terça-feira, 27 de junho de 2023

UM LUGAR POR AÍ (168)


OS "EXTRADITÁVEIS" DO GARCÍA MARQUEZ E OS APRONTADORES, ANTES TODOS PIMPÕES, HOJE FORAGIDOS DA RUA BANDEIRANTES
Termino de ler por estes dias mais um livro do escritor colombiano Gabriel García Marquez, desta feita o "Notícia de um Sequestro" (editôra Record RJ, 1996, 320 páginas). Nele, nas palavras de seu tradutor, o jornalista Eric Nepomucemo, uma ampla reportagem da situação colombiana quase vinte anos atrás: "Nada do que está neste livro foi inventado. (...) O horror que o livro narra não se limita à sociedade colombiana: com pequenas variações, ele se espalha no risco da degradação que todos os nossos países enfrentam". Cabe antes de fazer uma comparação do que li na história, com feita por mim dos "cagões" brasileiros, até antes da tentativa frustrada de golpe no Brasil, 8 de janeiro, tão senhores de si e hoje, se escondendo o mais que podem para não pagar por seus erros e crimes.

Na Colômbia dominada pelo narcotráfico, quem comandava tudo era o implacável Pablo Escobar, que sequestrou nove pessoas influentes no país, tudo para que o governo flexibilisasse e promovesse lei para que, pudesse permanecer preso no país e não ser extraditado para os EUA, como apregoava lei vigente. Escobar inventou participar de um grupo, os EXTRADITÁVEIS. García Marquez assim explica no livro a situação: "O motivo principal dessa guerra era o terror que os narcotraficantes sentiam diante da possibilidade de serem extraditados para os Estados Unidos, onde poderiam ser julgados por delitos ali cometidos e submetidos a penas descomunais. (...) Apavorados pelo longo braço dos EUA no mundo inteiro - perceberam que não teriam lugar mais seguro que a Colômbia, e terminaram sendo foragidos clandestinos dentro do seu próprio país. (...) A proposta era de se entregarem à Justiça, com a única condição de não serem extraditados, ou seja, 'preferimos um túmulo na Colômbia a uma cela nos EUA'". Para conseguir o intento iniciaram uma série de sequestros, com o terrorismo em uma mão e a negociação na outra forçaram o governo a uma queda de braço, finalmente vencida. E assim, desde então, nenhum narco foi mais extraditado por lá.

Algo similar, mas ao contrário, acontece neste exato momento no Brasil, com extensão para a cidade dita e vista como Sem Limites, nossa insólita Bauru. Por aqui, muitos se arvoraram como Salvadores da Pátria, patriotas até a medula e não só financiaram como bancaram os tais acampamentos golpistas, primeiro na rodovia Marechal Rondon, depois defronte quartel na rua Bandeirantes. Se achavam por cima da carne seca, se expunham, levavam mantimentos, pousavam para fotos e tinham a certeza, não só da impunidade, como do retorno triunfal do maléfico e pérfido Seu Jair ao poder. Deram com os burros n'água com o trágico desfecho da tentativa frustrada de golpe em 08 de janeiro. A partir desta data, os até então valentões se mijaram nas calças e desde então, quando começaram as prisões, apagaram tudo o que haviam postado e se escondem na penumbra, tentando escapar da cana dura e da penalização pela Justiça, pois como se sabe hoje, estavam todos muito foras da lei.

Se lá na Colômbia os narcotraficantes armaram um plano sórdido para não serem extraditados, denominando-se como os EXTRADITÁVEIS, por aqui, sem sequestro, sem alarde, agem exatamente ao contrário. Ou seja, os danadinhos, se consideram como INATINGÍVEIS ou mesmo, INALCANÇÁVEIS pelos braços da lei. Ao invés de uma ação de contra-ataque, como na Colômbia, a ação é a não ação, onde todos, como o avestruz, colocaram suas cabecinhas dentro de um buraco e assim esperam o clima esfriar, para sairem à luz como se nada tivessem feito ou acontecido. Comparo estes com os pérfidos narcotraficantes, pois se os de lá praticam muita ilegalidade, os daqui também o fizeram. Na minha modesta opinião, quem trafica droga merece punição tanto quanto quem pratica tentativa de golpe de Estado. Ambos perniciosos à nação. Os de lá, preferiram optar por se entregarem e permanecer presos na Caolômbia, já os daqui fogem de identificação e já estão novamente colocando o pescoço para fora do buraco, pois já estão se achando novamente e com a impressão de terem escapado dessa. Ah, como seria de bom alvitre vê-los ainda pagando pelos seus erros e diferente dos de lá, vejo alguns, quando a porca estava pra torcer o rabo, já estavam de malas prontas, justamente para refúgio, pasmem, nos Estados Unidos, só que não enjaulados e sim, soltinhos da silva. Por aqui, ainda a esperança de serem devidamente identificados e punidos. A esperança é a última que morre e hoje, terça, 27/06, algo dela, com a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan sendo criminalizada pelos crimes cometidos através de seus microfones. Por que não o mesmo com os grandões/graúdos, os que bancaram o desenrolar do golpe até o último instante?

