terça-feira, 7 de março de 2023

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (129)


ACHARAM MEU DINHEIRO PERDIDO...
Essa eu tenho que contar. Chegamos no hotel ontem à noite e quando paguei o táxi, todo confuso, quando me dei conta, já no quarto, achei ter deixado cair a grana que tinha nos bolsos. Parei para conversar na recepção e subimos ao quarto, ainda sem perceber a perda. Ana ria de meus momentos de bobeira. Dormimos, acordamos de manhã e fomos pra rua. Quando retornamos final da tarde, um dos atendentes, o simpático José Manuel, chama Ana e lhe pergunta se havíamos perdido algum dinheiro. Ela confirma, diz ter sido meu e ele lhe devolve 45 euros. Sobe ao quarto, conta a mim o ocorrido e desço para agradecer. Ouço a história completa. Um cliente nota o dinheiro caído na frente do balcão de recepção e diz ter caído de algum cliente. Mas como descobriram ser meu? Simples. Foram até as câmeras existentes hoje por todos os lugares e descobriram que o dinheiro perdido era meu. Daí nos comunicam. Agradeço e digo a ele que retribuirei contando o ocorrido. Ele pede para citar o nome do hotel, enfim, algo padrão no atendimento deles.

Não posso dizer ser este procedimento algo europeu, pois já presenciei algo de igual teor no Brasil ou qualquer outro lugar. Enfim, procedimentos assim engrandecem o ser humano e o dignificam. Sabe o que aconteceu? Estabeleci desde o momento da devolução do dinheiro num envelope do hotel, uma empatia diferenciada com o José Miguel, funcionário do Hotel Cervantes, de Sevilha. Escrevo este texto, ele pede para lhe mostar, pois quer compartilhar, principalmente com os endereços eletrônicos do hotel. Escrevo só para demonstrar o quanto ainda existe de gestos solidários, mesmo neste pega pra capar que é o mundo capitalista. Sairei de Sevilha com essa boa lembrança, de Ana me ironizando por ter perdido a grana e logo a seguir, essa boa surpresa, comtudo no seu devido lugar. Eu descuidado, em alguns momentos, sou contemplado com gestos como este.

 NA DESPEDIDA DE SEVILHA...
Jantar no La Jaula de Papel, na praça da Laranja e ao final, um cantante sevilhano num canto espalha sua música, Léo, 38 anos, rodando o mundo a cantar, dois anos de Brasil, desde Manaus a Porto Alegre, relembra com Ana dos Tribalhistas. Cantam juntos e depois seguimos abraçados para o hotel. Amanhã seguimos pra Lisboa. Esses encontros pelas ruas são o que mais gostamos. Provocamos alguns e o retorno é sempre muito bom. Entre os músicos cantando pelas calles européis, deu pra notar que, Os Tribalistas são por demais conhecidos.
Uma das gravações: 

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