sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

MEMÓRIA ORAL (301)


O JACARÉ DEVORADOR DE TURISTAS
Miguel Repiso é sensacional em suas sacadas na tira diária no melhor diário impresso do nosso mundo, o argentino Página 12.
Este HPA e sua companheira de todas as horas, ABPA ainda não foram devorados, mas já pressentem a proximidade da bocarra aberta do tal jacaré. Tentamos fugir e se esquivar, mas não sabemos até quando isso será possível, pois segundo ouço dizer, inevitável será o dia em que seremos sutilmente ou devidamente devorados, sem dó e piedade. Nenhum turista escapa do JACARÉ.

história construida de muitas observações
A ZABAR'S NÃO É UM MUSEU, MAS CHEGA PERTO - É OU NÃO É?
Seria este o quarto museu visitado no dia? Se não é chega perto. Na verdade é mais que um. É a segunda vez que adentro este templo de consumo judeu. Não sei se a qualifico como mercado, pois passa longe. Talvez uma imensa mercearia, estilo anos 50 e adaptada aos nossos dias. Um templo de consumo de pequenas futilidades, dessas de encher os olhos. Viajo neste lugar, algo único em Nova York. Martin Scorcese e Woddy Allen frequentam a casa. Eu gosto, principalmente do cheiro, indescritível, mistura de loja de frios, com padaria e de condimentos. A mistura inebria meu raciocínio lógico. Devaneio e fico a perambular por seus corredores como barata tonta. Futilidades por todos os lados e poros, todas deliciosamente admiráveis.

Num dos corredores um prestativo funcionário, conhecendo cada detalhe da casa e nos indicando sem pestanejar exatamente aquilo que estamos procurando. Especializado em achar agulha no palheiro. Ana brinca pelo fato dele saber tudo. Ele sorri e lhe respo de: "Que isso, estou aqui só pra te ajudar, nada mais. Eu gosto do que faço e onde estou". Continuando circulando pelos corredores, uma senhora nos vendo falar em português, se aproxima e puxa conversa: "Vocês estão falando em potuguês? Eu sempre tive desejo de aprender essa língua, mas não fui longe. Ela é muito difícil". E de posse de um tradutor no seu celular, vai decifrando o que falamos. Diz gostar muito de circular pelos corredores da Zabar's. Ana sorri e lhe diz: "Eu também".

Gosta tanto que, aparece com um livro nas mãos, este contando a história dos dois irmãos dando início ao negócio a perdurar por décadas, nos famosos dois pavimentos da street Broadway. O livro me interessa, mas pelo meu pífio inglês terei de ler como a mulher na loja, com auxílio do tradutor do celular.

Por mais que você tente, num lugar destes, é praticamente impossível resistir. O melhor mesmo é relaxar e procurar gozar, pois do contrário o padecimento é imenso, diria mesmo, incomensurável. Quem não se rende a um bom pão e a uma conserva com aquele indescrtível sabor, ou mesmo, a um café de várias nacionalidades e o funcionário te explicando a diferença do sabor de cada um. E mais, você poder sentir isso tudo ali diante dos seus olhos, algo para mim, pouco percebido no dia a dia, pois sempre misturei tudo num imenso balaio e fui tocando a vida com essa mistura tomando conta dos meus sabores e, também, dissabores. Ali é uma espécie de templo de consumo. Faço um consumo consciente. São dois pavimentos, onde o melhor de tudo é também observar a fisionomia das pessoas. Na imensa maioria são pessoas com a idade girando em torno da minha, não necessariamente judeus, mas aqueles querendo levar para suas casas algo de bom procedimento. O lugar não é suntuoso, longe disso, diria mesmo, muito acolhedor, tanto que fui arrebatado desde a primeira vez que aqui estive, quatro anos atrás. Quando Ana disse da intenção de voltar, não titubiei, voltamos. E gostamos. Voltamos até com alguns itens de uso doméstico.

Na saída, na esquina, um lugar para lanche com a marca Zabar's. Ali os "velhinhos" do lugar param para o café, alguma guloseima e muita conversa, a maioria em voz alta. Os jornais disponibilizados são da colônia judia, mas tudo bem, nada como se inteirar do que estão a discutir. Trago um e curto o lugar, vendo aquele público ali numa espécie de necessária parada diária, onde ocorre aquela necessária reposição, recarregar de baterias. Sento e fico a observar, tentando entender o proceder. Talvez nunca o consiga, mas só de estar ali e curtir o momento, coisa mais melhor de bom. Lugares assim são encantadores e ver a troca de carinho coletivo é indescritível. Depois, na debandada, do outro lado da rua, uma livraria, estilo nossos sebos e a última parada, pit stop, antes de pegar o metrô e voltar pro hotel.

A BAURU QUE NÃO APRENDE
ENTENDA DO EMINENTE RISCO DE BAURU PERDER A GRANA FEDERAL DA LEI PAULO GUSTAVO
https://contraponto.digital/n-463-comitiva-vai-a-sp-e.../
A maioria das cidades já resolveu a questão em relação a utilização recurso Lei Paulo Gustavo. A Bauru de Suéllen Rosim não. Nem teve início trabalho da definição dos contemplados. Um atraso injustificável. Bauru corre sério risco de ter que devolver todo o dinheiro já depositado há meses na conta específica da Prefeitura, tudo por não ter cumprido com os requisitos previstos desde o início do processo. Tudo atrasado e agora, na bacia das almas, tentam um enquadramento. Assim age Suéllen e seu sectário, ops, digo, secretário de Cultura. Bauru com estes num "mato e sem cachorro". Entenda tudo lendo o que escreve Nelson Gonçalves, no site Contraponto. Mais uma pouca vergonha em curso. Perder essa grana seria mais um ponto onde está atolada a Cultura e a atual administração bauruense. Gritar e protestar não é mais suficiente. Pressão contínua é mais do que necessário.

BAURU DE SUÉLLEN NÃO QUER ENXERGAR LIÇÃO OCORRIDA EM OUTRAS PARAGENS

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