Se bobear, se um dia forem pegos e tendo que pagar por seus crimes, ousariam os agora foragidos, fazer o mesmo que Pablo Escobar, construindo seu próprio presídio, inclusive com farta alimentação, como a que propiciaram nos tais acampamentos, como o da bauruense rua Bandeirantes? Teriam cabedal para tanto? Que se acham, não tenho a menor dúvida.

DIA HISTÓRICO - A JOVEM PAN, OPS, DIGO, VELHA KLAN PRESTES A PAGAR PELOS SEUS ABUSOS - ESTÁ CHEGANDO A HORA
Urgente!! Após longa investigação, o MPF - Ministério Público Federal acaba de pedir a CASSAÇÃO DA CONCESSÃO DA JOVEM PAN! Além de disseminar fakenews, a emissora, como até as pedras do reino mineral sabem, fez parte da tentativa de golpe de Estado!!
Hoje o dono de uma das afiliadas recebeu visitinha da Polícia Federal!! A casa tá caindo para os bandidos!! Se tudo der certo e tiver prosseguimento o iniciado hoje, em breve novidades alvissareiras sobre a condução nada racional da concessionária bauruense, levando o nome no CNPJ, de Jovem Auri-Verde e dirigida pelo indecifrável Alexandre Pittoli.

Grande dia!! A revista Fórum deu em primeira mão a notícia, muito comemorada em Bauru, pois aqui uma das piores retransmissoras da JP, talvez a mais aguçada no quesito aberração da natureza. Vejam algo da matéria da Fórum: "O pedido foi feito em função da veiculação sistemática da rádio, em sua programação, de conteúdos que atentaram contra o regime democrático. (...) O MPF destaca que as condutas praticadas pela Jovem Pan violaram diretamente a Constituição e a legislação que trata do serviço público de transmissão em rádio e TV. (...) O MPF pede ainda que a Jovem Pan seja condenada ao pagamento de R$ 13,4 milhões como indenização por danos morais coletivos. O valor corresponde a 10% dos ativos da emissora apresentados em seu último balanço. (...) O MP pede ainda que a Justiça Federal obrigue a Jovem Pan a veicular, ao menos 15 vezes por dia entre as 6h e as 21h durante quatro meses, mensagens com informações oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral. As inserções devem ter de dois a três minutos de duração e trazer dados a serem reunidos pela União, também ré no processo. (...) "A Jovem Pan", de acordo com o MPF, "disseminou reiteradamente conteúdos que desacreditaram, sem provas, o processo eleitoral de 2022, atacaram autoridades e instituições da República, incitaram a desobediência a leis e decisões judiciais, defenderam a intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes civis constituídos e incentivaram a população a subverter a ordem política e social". A nota diz ainda que "a Jovem Pan contribuiu para que um enorme número de pessoas duvidasse da idoneidade do processo eleitoral ou tomasse ações diretas como as vistas após o anúncio do resultado da votação, especialmente o bloqueio de estradas em novembro passado e o ataque de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro. As outorgas de rádio da emissora estão em operação em São Paulo e Brasília, mas a rede conta com mais de cem afiliadas que retransmitem o sinal a centenas de municípios em 19 estados, alcançando milhões de ouvintes".

Tudo tem que ter um começo e hoje, teve início algo muito aguardado até então, o fim da farra jornalística promovida pelos microfones desta emissores a difundir fake-news. A de Bauru na mira, questão de dias...

Nenhum comentário:

Postar um comentário