terça-feira, 9 de janeiro de 2024

AMIGOS DO PEITO (220)


E ACABOU O COMBUSTÍVEL DO AVIÃO...
Isso mesmo. Assim se deu nossa chegada em Nova Orleans nesta segunda, 8/1. Saímos de Chicago 12h50 pela United Airlines, com previsão chegar umas 15h30. Sabíamos chovia forte pelo caminho e principalmente no destino final. Muita turbulência e num trecho o aviso inusitado do comandante. Uma parada na cidade de Pensacola, com duração de, no mínimo 1h30, pois não teríamos combustível para prosseguir. Nada de servirem comida. Na verdade o vôo não serve alimentação e não tínhamos almoçado. A intenção era fazê-lo na chegada. Serviram o que existia no estoque do avião e dá-lhe uma bolachinha crocante achocolatada, muito gostosa, mas longe de nossa querência e necessidade naquele momento. Ninguém protestou, pois houve o entendimento do esforço do comandante, relacionado ao tempo. Difícil conter a turba no senta levanta e nas filas ao banheiro. O que me salvou foi o livro trazido para ler, "Tarsila - Uma vida doce-amarga", da historiadora Mary Del Priore, delicioso, arrebatador e me prendendo a atenção enquanto o avião balançava e, depois na paradeira. Li e reli, amei Tarsila.

Na tal cidade não havia combustível e um caminhão foi acionado de New Orleans. Tudo aconteceu como anunciado e a ordeira chegada se deu depois das 19h. Voamos para o hotel, estilo pousada da carioca Santa Teresa. Lugar lindo, num bairro encostado da rua Bourbon, o lugar mais musical do planeta. Jantamos como bons elefantes esfomeados e na caminhada de volta pro hotel, numa esquina, inevitável parada, pois ouvimos acordes de Chega de Saudade vindo de músicos lá dentro. Caímos num lugar mais que diferenciado dentro dos EUA, a República Independente e Musical de Nova Orleans, o de quem dita as ordens são a população negra e suas regras. Como quando aqui estivemos em 2020, isso aqui é um oásis dentro de um grande deserto. E mais, amanhã nos encontraremos com Giovana Luna, neta da querida Rose Barrenha, aqui morando e trabalhando. O dia, depois da chuvarada e da falta de combustível promete. Cá estamos...


FRENCH QUARTER, ARQUITETURA DO BAIRRO FRANCÊS EM NEW ORLEANS
O lugar onde estamos enfincados no hotel, quadras da rua Bourbon, o epicentro da música de Louisiana.

ENCONTRAMOS A BAURUENSE Giovanna Luna EM NEW ORLEANS
Ela, a linda neta de Rose Barrenha e filha da Bia Bassan nos paparica e ciceroneia nosso passeio pelas ruas da cidade. Ela mora aqui há quatro meses e diz, feliz da vida, da dificuldade de encontrar brasileiros por aqui. Coisa mais rica o reencontro e das andanças possibilitadas. E circula com a gente com seu carro. Um privilégio.


bauru sem tomate é mixto chegando para arrasar e expor a fratura exposta
NO DIA DA RESISTÊNCIA, 8 DE JANEIRO O BLOCO DO TOMATE ESCRACHA SEU CARNAVAL 2024

NO TEMPLO DAS PERDIÇÕES
Letra de Maurinho Santos com arranjos de Nascimento Adilio e Tatiana Calmon Karnaval.
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Óra... Para a privatização do DAE
Para a concessão do esgoto
É - fé - demais... Agara vai...
Governo teocrático, maroto ( Bis)
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Kit... não... serviu... pra... nada
Maior furada a Palavra Cantada
Onde que foi parar a água
Que na campanha foi anunciada ?
Púlpito - que - pariu !..
Quanto dinheiro está sendo " jogado - fora "...
No " Templo das Perdições "...
Algo - de - podre, dinovo, à - toda- hora
Asfalta tudo...
Encobrindo a sacanagem
Contrata hacker...
Praticando espionagem
Fere a cultura e atropela a educação
Gado malandro...
Vai fugindo - da - prisão !

Estávamos até dias atrás procurando o nome para o nosso festim 2024. Muitas ideias, até que Oscar Fernandes da Cunha, do alto de seus 2 metros de largura, saca tudo com maestria e precisão, "NO TEMPLO DAS PERDIÇÕES". Em breve a gravação e multiplicação da música. A estampa da camiseta deste 12° desfile é do brilhante Fernandão Dias, o chargista diário do JC, num traço impecável. Pegou a ideia no ar e abrilhantará nossa descida no Calçadão, sábado de Carnaval, 12h, como sempre concentração na praça Rui Barbosa. Em breve estaremos divulgando preços das camisetas e registrando as reservas.
Mais do que nunca, neste ano, depois de tantas intempéries, tantos golpes sendo tentados, cá está o Bauru Sem Tomate é MiXto a desdizer da prática dos perversos, com a devida ironia carnavalesca. Vamos fazer uma festa ainda este mês para definir nosso casal de MUSOS e o Prêmio DESATENÇÃO, este cheios de concorrentes com currículo de perversidade assustador. Venha de onde vier, traga quem quiser, bote os bofes pra fora, ninguém soltando a mão de ninguém e seguindo nosso lema: "A gente faz festa mas tá puto da vida".

Será que os homenageados na letra deste ano entenderão que a pegada no pé não é um toque, mas sim um baita golpe já propondo o nocaute? Neste 8 de janeiro, não existiria data melhor pra gente botar o bloco nas ruas contra todo tipo de golpistas.

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