terça-feira, 2 de maio de 2023

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (190)


TRABALHO, O TEMPO E ANTONIO CÂNDIDO
Dia do Trabalho sempre me lembra de uma entrevista do prof. Antônio Cândido, felizmente disponível na internet: "Acho que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o famoso dito atribuído a Benjamim Franklin, ‘tempo é dinheiro’. Isso é uma monstruosidade.
Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte.
Portanto, eu tenho direito a esse tempo. Esse tempo pertence a meus afetos. É para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis. Isso é o tempo.
E justamente a luta pela instrução do trabalhador é a luta pela conquista do tempo como universo de realização própria.
A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: ‘eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize’.
As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada."
Escrito por Wellington Leite

LIÇÃO CONTINUA MAIS VIVA QUE NUNCA

O QUE REPRESENTA A ABERRAÇÃO DA AGRISHOW
O agronegócio, não sei se parte dele ou no todo, representa a aberração ululante brasileira. Ou os caras não perceberam já termos mudado de governo ou continuam abertamente insistindo e incentivando o golpismo, ao estilo do que foi presenciado em Brasília no 8 de janeiro. Não aprenderam a lição, não possuem visão de negócios lícitos e muito menos noção mínima de civilidade.

Explico. Essa festa rural de negócios, movimenta o meio onde circula este pessoal e também todo tipo de agricultor, desde o grandão ao pequeno. Não é que os organizadores, depois de tudo o já presenciado de aberrações, continuam ainda muito bolsonaristas, tinham um ministro de Estado convidado para a abertura, algo natural, pois faz parte do novo governo e momento vivenciado pelo Brasil. Mostrando a que vieram, diante da certa presença do também ainda bolsonarista governador, Tarcisio de Freitas, aproveitam e convidam o hoje quase banido da vida pública brasileira, o capiroto Bolsonaro, lhes oferecem palanque.

Não contentes, desconvidam o ministro de Lula sem um mínimo de vergonha em suas caras. Seria festim do diabolismo bolsonarista na sua essência. O Governo Federal percebendo o que ocorreria, anuncia iria retirar o apoio financeiro do Banco do Brasil para o evento. Os perversos, se tocam só quando tiveram seus bolsos afetados. Era tarde. Tentaram reconvidar o ministro, que acertadamente se recusou a comparecer. Não tiveram outra saída, cancelaram o ato de abertura, o tal onde Bolsonaro faria seu palanque com dinheiro público. O festim aconteceu assim mesmo, tendo como palanque a carroceria de uma caminhonete e contou com todos os próceres do tal do agronegócio.

Eu não entendo o que vai na cabeça desse povo. Será ainda acreditam no que Bolsonaro disse em sua fala lá em Ribeirão Preto, quando afirma que o agro perde com a devolução da remarcação de terras indígenas. Os agros, pelo visto, continuam preferindo atuar na ilegalidade, confrontando algo que o mundo inteiro abomina, do que se adequar a algo dentro de legislação existente. Este retrocesso será a mola mestra destes daqui por diante. Ficaram isolados num mundo de negócios internacional onde bandoleiros são cada vez mais excluídos. O Governo Lula acerta em cheio ao peitar estes. O recado está dado. É assim que deve ser a conversa com quem está a propor a irracionalidade como norma de conduta.

COMO É DIFÍCIL

NÃO PASSAR O PANO
Continuo lendo o JC, como sabem. O cito regularmente em meus escritos e sem nenhum problema, mesmo sendo muito divergente de minha linha de pensamento. Ele me apresenta temas e assuntos diários relevantes para a discussão e, desta forma, leio e passo adiante alguns deles. Escrevo hoje, meio que revoltado por outra coisa. O JC possui um lado, sempre teve e isso não esconde de ninguém. A maioria dos seus leitores e, principalmente a maioria dos que nele escrevem possuem a mesma linhagem. Um ou outro divergem, até para dizerem contrabalançar e possibilitar o contraditório. Na Tribuna do Leitor, fazem isso regularmente. Muito mais publicações dentro da vertente do jornal - ou do dono dele -, do que as demais. Entendo tudo isso e sou obrigado a suportar, enfim, o jornal é deles...

Nestes últimos dias ando não tolerando mais alguns destes missivistas a persistir em escrevinhações a defender o indefensável. Cito dois pelas fotos aqui publicadas. Paulo Panossiam é missivista profissional, escreve para várias públicações pela aí e em todas, defende com unhas e dentes o tucanato, o PSDB. Faz da forma mais deslavada e irresponsável possível. Hoje quer demonstrar não ser bolsonarista - ufa! -, mas continua para defesa do que escreve,louvando e bajulando algo meio que sem noção. Afirmar que a Cultura em SP só aconteceu com estes é demais pra mim. Enfim, algo teria que acontecer, pois ficaram no poder quase 30 anos.
Já Roberto "general" Macedo é destes que, em quase todos seus escritos gosta de dar uma punhalada a mais no Pt, que pelo visto abomina. Tudo bem, compreensível, estando onde se encontra, mas para tanto, continua alfinetando Lula, por exemplo, chamando-o de ex-presidiário, sem levar em conta o Sergio Moro já ter sido desmascarado e a prisão ter sido mais do que comprovada como injusta e criminosa. Ele, em sua perversidade, segue na ladainha, que ao meu ver é também fake-news.

Para quem escreve desta forma e jeito, não me seguro, sento a pua. Cansei destes. Deve existir uma linha mínima a ser seguida de verdade em tudo o que fazemos, fora disso, o escrito passa a não valer nada.

DOMINGO TEM NOVIDADE ACONTECENDO AQUI NO FACEBOOK DESTE MAFUENTO HPA
Aguardem.
Nos preparativos para, do domingo, o pontapé inicial.
Uma de minhas felicidades na vida é ser ponte.
Em breve novidades, dessas vindo para estremecer e abalar estruturas.
De hoje até sábado, pouco a pouco, em drops, vou contando até o dia do ORGASMO TOTAL.
Por hoje, só o logo do negócio, feito pelo amigo chargista, cartunista e artista do traço, Fausto Bergocce.
Se contasse hoje, estragaria a surpresa.

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