sábado, 27 de maio de 2023

CARTAS (255)


NÃO VIVEMOS MAIS NO MESMO BRASIL*
* Este meu 111º artigo para o semanário DEBATE de Santa Cruz do Rio Pardo, edição deste final de semana:

Fui visitar, hoje pela manhã, minha amiga psicóloga Rose Maria Barrenha e da conversa, o que não me sai da cabeça, após comentarmos sobre as relações trabalhistas, todas deterioradas nos dias atuais, foi a frase a dar título para este escrito. Eu comentava com ela algo acompanhado por mim, de uma relação trabalhista beirando o escravismo. Foi o que bastou para contar também algo acompanhado por ela. Daí, ela soltou a certeira frase.

Meu caso. Uma amiga trabalha numa cidade vizinha, onde uma única empregadora absorve a maioria da mão de obra da cidade, mais do que a própria Prefeitura. Registra quem quer e todos atuam por produção, ou seja, costuram o dia inteiro, muitos fazendo hora extra, algo desgastante e sem tempo para quase mais nada. No final do mês vão conferir o montante a ser recebido, além de nunca as contas baterem, os valores a serem pagos giram em torno de R$ 600, ou no máximo R$ 800 reais. Indignado questionei a pessoa: “Mas não reagem? No Brasil a lei exige que se pague no mínimo o salário mínimo”. Ela, bem direto me diz: “É a única empregadora, acha que faz até mais do que devia e nos ameaça até nisso. Iríamos trabalhar aonde? É o escravismo dos tempos atuais”.

Rose me conta sua história. Uma pessoa querida arrumou emprego recente, onde lhe foi prometido uma função. Chegando lá, a conversa foi outra e o empregador alegando necessitar temporariamente dele em outra, o encarrega para algo completamente diferente. Discursa no começo do expediente dizendo do envolvimento que todos precisam ter com a firma, sendo necessário entrada bem mais cedo e saída bem depois do combinado. A situação se arrasta e no primeiro mês, nada de hora extra e um discurso mais duro, com afirmações do tipo, “é o que temos para oferecer, se não tiverem interesse, sentimos muito”. E assim, sem nem tocar no assunto de registro, com horário ampliado, sem pagar horas extras, seguindo regras estabelecidas segundo a cabeça patronal, continua por lá sem saber se um dia irá atuar na função pela qual foi contratado.

Rose, ao me ver com certa cara de espanto, alerta para algo simples, até redundante. “Henrique, o país, como te disse é outro. Nada se apresenta hoje como antes da chegada de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Muitos patrões hoje se acham acima da legislação trabalhista. Enfim, foi para isso que apoiaram a tal reforma no setor, queriam tudo flexibilizado, mas só beneficiando a eles. Deu no que está vendo, um verdadeiro deus nos acuda para o trabalhador. Não adianta ter saudade, hoje se faz necessário denunciar, mesmo ciente do fio da navalha, pois segundo você mesmo ouviu, a precarização é o must do empresariado, arma usada contra o que existia de proteção anteriormente. Foi também para o trabalhador voltar a ter seu direito garantido que votamos no Lula”.

Ficamos falando disso e com outros exemplos, todos ao mesmo estilo, quando do rádio, ouvimos algo para ser por mim anotado: “Todos são inimigos quando não pensam iguais”. Sim, este outro mantra do momento e já estávamos prontos para dele discorrer, quando chegamos ao nosso destino. Ela antes da despedida, me dá a dica: “Se vai escrever do outro Brasil, este tema também é merecedor de outro textão. Providencie para nossa leitura”. E me deu um até logo. Sim, hoje me fixo num, talvez o outro na “redação” da semana que vem.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

DA PASSAGEM DO EX-MINISTRO RICARDO SALLES POR BAURU:
O PERVERSO VEM BAURU E É SAUDADO SABE POR QUEM? PELO AGRONEGÓCIO. TUDO DECLARADOS CONSPIRADORES
Não causando nenhum espanto, a proposta principal do bestial encontro de ontem à noite no Villagio Mall foi o compromisso assumido dele lutar pela fexibilização da legislação de preservação do cerrado, atendendo em primeiro lugar reivindicação advinda da especulação imobiliária, pouco se importando com a questão ecológica e da preservação da natureza ainda existente na região. São todos insensíveis até o último fio de cabelo. Gostaria de saber o que pensa o ex-prefeito de Bauru e também ex-deputado federal Rodrigo Agostinho , hoje presidindo o IBAMA, a respeito deste cidadão e da proposta de dilapidarem o cerrado, sem dó e piedade. Seria isso que estes denominam de "progresso"?
COMENTÁRIOS
1) "Esse sujeito o "passa boiada" ganhou notoriedade no governo Jair Bolsonaro. Porém é preciso ser correto com a história:
Atualmente deputado Federal por São Paulo foi:
✓ secretário particular do governador de São Paulo Geraldo Alckmin de 2013 a 2014;
✓ Secretário do Meio Ambiente de São Paulo de 2016 a 2017, nomeado por Alckmin.
Ou seja surge no tucanato, onde responde por ações criminosas tbém contra o meio ambiente", jornalista Ricardo Santana.
2) "Este ESTRUME LADRÃO DE MADEIRA E COMPARSA DE GARIMPEIRO vem aqui e é recebido pela ESCÓRIA DA JOVEM PAN" onde chegou atacando RODRIGO AGOSTINHO presidente do IBAMA. Foi recebido também pelos VEREADORES que não teem nenhum compromisso com a cidade e com o MEIO AMBIENTE cito CORONEL MEIRA e EDUARDO BORGO que ao invés de questioná-lo sobre a chacina dos IANOMÂMIS fizeram SALA para esse desqualificado que vem até Bauru para organizar a "PASSAGEM DA BOIADA" de quebra o COMPARSA DE GARIMPEIROS conseguiu o compromisso do vereador Meira para dar depoimento na CPI da reforma agrária a mesma CPI que devia também investigarar os financiadores de invasão de terras idigenas e garimpo ilegal. Os eleitores de EDUARDO BORGO e CORONEL MEIRA tem que cobrar mas URNAS essas duas figuras que envergonham Bauru e colocam Bauru em rota de colisão com o GOVERNO FEDERAL privando Bauru de futuros investimentos. Acusa o Rodrigo Agostinho de falso ambientalista mas rouba madeira ilegal e faz acordo com GARIMPEIROS, não ouvi nenhum questionamento sobre isso por parte da JOVEM PAN nem pelos Vereadores BORGO E CORONEL MEIRA", Montinegro Monti.

CHAMADA PARA O 116º LADO B COM ROSANGELA SANCHES STÜCHELI, BAURU / SUIÇA / BAHIA
Essa Rosângela Sanches Stücheli é mesmo do balacobaco, conseguiu dar o salto do jardim Bela Vista para o mundo, a Suíça e agora a praia de Ponta do Ramo, Ilhéus BA, sempre muito latente e pulsante, muita consciência de classe. 

Escapuliu daqui ainda nos tempos da ditadura militar e suas histórias, sempre muito cheias de engajamento serão contadas aqui amanhã, domingo 28/05/2023, 10h, pelo meu facebbok. 

Vamos juntos?

Eis o link com 6 minutos da chamada gravada, com ela na praia de Ilhéus BA:

EIS A CARA DO MAIS PERIGOSO DE TODOS

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