todos a fazer parte da mobilização nacional! Venha *hoje (08/12)*, às 16h, no Parque Vitória Régia para somar no ato: *#PagueMinhaBolsa Contra os Cortes na Educação.
Obs: a organização reforça a importância do uso de *máscaras* para o controle com relação à COVID.
Texto copiado de Matheus Versati

3.) MODO DE AGIR - "A jogada é manjada. A cada eleição, pastores atuantes na política escolhem o seu candidato. O adversário, passa, então, a ser demonizado. Caso siam vitoriosos, esses líderes religiosos (sic) usam o resultado do pleito como prova da vontade divina de livrar os fiéis do Capiroto. Caso a profecia não se realize... Bem, eles não tardam a fazer acenos ao governante eleito. Por pudência, alguns esperam a poeira baixar. O midiático pastor Silas Malafaia dispensa, porém, qualquer disfarce. Ainda na noite de domingo, 30/10, após a confirmação da vitória de Lula, disse em um culto orar pelo presidente eleito. Depois à Folha de São Paulo, esclareceu: 'Sempre disse que a igreja não apóia ninguém, quem apoia somos nós. A Igreja é uma instituição que está acima disso. Eu que apoio, eu que sou cidadão, entendeu?'. Fica o aprendizado para os fiéis", Carta Capital, 09/11/2022.

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